De quê a mulher foge?
DOI:
https://doi.org/10.35699/1982-3053.2024.54385Palavras-chave:
ficção política, romance israelense, conflito Israelopalestino, normalizaçãoResumo
Através do relacionamento de Orah com os israelenses Avram, Ilan, Adam e Ofer – amigo íntimo, marido e filhos - e com o palestino Sammy – motorista de táxi e amigo -, David Grossman analisa, em A mulher foge, as diversas faces do intrincado relacionamento entre israelenses e palestinos. À primeira vista, a trama concerne à preocupação de Orah com a segurança de seu filho Ofer, engajado em uma ação de represália a terroristas palestinos, da qual ele poderá ser vítima. Porém, no desenvolvimento do romance, deliberadamente lento, à medida que a narrativa mergulha na mente de Orah, com ampla utilização de técnicas de fluxo de consciência, evidenciam-se outras questões, como a falta de consideração de israelenses para com os sentimentos de palestinos, por mais que sejam seus “amigos”, e a opressão a que soldados israelenses submetem palestinos suspeitos de vínculos com terroristas. Em meio a um conflito sem perspectivas de solução no horizonte, que compromete a própria normalidade da vida no Estado de Israel, o romance é um veemente libelo contra as guerras em geral, pela paz entre israelenses e palestinos, pela valorização da vida independentemente de etnia.
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Referências
GROSSMAN, David. Writing in the dark. Essays on literature and politics. “Writing in the dark”. (tradução do hebraico Jessica Cohen). London: Bloomsbury Publishing, 2009, p. 59-68.
GROSSMAN, David. Writing in the dark. Essays on literature and politics. “Contemplations on peace”. (tradução do hebraico Jessica Cohen). London: Bloomsbury Publishing, 2009, p. 87-119.
GROSSMAN, David. A mulher foge. (tradução George Schlesinger). São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Tanah completo. (tradução David Gorodovits e Jairo Fridlin). São Paulo: Editora Séfer, 2018.
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