Estética de ouro o monopólio da imagem olímpica como toque de Midas do COI
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Résumé
A condição espetacular do esporte sugere que a razão de existir a competição é que ela seja compartilhada com o público. Esse é um fenômeno urbano, de massa, capaz de acionar um campo simbólico, mobilizando imaginários de onde brotam emoções de caráter individual e coletivo. Se no princípio da história olímpica o caráter coletivo era dado na presença do público nos estádios e ginásios, essa relação se alterou radicalmente com a chegada dos meios de comunicação de massa. Este artigo recupera o diacronismo da comunicação nos Jogos Olímpicos, e o engendramento das imagens no esporte e posterior monopólio do Comitê Olímpico Internacional das imagens gestadas. A análise foi sustentada a partir do conceito teórico-metodológico da tradição mitohermenêutica e operacionalizado pela heurística da mitanálise, culminando no desvelamento do conteúdo mítico-simbólico latente do Rei Midas. Produto hermenêutico-analítico que nos permite vislumbrar as linhas de força e desejo pelas imagens olímpicas e especular acerca de suas direções futuras.
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