Tormenta em Mar de Lápides: estética, memória e narração no Monumento aos Judeus Assassinados da Europa

Autores/as

  • Fernando Velasco Universidade do Porto
  • Laila Melchior Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-3053.11.21.54-69

Palabras clave:

Memória, Narração, Auschwitz

Resumen

Este artigo traz para a discussão algumas reflexões sobre o “Monumento aos Judeus Assassinados da Europa”, na cidade de Berlim, em perspectiva ético-estética, a partir de uma abordagem multidisciplinar, em que interagem discussões próprias aos campos das artes, da literatura e da história. Para tanto, são propostas relações entre particularidades formais do “Memorial aos Judeus”, em sua presença concreta como monumento, e debates sobre a possibilidade de uma memória de Auschwitz em que se adensam o compromisso ético da lembrança de um passado de morte e o apelo à transformação da vida no presente. Elabora-se, ainda, a possibilidade de uma narração que, no lugar de opor a concretude abstrata do “memorial” como obra de arte ao significado histórico de sua metáfora como cemitério, ganha forma exatamente no encontro entre presença e imagem, entre matéria e memória. À guisa de conclusão, introduz-se, como chave analítica, a figura singular de um narrador que, diante do “Monumento aos Judeus Assassinados da Europa”, é capaz de recolher os rastros de um passado que contém em si mesmo seu futuro, no instante evanescente de um esbarrão entre vida e história.

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Biografía del autor/a

Fernando Velasco, Universidade do Porto

Doutorando em Estudos Literários, Culturais e Interartísticos na Universidade do Porto, Portugal. 

Laila Melchior, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Publicado

2017-11-26

Cómo citar

Velasco, F., & Melchior, L. (2017). Tormenta em Mar de Lápides: estética, memória e narração no Monumento aos Judeus Assassinados da Europa. Arquivo Maaravi: Revista Digital De Estudos Judaicos Da UFMG, 11(21), 54–69. https://doi.org/10.17851/1982-3053.11.21.54-69