Estética de ouro o monopólio da imagem olímpica como toque de Midas do COI

Contenido principal del artículo

Katia Rubio
Rafael Campos Veloso
William Douglas de Almeida

Resumen

A condição espetacular do esporte sugere que a razão de existir a competição é que ela seja compartilhada com o público. Esse é um fenômeno urbano, de massa, capaz de acionar um campo simbólico, mobilizando imaginários de onde brotam emoções de caráter individual e coletivo. Se no princípio da história olímpica o caráter coletivo era dado na presença do público nos estádios e ginásios, essa relação se alterou radicalmente com a chegada dos meios de comunicação de massa. Este artigo recupera o diacronismo da comunicação nos Jogos Olímpicos, e o engendramento das imagens no esporte e posterior monopólio do Comitê Olímpico Internacional das imagens gestadas. A análise foi sustentada a partir do conceito teórico-metodológico da tradição mitohermenêutica e operacionalizado pela heurística da mitanálise, culminando no desvelamento do conteúdo mítico-simbólico latente do Rei Midas. Produto hermenêutico-analítico que nos permite vislumbrar as linhas de força e desejo pelas imagens olímpicas e especular acerca de suas direções futuras.

Downloads

Download data is not yet available.

Detalles del artículo

Sección

DOSSIÊ

Biografía del autor/a

Katia Rubio, Universidade de São Paulo

Investigadora e Docente da USP, São Paulo.

Rafael Campos Veloso, Universidade Estadual de Maringá

Investigador e docente.

William Douglas de Almeida, Universidade de São Paulo

Investigador e docente, jornalista.

Cómo citar

Estética de ouro: o monopólio da imagem olímpica como toque de Midas do COI. FuLiA/UFMG , Belo Horizonte/MG, Brasil, v. 10, n. 1, p. 11–29, 2025. DOI: 10.35699/2526-4494.2025.v10.60721. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/fulia/article/view/60721. Acesso em: 8 dec. 2025.

Referencias

ALMEIDA, W. D.; PENAFORT, J. D. Relato de experiência: Os Jogos Paralímpicos na TV Brasil. In Anais do V Congresso Paradesportivo Internacional. Comitê Paralímpico Brasileiro, 2016, p. 337-342. Disponível em https://congressoparadesportivo.cpb.org.br/publicacoes/anais_congresso_paradesportivo_internacional_2016.pdf

ALMEIDA, W. D. & FRANCESCHI NETO, V. Entre o direito de transmitir e o de informar. In RUBIO, K. (org.), Do pós ao neo olimpismo. São Paulo: Kepos, 2019, p. 145-160. Disponível em https://www.researchgate.net/profile/Katia-Rubio/publication/333485910_Do_pos_ao_neo_Olimpismo_esporte_e_Movimento_Olimpico_no_seculo_XXI/links/5cefe7d24585153c3da68539/Do-pos-ao-neo-Olimpismo-esporte-e-Movimento-Olimpico-no-seculo-XXI.pdf

ALMEIDA, W. D.; FREITAS, R.; RUBIO, K.; MENDONÇA, E. Following the agen-da of others: IOC communication in the Olympic postponement. Olimpianos – Journal of Olympic Studies, 4, p. 64-83, 2020. Disponível em https://doi.org/10.30937/2526-6314.v4.id96

ALMEIDA, W. D.; ARAÚJO, D. G. D. N.; RUBIO, K. Revisitando as transmissões radiofônicas pioneiras de Jogos Olímpicos no Brasil. Radiofonias–Revista de Estudos em Mídia Sonora, 14(1), p. 76-104, 2023. Disponível em https://doi.org/10.63234/radiofonias.v14i1.6522

BETTI, M. Esporte na mídia ou esporte da mídia. Motrivivência, 17(1), p. 107-111, 2001. Disponível em https://doi.org/10.5007/%25x

BRAGA, A. McLuhan entre conceitos e aforismos. Alceu, 12(24), p. 48-55, 2012. Disponível em https://revistaalceu-acervo.com.puc-rio.br/media/Artigo%204_24.pdf

DURAND, G. Introduction à la mythodologie. Mythes et sociétés. Paris: Albin Michel, 1996.

FAUSTO NETO, A. O agendamento do esporte: uma breve revisão teórica e conceitual. Verso & Reverso, 16(34), p. 9-17, 2002.

FERNANDEZ PEÑA, E. Olympic Summer Games and broadcast rights. Evolution and challenges in the new media environment. Revista Latina de Comunicación, 64, 2009. Disponível em http://doi.org/10.4185/RLCS-64-2009-1.000-1.010-Eng

FERNANDEZ PEÑA, E. Juegos Olímpicos, televisión e redes sociales. Barcelona: Editora UOC, 2016.

