FUTEBÓIS, CARNAVALIZAÇÕES, PERFORMANCES: SONS DA CULTURA POPULAR / Coorganização: Luiz Henrique de Toledo (UFSCar-Brasil); Tiago de Oliveira Pinto (University of Music Franz Liszt-Alemanha)
v. 8 n. 1 (2023)

O presente dossiê é inspirado na indissociabilidade entre os sentidos, apreensão e simbolização sensível das coisas ao nosso redor, que desse ponto de vista se recusa à divisão das tarefas sensoriais (ver, ouvir, tocar....) no ato de produzir conhecimento. Steve Feld defini o som como “um sistema abstrato e arbitrário de representações fonêmicas e fonéticas, mas como um sistema que motiva tanto a relação entre sensação e conhecimento perceptivo do mundo quanto a capacidade de engajamento quase imediato, simultaneamente abstrato e sensorial com o mundo” (2020). Tais percepções amparadas nos sentidos, que animam os corpos, nascem dos órgãos (olhos, ouvidos) que se colocam à disposição não apenas como artefatos ou “instrumentos de reprodução” e aferição representacional de realidades externas, mas como meios de observação e percepção de mundos inventados por nós. E na medida em que é por intermédio dos sentidos que nos movemos (caminhando, pulando, cantando, jogando) em estreita interrelação simbólica, constituímos culturas e modos de vida singulares e relacionais, que em atos contínuos sempre nos colocam vendo, ouvindo, olhando, falando, tocando, cheirando.

FUTEBÓIS E MODERNISMOS: 100 ANOS DA SEMANA DE 22 / Coorganização: Bernardo Buarque de Hollanda (FGV-Brasil); Gustavo Cerqueira Guimarães (UEM-Moçambique); Marcelino Rodrigues da Silva (UFMG-Brasil)
v. 7 n. 3 (2022)

As relações entre literatura e futebol têm sido tão férteis quanto instáveis na história brasileira. Desde a virada do século XIX e o início do século XX, juntamente com a introdução da prática futebolística no Brasil, o registro artístico-literário dos jogos tem-se dado em jornais e em outros meios de difusão, quer sejam manuscritos, impressos, fotográficos ou pictóricos. Embora a crônica tenha sido o gênero mais destacado quando se refere a essa modalidade esportiva, outras linguagens escritas e visuais também procuraram expressar, por meio de imagens e representações, as múltiplas vivências e emoções suscitadas pelo futebol, tanto as praticadas quanto as assistidas.

TORCEDORES E TORCIDAS: HISTÓRIA, GÊNERO E OUTRAS FORMAS DE TORCER / Coorganização: Silvio Ricardo da Silva (UFMG-Brasil); Felipe Paes Lopes (UNISO-Brasil); Verónica Moreira (UBA-Argentina)
v. 7 n. 2 (2022)

É sabido, através de estudos históricos, que a relação dos torcedores com o futebol vem ao longo dos tempos modifi-cando-se, em consonância com o momento vivido. Inicial-mente, a presença da mulher ou do homem em um estádio ou em um campo, para assistir uma partida de futebol, tinha como finalidade conhecer aquela novidade que aparecia, so-bretudo nas cidades maiores e mais desenvolvidas. Logo, essa assistência se transforma em vínculo de pertencimento por uma determinada agremiação e consequentemente no torcer. Esse torcer, que inicialmente acontece de maneira individualizada, cambia com o crescimento do próprio fute-bol, em um torcer coletivizado.
     As torcidas, sempre cumprindo o dever de realizarem a festa no estádio, já estiveram a serviço dos clubes, na tentati-va de controle de sua gente, no caso, as memoráveis Torcidas Uniformizadas e também já cumpriram (e ainda cumprem) o papel de críticos dos dirigentes, reivindicando melhores elencos e resultados esperados; falamos aqui das famosas Torcidas Organizadas. Contudo, esse espectro de torcedor e torcidas é amplo, acontecendo em diversos lugares, de di-versas maneiras e por diferentes grupos. O torcer se expres-sa desde o conhecido estádio ou nas recentes arenas, na vár-zea ou mesmo nos calçadões para incentivar aquele time de praia. Isso, sem esquecer da novidade, de que essa relação torcedores e torcidas com seus respectivos clubes, também tem acontecido, de maneira intensa, através das telas dos celulares e computadores.
     São, cada vez mais grupos que se constituem em torno da paixão comum por um clube e se reúnem por afinidades, objetivos e formas diversos. É isso que vemos nesse número da revista FuLiA/UFMG.

