Enterrar para resistir, escrever para compreender, montar para conhecer
Primo Levi e a transmissão da Shoah
DOI:
https://doi.org/10.35699/1982-3053.2024.56706Palavras-chave:
cinema, memória , shoahResumo
Discute-se aqui a importância da transmissão do inimaginável da Shoah pelo cinema em cotejo com a literatura. A partir de três filmes, Shoah (Claude Lanzmann, 1985), Intervalo (Harun Farocki, 2007) e 1945 (Ferenc Török, 2017), refletimos sobre a prática da transmissão na obra de Primo Levi (1919-1987). A montagem de destroços conecta o cinema e a literatura por meio do testemunho do genocídio. Observa-se como restos de objetos encontrados, que sobreviveram à destruição atroz da cultura de um povo, são revisitados e sustentam a retomada da memória.
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Filmografia
FAROCKI, Harun. Intervalo (Aufschub). Alemanha. 2007, preto e branco, silencioso, 40 min.
FAROCKI, Harun. Fogo inextinguível (Nicht löschbares feuer). Alemanha. 1969, preto e branco, 25 min.
LANZMANN, Claude. Shoah. França. 1985, cor, 4 DVDs, 543 min, Instituto Moreira Salles, 2012.
LANZMANN, Claude. O último dos injustos (Le dernier des injustes). França. 2013, cor, 217 min.
NELSON, Tim Blake. Cinzas da guerra (The grey zone). EUA. 2001, cor, 108 min.
NEMES, Lázló. O filho de Saul (Saul fia). Hungria. 2015, cor, 107 min.
TÖRÖK, Ferenc. 1945. Hungria. 2017, preto e branco, 87 min.
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