A relação entre os Mannon e as figuras dos coros em "Electra enlutada" (1931), de Eugene O’Neill

exemplaridade, intertexto e tragicidade

Autores

  • Pedro Leites Jr. Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) | Universidad de Vigo (UVIGO)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.21.3.146-163

Palavras-chave:

Mito de Electra, Electra enlutada, coro, tragicidade

Resumo

Propomos neste artigo um estudo sobre a manifestação do trágico na trilogia Electra enlutada (1931), do dramaturgo estadunidense Eugene O’Neill. Em específico, buscamos entender como o elemento trágico se expressa a partir da construção e inter-relação dos Mannon, família que representa o centro da ação trágica, com personagens que dialogam com a estrutura do Coro da tragédia grega. Para tanto, consideramos a intertextualidade que a obra mantem para o mito grego de Electra e, em particular, com a Oréstia (458 a.C.), de Ésquilo. Nesse sentido, temos ainda em conta o quanto o engendramento trágico e a constituição dos personagens assumem nuances de exemplaridade, o que se manifesta de diferentes formas na obra.

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Biografia do Autor

  • Pedro Leites Jr., Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) | Universidad de Vigo (UVIGO)

    Doutorando do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.

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Publicado

2016-07-18