Análise de adequação da composição paisagística ao semiárido de praças em Montes Claros
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.40530Palavras-chave:
Arborização, Jardins, Nativas, Sustentabilidade, Ambiente urbanoResumo
Áreas verdes públicas como praças, principalmente em regiões semiáridas devem ser planejadas com a escolha de espécies mais resistentes e que exijam menos mão de obra e água para irrigação. O objetivo desse trabalho foi analisar a adequação de três praças públicas de Montes Claros às condições climáticas locais e o potencial para a inserção de jardins sustentáveis nesse município. Três praças de Montes Claros, Sudeste do Brasil, cujo bioma é o Cerrado, foram avaliadas quanto ao número total de indivíduos (árvores, palmeiras, arbustos, trepadeiras e plantas herbáceas) e analisadas de acordo com a literatura quanto a sua classificação em relação à origem (exótica ou nativa), tolerância à seca e aos benefícios que trazem à fauna. Dentre as praças estudadas, observou-se que a Duque de Caxias foi a que apresentou maior porcentagem de plantas tolerantes à seca e que trazem benefícios à fauna proporcionalmente ao número total de plantas. Essa praça também foi a que apresentou maior porcentagem de plantas nativas (25,93%), entretanto esse valor ainda é baixo para as condições edafoclimáticas da região, que devido à escassez de água, requer maior número de plantas nativas tolerantes à seca. Conclui-se que as praças estudadas apresentam grande número de plantas exóticas e exigentes em manutenção e por isso há necessidade da substituição gradual das mesmas em projetos paisagísticos sustentáveis, principalmente com o uso de maior número de espécies nativas adequadas às condições semi-áridas.
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