TORCEDORES E TORCIDAS: CONTROLE E RESISTÊNCIAS / Coorganização: Silvio Ricardo da Silva (UFMG-Brasil); Felipe Paes Lopes (UNISO-Brasil); Verónica Moreira (UBA-Argentina)
v. 7 n. 1 (2022)

No Brasil, o campo de estudos sobre torcidas de futebol consolidou-se na segunda metade da década de 1990. A despeito de, naquele momento, já haver algumas importantes pesquisas sobre o tema, elas ainda eram assistemáticas. Foi em tal período que uma série de estudos oriundos, principalmente, da Antropologia, da História e da Educação Física começou a se debruçar sobre os rituais, a identidade, a organização e o comportamento das torcidas organizadas, que ganhavam destaque nos noticiários do país graças ao seu protagonismo em eventos violentos, que resultaram em feridos e mortos.

FUTEBOL EM MOÇAMBIQUE: ARTE E MEMÓRIA / Coorganização: Gustavo Cerqueira Guimarães (MRE/UEM-Moçambique); Elídio Nhamona (UEM-Moçambique); Nuno Domingos (UL-Portugal)
v. 6 n. 2 (2021)

A seção Dossiê - FUTEBOL EM MOÇAMBIQUE: ARTE E MEMÓRIA da revista FuLiA/UFMG apresenta três pares de textos que conversam entre si mais intimamente. Os dois primeiros abordam os tempos da inauguração do Estádio da Machava e de Pelé. Os artigos seguintes privilegiam a relação do jogo com a literatura moçambicana, um deles de modo panorâmico e o outro focado em um autor. Os dois últimos textos procuram refletir de que modo a história do futebol em Moçambique constitui uma experiência social performativa e estética útil para questionar o futebol contemporâneo, problematizando questões que giram em torno da linguagem e das identidades.

ESPORTE PELO PRISMA DOS MÉTODOS QUANTITATIVOS / Coorganização: Jimmy Medeiros (FGV-Brasil); Jean-Michel de Waele (Univ. Livre de Bruxelas-Bélgica)
v. 6 n. 1 (2021)

Dossiê O ESPORTE PELO PRISMA DOS MÉTODOS QUANTITATIVOS, publicado pela revista FuLiA/UFMG, v. 6, n. 1, jan.-abr., 2021, organizado por Jimmy Medeiros (Fundação Getúlio Vargas/RJ) e Jean-Michel de Waele (Universidade Livre de Bruxelas).

(AUTO)BIOGRAFIAS NO MUNDO DO FUTEBOL / Coorganização: Francisco Pinheiro (UC-Portugal); Marcelino Rodrigues da Silva (UFMG-Brasil)
v. 5 n. 3 (2020)

Dossiê (AUTO)BIOGRAFIAS NO MUNDO DO FUTEBOL, publicado pela revista FuLiA/UFMG, v. 5, n. 3, set.-dez., 2020, organizado por Francisco Pinheiro (Universidade de Coimbra) e Marcelino Rodrigues da Silva (UFMG).

ESTÁDIOS DE FUTEBOL: POLÍTICA E USOS (Homenagem a Gilmar Mascarenhas) / Coorganização: Arlei Damo (UFRGS-Brasil); Sérgio Giglio (UNICAMP-Brasil)
v. 5 n. 2 (2020)

A Chamada deste dossiê foi elaborada pelo Prof. Gilmar Mascarenhas.


Do que estamos falando quando o assunto é estádios de futebol? No plano operacional e urbanístico, um edifício especificamente erigido para acolher espetáculos visando grandes audiências, dotado de expressiva centralidade física e simbólica. Mas também espaço vivido e lugar de referência, alimentando o sentido de pertencimento e a constante fabricação de identidades grupais. Estádios são memória acumulada, vivida coletivamente.


