O corpo-tela e o corpo-poema de Nívea Sabino como território em reexistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.30.2.79-91

Palavras-chave:

Literatura periférica, Performance, Letramento de reexistência, Nívea Sabino

Resumo

Este artigo analisa a poética de Nívea Sabino a partir da noção de escrita que se faz com o corpo, enfatizando sua produção literária periférica e a relação entre palavra falada, palavra escrita e corpo, entendido como fio condutor da expressão poética. Para tanto, mobilizam-se conceitos de performance, letramento de reexistência e literatura periférica, com base nos pensamentos de Leda Maria Martins, Érica Peçanha do Nascimento e Ana Lúcia Silva Souza. Conclui-se que a poeta elabora sua existência como matéria de sua escrita, transformando o corpo em fundamento de sua episteme. O trabalho deriva da dissertação Escrita que se faz com o corpo: a produção literária periférica de Nívea Sabino, defendida em 2024, no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Ouro Preto.

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Biografia do Autor

  • Mikaela Gabriele Elias da Costa, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

    Licenciada em Letras e bacharel em Literatura pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), mestre em Estudos da Linguagem pela mesma instituição. Atua como professora de Língua Portuguesa na Educação Básica da Rede Municipal de Mariana (MG).

  • Rodrigo Corrêa Martins Machado, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

    Professor Adjunto do Departamento de Letras da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Licenciado e mestre em Letras pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), doutor em Estudos de Literatura pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui pós-doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017) e pós-doutorado em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2024). Atua no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFOP.

Referências

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Publicado

2025-12-24

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Seção

Em Tese