O corpo-tela e o corpo-poema de Nívea Sabino como território em reexistência
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.30.2.79-91Palavras-chave:
Literatura periférica, Performance, Letramento de reexistência, Nívea SabinoResumo
Este artigo analisa a poética de Nívea Sabino a partir da noção de escrita que se faz com o corpo, enfatizando sua produção literária periférica e a relação entre palavra falada, palavra escrita e corpo, entendido como fio condutor da expressão poética. Para tanto, mobilizam-se conceitos de performance, letramento de reexistência e literatura periférica, com base nos pensamentos de Leda Maria Martins, Érica Peçanha do Nascimento e Ana Lúcia Silva Souza. Conclui-se que a poeta elabora sua existência como matéria de sua escrita, transformando o corpo em fundamento de sua episteme. O trabalho deriva da dissertação Escrita que se faz com o corpo: a produção literária periférica de Nívea Sabino, defendida em 2024, no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Ouro Preto.
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Referências
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