Subvertendo sua funcionalidade precípua, as camadas populares se apropriaram historicamente do equipamento, reinventando-o. O rico movimento de apropriação do estádio faz dele um espaço-tempo singular na reprodução social da cidade.


Todavia, o estádio contemporâneo se vê crescentemente submetido aos implacáveis princípios do gerenciamento técnico-empresarial, promovendo exclusão dos mais pobres e reduzindo sua potência criativa. O Brasil possui quase oitocentos estádios, universo dotado de imensa heterogeneidade contida nos mais variados aspectos: arquitetônico (porte físico, formato e capacidade de público), locacional, econômico, funcional e simbólico. E persistem muitos estádios à margem do processo de “arenização”.


O dossiê Estádios de Futebol: políticas e usos pretende reunir reflexões de pesquisadores em torno deste equipamento, seus usos, formas e significados. Um espaço em constante disputa: em construção.

JORNALISMO ESPORTIVO E REPRESENTAÇÕES DO FUTEBOL / Organizador: Francisco Brinati (UFSJ-Brasil)
v. 5 n. 1 (2020)


Na busca de alternativas para que os meios de comunicação dessem conta da cobertura do esporte em meio às mudanças que as novas tecnologias e relações sociais impuseram, podemos verificar diferentes linguagens, sejam elas impressa, audiovisual ou pela web, ao longo dos anos. As rotinas produtivas das redações produzem material amplo e rico, suscetível a pesquisas nas mais variadas áreas do conhecimento. Assim, neste número da FuLiA/UFMG, o repertório de narrativas do Jornalismo voltado ao futebol e as suas representações são o tema principal desta reunião de autores e autoras.


FUTEBOL E POLÍTICA: TRANSCULTURAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO NO MUNDO DA LÍNGUA PORTUGUESA – XIII Congresso Alemão de Lusitanistas / Coorganização: Elcio Cornelsen (UFMG-Brasil); Marcel Vejmelka (Univ. de Mainz-Alemanha)
v. 4 n. 3 (2019)

A espacialidade do mundo de língua portuguesa, suas fronteiras e passagens, tema da 13ª edição do Congresso Alemão de Lusitanistas, possibilita associações com a cultura, a história e a dimensão política do futebol. O futebol é um jogo do espaço e de espaços, cuja concretude no próprio jogo ascende ao plano metafórico (“a profundidade do espaço”, “estreitar espaços”, “ocupar espaços” etc.). A partir desse ponto de vista, evidenciam-se de maneira patente os significados simbólicos e discursivos, que partem dos relvados e são projetados ou assimilados pela sociedade.

POLÍTICAS, DIVERSIDADES E INTOLERÂNCIAS – III Simpósio Internacional de Estudos sobre Futebol / Coorganização: Aira Bonfim (FGV-Brasil); Gustavo Cerqueira Guimarães (UEM-Moçambique)
v. 4 n. 2 (2019)

O dossiê Políticas, diversidades e intolerâncias reúne textos derivados do III Simpósio Internacional de Estudos sobre Futebol, que analisam o jogo em suas variadas manifestações esportivas e culturais. O evento foi em São Paulo, organizado pelo Museu do Futebol, LUDENS/USP, Ludopédio, pela UNICAMP e PUC-SP.

FUTEBOL E MULHERES / Organizadora: Silvana Goellner (UFRGS-Brasil)
v. 4 n. 1 (2019)

O dossiê Futebol e mulheres reúne textos que analisam a presença das mulheres no futebol em suas variadas manifestações esportivas e culturais.

FUTEBÓIS / Organizador: Arlei Damo (UFRGS-Brasil)
v. 3 n. 3 (2018)

A revista FuLiA / UFMG abriu espaço para um dossiê para tratar dos futebóis – não interessa tanto o termo, evidentemente, mas a concepção plural que ele sugere. Os textos que compõem o Dossiê da presente edição refletem esta tendência pluralista e são o prenúncio de que ela possa ser ampliada ainda mais. 