FREITAS, R. O Movimento Olímpico na internet: a difícil escolha entre a visibilidade e o controle. In RUBIO, K. (org.), Do pós ao neo Olimpismo: Esporte e movimento olímpico no século XX. São Paulo: Laços, 2019, p. XX-XX.

GAMES, O. The Games of the Xth Olympiad, Los Angeles 1932: Official Report, 1933. Disponível em https://digital.la84.org/digital/collection/p17103coll8/id/8040/rec/13

HOBSBAWN, E. A produção em massa de tradições: Europa, 1870 a 1914. In HOBSBAWN, E.; RANGER, T. (org.), A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997, p. XX-XX.

MEZZAROBA, C.; PIRES, G. D. L. O agendamento midiático-esportivo: Considerações a partir dos Jogos Pan-americanos Rio/2007. Logos, 17(2), p. 124-136, 2010. Disponível em https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/11630/2/AgendamentoMidiaticoEsportivoPanAmericanos.pdf

ORTIZ-OSÉS, A. Cognitio matutina e razão afetiva. In FERREIRA SANTOS, M. (org.), Crepusculário: Conferências sobre mitohermenêutica e educação. São Paulo: Zouk, pp. 7-16, 2004.

PAYNE, M. A virada olímpica: Como os Jogos Olímpicos se tornaram a marca mais valorizada do mundo. Rio de Janeiro: Casa da Palavra-COB, 2006.

PRONI, M. W.; ARAUJO, L. S.; AMORIM, R. L. Leitura econômica dos jogos olímpicos: financiamento, organização e resultados (texto para discussão n.º 1356). Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2008. Disponível em https://hdl.handle.net/10419/90949

PHILOCREON, T. A. D. A nova dinâmica da relação entre Mídia e Olimpismo: Pluralização das plataformas cibernéticas e redefinição dos Direitos de Transmissão (doctoral dissertation). Universidade de Santiago de Compostela, 2022. Disponível em https://minerva.usc.gal/entities/publication/86436f08-248e-4900-a828-904afc29cb9a

RUBIO, K. O atleta e o mito do herói: O imaginário esportivo contemporâneo. São Paulo: Laços, 2021.

RUBIO, K. Os Jogos Olímpicos como hierofania: rito e ritual, uma tradição, mais que um campeonato. Olimpianos Journal of Olympic Studies, 4, p. 1-15, 2020. Disponível em https://doi.org/10.30937/2526-6314.v4.id99

RUBIO, K. Olimpização: Notas sobre o desejo de inclusão no modelo olímpico. In RUBIO, K. (org.), Do pós ao neo Olimpismo: Esporte e movimento olímpico no século XX. São Paulo: Laços, 2019, p. XX-XX.

RUBIO, K. Dos Jogos Olímpicos que temos ao espírito olímpico que queremos In J. C. MARQUES, J. C.; ROCCO JR., A. J. (org.), Qual legado? Leituras e reflexões sobre os Jogos Olímpicos Rio-2018. São Paulo: Cultura Acadêmica/Editora Unesp, 2018, p. XX-XX.

RUBIO, K. Agenda 20+20 e o fim de um ciclo para o Movimento Olímpico Internacional. Revista USP, 108, p. 21-28, 2016b. Disponível em https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i108p21-28

RUBIO, K. Medalhistas olímpicos brasileiros: Memórias, histórias e imaginário. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.

RUBIO, K.; VELOSO, R. C.; LEÃO, L. Between solar and lunar hero: a cartographic study of Brazilian Olympic athletes in the social imaginary. Imago: A Journal of Social Imaginary, 11, p. 147-162, 2018. Disponível em https://doi.org/10.7413/22818138118

RUBIO, K. O atleta e o mito do herói: O imaginário esportivo contemporâneo. São Paulo: Laços, 2021.

SIMSON, V.; JENNINGS, A. Os senhores dos anéis – Poder, dinheiro e drogas nas olimpíadas. São Paulo: Best Seller, 1992.

SMIT, B. Invasão de campo. São Paulo: Zahar, 2007.

TAVARES JUNIOR, C. A. Rio de Janeiro 2016: Olimpíadas, legados e aprendizados (Resumo). In Anais do XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste (Volta Redonda, SP, Brasil, 22-24 de junho de 2017). Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, junho 2017. Disponível em https://portalintercom.org.br/anais/sudeste2017/resumos/R58-0113-1.pdf

VELOSO, R. C. A olimpização de modalidades esportivas: O caso da escalada olímpica. Olimpianos - Journal of Olympic Studies, 2(2), p. 409–422, 2018. Disponível em https://doi.org/10.30937/2526-6314.v2n2.id50

VELOSO, R. C. Trajetos entre alvoradas e crepúsculos: o atleta e as muitas faces do mito do herói. São Paulo: Laços, 2021.

WUNENBURGER, J. J. O imaginário. São Paulo: Edições Loyola, 2007.