As ruínas e a solidão

Autores

  • Fábio José Santos de Oliveira Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.22.1.106-122

Palavras-chave:

Literatura Comparada, Literatura e Artes plásticas, Murilo Mendes, Solidão

Resumo

Tivemos por objetivo geral analisar o livro Tempo espanhol (do poeta Murilo Mendes) a partir da leitura de “Toledo”, um dos seus textos mais característicos. Como um dos elementos de destaque em nossa análise é a noção enciclopédica do próprio poeta, passamos ainda pela leitura de “O enterro do conde de Orgaz” (1586-1588, do pintor El Greco), tela referida no poema. Mesmo menos imagético do que os primeiros livros, Tempo espanhol se iguala a eles no que se refere a discussões metafísicas, por meio das quais Murilo Mendes põe em evidência a finitude do homem e seus embates com temas como a passagem do tempo, a morte e a solidão. Assim, as ruínas de Toledo, cidade-tema da poesia em análise, se tornam imagem dessa finitude do homem.

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Biografia do Autor

  • Fábio José Santos de Oliveira, Universidade de São Paulo (USP)

    Fábio de Oliveira é professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão (UFMA - Campus III Bacabal) e desenvolve pesquisa de pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros (USP).

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Publicado

2016-11-15

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