SOBRE COPAS DO MUNDO... / Coorganização: Gustavo Cerqueira Guimarães (UFMG-Brasil); Marcus Lage (UFMG-Brasil); Thiago Costa (UFMG-Brasil)
v. 3 n. 2 (2018)

Em pleno clima de descrença, e de festividade, que paira sobre o futebol mundial, a revista FuLiA / UFMG, por meio do Dossiê Sobre Copas do Mundo..., apresenta pesquisas sobre o tema que, independentemente de suas abordagens teóricas, metodológicas ou contextuais, relacionam-se com o maior evento esportivo internacional, tanto a partir de vieses historiográficos, memorialistas e sociológicos, como de vieses artísticos e culturais. 

FUTEBOL E POLÍTICA NO MUNDO LUSÓFONO – XII Congresso Alemão de Lusitanistas / Coorganização: Elcio Cornelsen (UFMG-Brasil); Marcel Vejmelka (Univ. de Mainz-Alemanha)
v. 3 n. 1 (2018)

Futebol e política estão associados de maneira estreita e profunda desde o surgimento dessa modalidade esportiva, hoje mundialmente popular. Ao enfocar o mundo lusófono marcado por intenso entusiasmo pelo futebol, surgem idéias muito interessantes sobre as linhas de desenvolvimento histórico de suas nações, sociedades e culturas. No universo atual do futebol, também se refletem crises sociais e políticas, bem como cisões do presente.


O futebol sempre foi e ainda é uma questão política num sentido positivo e negativo; a profissionalização do esporte nas primeiras décadas do século XX fez com que certas barreiras de classe e de “raça” se rompessem; regimes autoritários, com grande frequência, não medem esforços em instrumentalizar e ideologizar esse esporte preferido das massas.

CRÔNICA ESPORTIVA NO BRASIL: HISTÓRIA E NARRATIVA / Organizador: Bernardo Buarque de Hollanda (FGV-Brasil)
v. 2 n. 3 (2017)

Com o espírito de renovação e de revisão da importância da crônica nos estudos acadêmicos futebolísticos que o presente dossiê foi elaborado e aberto às contribuições. Ao abrir espaço para submissões de trabalhos interessados em explorar casos, colunas, escritores e periódicos nacionais voltados à história da crônica no Brasil, tivemos por motivação estimular o debate e agrupar pesquisas em torno das diversas formas de narração do fenômeno futebolístico no país. 

O FUTEBOL EM CONTEXTOS LOCAIS E REGIONAIS / Organizador: Marcelino Rodrigues da Silva (UFMG-Brasil)
v. 2 n. 2 (2017)

A história dos estudos sobre o esporte no Brasil está intimamente ligada à importância que o futebol adquiriu no país, como símbolo de nossa identidade cultural. Por isso, a grande maioria dos trabalhos mais destacados se dedica a essa dimensão nacional do futebol, tratada geralmente a partir da história desse esporte nas grandes metrópoles brasileiras, especialmente a cidade do Rio de Janeiro. Em tempos mais recentes, no entanto, esse panorama vem se modificando, em função do crescimento, da difusão e da consolidação dos estudos sobre o esporte no país. Nesse movimento, é cada vez maior o número de trabalhos de pesquisa que se contrapõem a essa perspectiva nacional, abordando as histórias, manifestações e particularidades do fenômeno esportivo em contextos locais e regionais. O objetivo deste dossiê é apresentar um pouco dessa produção, revelando configurações do fenômeno esportivo que não podem ser reduzidas às grandes narrativas canônicas da história do futebol brasileiro.

A PERFORMATIVIDADE DO FUTEBOL NA CULTURA: IDENTIDADE E GÊNERO / Organizador: Gustavo Cerqueira Guimarães (UFMG-Brasil)
v. 2 n. 1 (2017)

Artigos derivados dos trabalhos apresentados no II Simpósio Internacional Futebol, Linguagem, Artes, Cultura e Lazer realizado em Belo Horizonte, em setembro de 2016, organizado pelos núcleos de pesquisa da UFMG: GEFuT e FULIA. 

JOGAR SEM BOLA: PENSANDO O FUTEBOL / Coorganização: Elcio Cornelsen (UFMG-Brasil); Luis Maffei (UFF-Brasil)
v. 1 n. 1 (2016)

Artigos derivados do evento homônimo, realizado no dia 11 de março de 2016 no Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ).