"Apocalipse 1.11", do Teatro da Vertigem
espaços alternativos para um teatro político
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.20.2.181-196Palavras-chave:
Teatro político, Teatro performativo, Teatro da Vertigem, Apocalipse 1.11Resumo
Este artigo apresenta uma reflexão teórica acerca do trabalho do Teatro da Vertigem, mais especificamente na peça Apocalipse 1.11, estreada em São Paulo em 2001. Entendemos que se trata de uma forma de fazer teatro político, que interfere nos fluxos e nas relações cotidianas da cidade, cria tensões entre o “real” e o “ficcional” e possibilita outras formas de relação do público com a obra. Nesse sentido, este artigo passa pelas teorias da performance para compreender em que sentido um teatro considerado “experimental” pode também ser político, sem se vincular diretamente às formas consideradas comumente como “teatro político” e sem pretender apontar caminhos ou propor soluções para os problemas sobre os quais reflete, mas bem mais possibilitar espaços alternativos para a construção das relações entre ética e estética.Downloads
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