O que não tem remédio, remediado está?

Autores/as

  • Renata Guarido
  • Rinaldo Voltolini

Palabras clave:

Psicanálise;, Educação, Medicalização

Resumen

Temos observado um aumento significativo na prescrição de medicamentos psiquiátricos para toda sorte de sofrimentos cotidianos. Sabemos que as crianças não têm sido poupadas dessa lógica de tratamentos. A escola, por sua vez, tem apelado intensamente ao saber médico para "corrigir" os problemas apresentados por seus alunos. A prática descrita brevemente está sustentada por uma biologização cada vez mais bem-sucedida de nossa condição humana, ou seja, parece que chegou o tempo de o homem viver de perto o mito do criador, sustentado pelo controle da bioquímica e da genética de nosso organismo. Como efeito dessa biologização temos um silenciamento do sujeito em benefício da amplificação do lugar ocupado por seu organismo. Neste trabalho, pretendemos discutir o impacto dessa lógica de tratamentos para a prática nas escolas. O que pretendemos destacar aqui é que se a bioquímica responde ao porquê o menino aprende ou não aprende, e o remédio se torna um instrumento imprescindível na aprendizagem da criança, o professor "não tem mais nada a ver com isto", no duplo sentido que a expressão indica: o de desresponsabilização e o de impotência.

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Publicado

2023-05-29

Cómo citar

Guarido, R. ., & Voltolini, R. . (2023). O que não tem remédio, remediado está?. Educação Em Revista, 25(1). Recuperado a partir de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39832

Número

Sección

Psicanálise e Educação

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