A negação do trabalho em Leite Derramado, de Chico Buarque

Autores

  • Alex Alves Fogal Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
  • Bárbara Del Rio Araújo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.26.2.12-26

Palavras-chave:

Negação do trabalho, fetiche, Leite Derramado

Resumo

Este artigo busca identificar como a negação do trabalho, em Leite Derramado, fomenta uma perspectiva crítica em relação ao modo de produção capitalista, sobretudo em um contexto periférico. Inicialmente, pode-se dizer que não há espaço para a representação do trabalho nas memórias do narrador Eulálio, decadente empresário que habita um hospital simples. Entretanto, esse tema se faz revelador na medida em que ironiza a tradição de uma classe que vive da exploração do trabalho dos outros. Além disso, nota-se que a narrativa permite refletir sobre o processo de fetichização que se implementou sobre a lógica do trabalho e sobre a consciência dos indivíduos no capitalismo contemporâneo.

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Biografia do Autor

  • Alex Alves Fogal, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

    Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor do CEFET-MG.

  • Bárbara Del Rio Araújo, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

    Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora do CEFET/MG.

Referências

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Publicado

2021-03-18