As condições estruturantes da siderurgia mineira
recursos naturais, Estado e elite instruída
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-549X..13342Palavras-chave:
Elite instruída, Estado, Planejamento, Mineração e siderurgia em Minas GeraisResumo
O objeto deste artigo é a formação do espaço minero siderúrgico em Minas Gerais. Sabe-se que a presença do minério de ferro no Quadrilátero Ferrífero, isoladamente, é fator insuficiente para esta realização. Este recurso mineral é mobilizado pela elite instruída (em leis e técnica), atuante no Estado, para dinamizar a região deprimida em que se encontra. Vinculada regionalmente e dotada de mentalidade progressista, esta elite, por meio de seu expertize em planejamento, consegue superar os entraves ao desenvolvimento regional. Sua experiência e o modelo de planejamento e intervenção de Estado desenvolvido por ela são implantados em Minas e compartilhados com o governo central. De suas ações resultam a industrialização nacional e, em Minas Gerais, a implantação de Belo Horizonte, o complexo minero-siderúrgico e uma potente estrutura estatal de apoio à industrialização, com amplas realizações. Este artigo foca o período que transcorre entre o século XVIII e a década de 1960.Downloads
Referências
ALFONSOGOLDFARB, Ana Maria; NASCIMENTO, Carlos; FERRAZ, Arthur Ribeiro; MENDES, Márcia Helena. “Um estudo sobre a implantação da moderna siderurgia no Brasil: o caso da Usina Queiroz Júnior”. Revista da SBHC, n.10, p.3-12, 1993.
ANDRADE, Mariza Guerra de. “À porta do céu isolado pela Serra do Espinhaço”. Revista de História da Biblioteca Nacional, 1 de janeiro de 2006. Disponível em http://www. revistadehistoria.com.br. Acesso em 28 jul. 2009.
BAETA, Nilton. “Pioneirismo de Monlevade na implantação da siderurgia em Minas Gerais”. Revista da Fundação João Pinheiro. Belo Horizonte, 1 (2/4): 64-67, abr./dez.,1971.
BETHELL; Leslie, CARVALHO; José Murilo. Historia Da America Latina. V.3. Da Independência a 1870. São Paulo: Edusp, 2001.
BETHELL, LESLIE. “A Independência do Brasil.” In: BETHELL, LESLIE (Org.). História da América Latina. Vol. III: Da Independência até 1870. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Imprensa Oficial do Estado; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2001. P. 187- 230.
CARVALHO, José Murilo de. “Ouro, terra e ferro: vozes de Minas”. In: GOMES, ÂNGELA DE CASTRO (Org.). Minas e os fundamentos do Brasil moderno. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
CARVALHO, José Murilo. A Escola de Minas de Ouro Preto. O peso da glória. (2ª edição) Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.
DINIZ, Clélio Campolina. Estado e capital estrangeiro na industrialização mineira. Belo Horizonte: UFMG/PROED, 1981.
DULCI, Otávio Soares. Política e recuperação econômica em Minas Gerais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
DULCI, Otávio. “João Pinheiro e as origens do desenvolvimento mineiro”. P. 109-136. In: Gomes, Ângela de Castro (Org.). Minas e os fundamentos do Brasil moderno. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
FERNANDEZ, Oscar Lorenzo. “O desenvolvimentismo de Israel Pinheiro a Juscelino Kubitschek”. In: GOMES, ÂNGELA DE CASTRO. Minas e os fundamentos do Brasil moderno. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
FILGUEIRAS, Carlos A. L. “A ciência e as Minas Gerais dos setecentos”. In: RESENDE, Maria Efigênia Lage de; VILLALTA, Luiz Carlos. História de Minas Gerais. As Minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica; Companhia do Tempo, 2007. P. 159-185.
GOMES, Ângela de Castro. Minas e os fundamentos do Brasil moderno. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
HAESBAERT, Rogério. La Blache, Ratzel e a “geografia política”. Coleção Nossos Clássicos. Sem data.
LATIF, Miriam De Barros. As Minas Gerais. Rio de Janeiro: Agir, 1960. 231 p. MATOS, Ralfo Edmundo da Silva. “Territórios, ambiente e gestão”. In: HISSA, Cássio Eduardo Vianna (Org.). Saberes ambientais: Desafios para o conhecimento disciplinar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. P. 141-157.
MATOS, Ralfo Edmundo da Silva. Evolução urbana e formação econômica de Belo Horizonte. Belo Horizonte: CEDEPLAR. Textos para discussão. Março, 1992.
MATOS, Ralfo Edmundo da Silva. “A discussão do antiurbanismo no Brasil colonial”. Geografias. Belo Horizonte 07(2), julhodezembro de 2011 41, P. 40-55.
MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa. A Inconfidência mineira: Brasil e Portugal 1750-1808. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
PAULA, João Antônio De. “Raízes do desenvolvimentismo: pensamento e ação de João Pinheiro”. In: Pesquisa & Debate, SP, volume 15, n. 2(26), pp. 257-282, 2004.
PINTO, Manuel Serrano. Aspectos da história da mineração no Brasil colonial. In: LINS, F. A. F.; LOUREIRO, F. E. V. L.; ALBUQUERQUE, G. A. A. S. C. Brasil 500 anos – a construção do Brasil e da América Latina: histórico, atualidade e perspectivas. Rio de Janeiro: CETEM/ MCT, 2.000. 254 p.
SANTOS, Milton e SILVEIRA, M. L. Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001, pp. 259-287.
SINGER, Paul. Desenvolvimento econômico e evolução urbana. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1977. 377 p.
WIRTH, John D. (Trad. Maria Carmelita). Minas Gerais na federação brasileira 1889-1937. O fiel da balança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
WIRTH, John D. (Trad.: Cajado, Octavio Mendes). Minas e a Nação: Um estudo de poder e dependência regional. 1889-1937. In: FAUSTO, BORIS (Org.). História geral da civilização brasileira. O Brasil Republicano: Estrutura de poder e economia (1889-1930). São Paulo: DIFEL, 1975. T. III, V. 1, Cap. II.2. P. 76-99.
WIRTH, John D. A política de desenvolvimento na era Vargas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1973.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Ralfo Matos, Ediméia Maria Ribeiro de Mello
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos desta revista obedecem a licença Creative Commons — Attribution 4.0 International — CC BY 4.0