Uma introdução ao estudo da Antiguidade grega

Do ensino de cultura ao ensino de língua e literatura

Autores

  • Rafael Guimarães Tavares Silva Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.26.1.114-139

Palavras-chave:

Estudos Clássicos, Tradição Clássica, Grego Antigo, Educação

Resumo

O presente texto propõe uma exposição da importância do estudo de diferentes aspectos do grego antigo ao longo da história da educação: do ensino de cultura ao ensino de língua e literatura, o diálogo entre diferentes momentos de nosso desenvolvimento intelectual com esse povo da Antiguidade foi profundamente transformador. Com o objetivo de despertar essa tomada de consciência para a importância desse campo de estudos, pretendo abordar aqui três grandes tópicos: (a) aspectos essenciais da cultura grega antiga; (b) elementos básicos da morfossintaxe do grego antigo; (c) a formação dos gêneros literários na Grécia Antiga e suas principais características.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Rafael Guimarães Tavares Silva, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

    Doutorando em Letras: Estudos Literários pela UFMG.

Referências

ADAM, Jean-Michel; HEIDMANN, Ute. O texto literário: Por uma abordagem interdisciplinar. Org. da trad. João Gomes da Silva Neto; coord. da trad. Maria das Graças Soares. São Paulo: Cortez, 2011.

ADLER, Eric. Classics, the Culture Wars, and Beyond. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2016.

ANTUNES, Carlos Leonardo Bonturim. Ritmo e Sonoridade na Poesia Grega Antiga: Uma tradução comentada de 23 poemas. 2009. 136 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2009.

AREND, Walter. Die typischen Szenen bei Homer. Berlin: Weidmann, 1933.

ARENDT, Hannah. The human condition. 2.ed. Chicago: The University of Chicago Press, 1998.

ASSUNÇÃO, Teodoro Rennó. Morte nas elegias de Arquíloco, Calino e Mimnermo (comentários a Arquíloco Fr. 5W e 13 W, Calino 1W e Mimnermo 1W e 2W). 1989. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo. 1989.

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. Org., trad. e posfácio Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2016.

BAKKER, Egbert J. (Ed.). A Companion to the Ancient Greek Language. Malden; Oxford: Blackwell Publishing, 2010.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. Antiga Musa: Arqueologia da ficção. 2. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Relicário, 2015.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. Em nome da (in)diferença: O mito grego e os apologistas cristãos do segundo século. Campinas: Editora da Unicamp, 2014.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. A invenção do romance: Narrativa e mimese no romance grego. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2005.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. A Poética do Hipocentauro: Literatura, sociedade e discurso ficcional em Luciano de Samósata. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

BRANDÃO, Jacyntho Lins; SARAIVA, Maria Olívia de Quadro; LAGE, Celina Figueiredo. Helleniká: introdução ao grego antigo. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

BROWN, Peter. The World of Late Antiquity: From Marcus Aurelius to Muhammad. London: Thames and Hudson, 1971.

BRUNHARA, Rafael de Carvalho Matiello. Elegia grega arcaica, ocasião de performance e tradição épica: O caso de Tirteu. 2012. 291 f. Dissertação (Mestrado em Letras Clássicas) – Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2012.

CALAME, Claude. Réflexions sur les genres littéraires en Grèce archaïque. Quaderni Urbinati di Cultura Classica, No. 17 (1974), p. 113-28.

CALAME, Claude. La poésie lyrique grecque, un genre inexistant ?. Littérature, n. 111 (1998), p. 87-110.

CLARK, Taís; SILVA, Rafael. Entre literatura e democracia, uma demanda: por uma literatura democrática. Em Tese, v. 23, n. 1 (2017), p. 67-84.

CORRÊA, Paula da Cunha. Armas e varões: A guerra na lírica de Arquíloco. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Unesp, 2009.

DABDAB TRABULSI, José Antonio. A democracia ateniense e nós. e-hum Revista Científica das áreas de História, Letras, Educação e Serviço Social do Centro Universitário de Belo Horizonte, vol. 9, n. 2 (2016), p. 8-31.

DETIENNE, Marcel. Mestres da verdade na Grécia arcaica. Trad. Andréa Daher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.

DIEHL, Ernest. “... Fuerunt ante Homerum poetae”. Rheinisches Museum für Philologie, 89 (1940), p. 81-114.

DODDS, Eric R. The Greeks And the Irrational. Berkeley; Los Angeles; London: University of California Press, 1951.

DuBOIS, P. Trojan horses: saving the classics from conservatives. New York; London: New York University Press, 2001.

ESOPO. Esopo – fábulas completas. Trad. Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

ESOPO. Fábulas, seguidas de Romance de Esopo. Bilíngue, trad. André Malta (fábulas) e Adriane da Silva Duarte (Romance de Esopo). São Paulo: Editora 34, 2017.

FINLEY, Moses. The World of Odysseus. Rev. ed. Berkeley: University of California, 1979.

FRÄNKEL, Hermann. Die homerischen Gleichnisse. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1921.

HARTOG, François. O confronto com os antigos. In: HARTOG, François. Os antigos, o passado e o presente. Org. José Otávio Guimarães; trad. Sonia Lacerda, Marcos Veneu e José Otávio Guimarães. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2003, p. 113-154.

HERODOTUS. Histories. With an English translation by A. D. Godley. Cambridge: Harvard University Press, 1920.

HESÍODO. Teogonia. Trad. Christian Werner. São Paulo: Hedra, 2013.

HESÍODO. Trabalhos e dias. Trad. Christian Werner. São Paulo: Hedra, 2013.

HOMERO. Ilíada. Tradução e prefácio de Frederico Lourenço – São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013.

HOMERO. Odisseia. Tradução de Frederico Lourenço. São Paulo: Penguin Classics; Companhia das Letras, 2011.

HÜBSCHER, B. Werner Jaeger e o “Terceiro Humanismo”: O ideal político antigo na Alemanha, 1914-1936. 2016. 236f. Tese (Doutorado em História Social), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016.

JAEGER, Werner. Paideia: A formação do homem grego. Trad. Artur M. Parreira – 6ª. ed. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

KRAUSZ, Luis. As Musas: Poesia e Divindade na Grécia Arcaica. São Paulo: Edusp, 2007.

LORD, Albert. The Singer of Tales. New York: Atheneum, 1971.

LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Trad. Ricardo Corrêa Barbosa. 17. ed. Rio de Janeiro: 2018.

MAGALHÃES, Alexandre Cardoso Nunes. A Temática Pastoral em Teócrito: Os Idílios I, III, VI, VII, XI. 2013. 94 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Clássicos) – Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2013.

MANUZIO, Aldo. Aldo Manuzio editore. Introd. Carlo Dionisotti. Trad. Giovanni Orlandi. Milano: Il Polifilo, 1975.

MARCOLONGO, Andrea. La lingua geniale: 9 ragioni per amare il greco. Bari; Roma: Editori Laterza, 2016.

NIETZSCHE, Friedrich. A filosofia na era trágica dos gregos. Trad. Fernando R. de Moraes Barros. São Paulo: Hedra, 2008.

NIGHTINGALE, Andrea Wilson. Genres in dialogue: Plato and the construct of philosophy. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

NUSSBAUM, Martha. The Fragility of Goodness: Luck and Ethics in Greek Tragedy and Philosophy. Revised Ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2001 [1986].

ONELLEY, Glória Braga. A ideologia aristocrática nos Theognidea. Niterói; Coimbra: Editora da Universidade Federal Fluminense; Imprensa da Universidade de Coimbra, 2009.

PARRY, Milman. The making of Homeric verse: The collected papers of Milman Parry. Ed. Adam Parry. Oxford: Clarendon Press, 1971.

PÍNDARO. Epinícios e Fragmentos. Trad. Roosevelt Rocha. Curitiba: Kotter Editorial, 2018.

PÍNDARO. As odes olímpicas de Píndaro. Trad. Glória Braga Onelly; Shirley Peçanha. 1. ed. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016.

PLATO. Platonis Opera. Ed. John Burnet. Oxford: Oxford University Press, 1903.

PLUTARCH. Plutarch’s Lives. With an English Translation by Bernadotte Perrin. Cambridge; London: Harvard University Press; William Heinemann Ltd., 1914.

RAGON, E. Grammaire grecque. Paris: J. de Gigord, 2007.

RAGUSA, Giuliana (Org. e trad.). Lira Grega: Antologia de poesia arcaica. São Paulo: Hedra, 2014.

RIBEIRO JR., Wilson. Os Hinos Homéricos. In: ROSA, Edvanda Bonavina [et al]. Hinos homéricos: tradução, notas e estudo. São Paulo: Editora UNESP, 2010, p. 38-79.

ROSENFELD, Anatol. A teoria dos gêneros. In: ROSENFELD, Anatol. O teatro épico. São Paulo: Perspectiva, 2006, p. 15-36.

SCHLEGEL, August. Doutrina da Arte: Cursos sobre Literatura Bela e Arte. Introd., trad. e notas, Marco Aurélio Werle. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.

SILVA, Rafael Guimarães Tavares da. Arqueologias do drama: uma arqueologia dramática. 2018. 398f + 310f (Apêndice). Dissertação (Mestrado em Estudos Literários). Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2018.

SMYTH, Herbert Weir. Greek Gramar. Rev. Gordon M. Messing. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1984.

SVENBRO, Jesper. La parole et le marbre: Aux origines de la poétique grecque. Lund: Studentlitteratur, 1976.

TREVIZAM, Matheus. Poesia didática: Virgílio, Ovídio e Lucrécio. Campinas: Editora da Unicamp, 2014.

VASCONCELLOS, Paulo Sérgio de. Épica I: Ênio e Virgílio. Campinas: Editora da Unicamp, 2014.

VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. Ísis Borges B. da Fonseca. Rio de Janeiro: Difel, 2002.

VIDAL-NAQUET, Pierre. Le chasseur noir et l’origine de l’éphébie athénienne. Annales. Économies, Sociétés, Civilisations. 23e année, N. 5 (1968), p. 947-64.

VIDAL-NAQUET, Pierre. Retour au chasseur noir. In: Mélanges Pierre Lévêque. Tome 2 : Anthropologie et société. Besançon : Université de Franche-Comté, 1989, p. 387-311.

VOIGT, Eva-Maria. Sappho et Alcaeus. Amsterdam: Polak & Van Gennep, 1971.

WEST, Martin. Studies in Greek Elegy and Iambus. Berlin; New York: Walter de Gruyter, 1974.

WINCKELMANN, J. J. Gedanken über die Nachahmung der griechischen Werke in der Malerey und Bildhauerkunst. In: VOßKAMP, Wilhelm (Org.). Theorie der Klassik. Stuttgart: Reclam, 2009.

Downloads

Publicado

2020-11-19

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)