Crítica musical e a significação social de gravações de Prince nos anos 1980

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2020.19860

Palavras-chave:

Prince e The Beatles, Crítica musical, Significação social da música, Mediação social

Resumo

Este trabalho aborda um debate social iniciado em meados dos anos 1980 por jornalistas e críticos musicais norte-americanos a respeito de dois discos de Prince. O primeiro, Around the World in A Day, foi lançado em 1985; o segundo, Parade: Music from the Motion Picture Under the Cherry Moon, foi lançado em 1986. O debate em torno desses álbuns foi instigado pela suposição de que eles fariam referências a gravações produzidas pelos Beatles em meados dos anos 1960. Este artigo propõe investigar a relação de Prince com jornalistas e críticos musicais, bem como os papéis exercidos por estes e outros agentes sociais no processo coletivo de significação dos álbuns do artista, incluindo músicos que colaboraram na produção deles.

Biografia do Autor

  • Jonas Soares Lana, Instituto Federal do Rio de Janeiro (, campus Eng. Paulo de Frontin)

    Jonas Soares Lana é professor no Instituto Federal do Rio de Janeiro (campus Eng. Paulo de Frontin) e desenvolve pesquisas nas áreas de música popular, etnomusicologia e antropologia. Tem bacharelado e mestrado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Parte de sua pesquisa de doutorado foi realizada no Departamento de Música da Case Western Reserve University (Cleveland, Ohio, EUA). É autor da tese de doutorado "Rogério Duprat, Arranjos de Canção e a Sonoplastia Tropicalista?, bem como de artigos científicos relacionados ao tema. Colaborou como redator para a seção "Música" da Enciclopédia Itaú Cultural. Mais recentemente, iniciou uma pesquisa sobre música, memória social e movimentos sociais na Baixada Fluminense, com foco na história do Centro Cultural Donana - Belford Roxo/RJ). Colabora atualmente como professor e pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Música da Escola de Música da UFRJ.

Referências

Barros, Frederico. 2016. “Sociologia da música: entre o rigor historicista e a crítica da arte”. In Música e ciências sociais: Para Além do Descompasso Entre a Arte e a Ciência. Editado por Dimitri C. Fernandes e Carlos Sandroni, 31-58. Curitiba: Editora Prismas.

Campos, Augusto de (Ed.). 1993. Balanço da bossa e outras bossas. São Paulo: Editora Perspectiva.

Clayton, Martin, Dueck, Byron, and Leante, Laura. 2013. “Introduction: Experience and Meaning in Music Performance”. In Experience and Meaning in Music Performance, ed. Martin Clayton, Dueck Byron and Laura Leante, 1-16. Nova York: Oxford University Press. Kindle edition.

Danielsen, Anne. 1997. “His name was Prince: a study of diamonds and pearls”. Popular Music 16 (3): 275–291. doi: 10.1017/S0261143000008412

Di Perna, Alan. 1994. “The guitarrist formerly known as Prince”. Guitar world. Nov: 50-64; 196.

Fuchs, Cynthia J. 1996. “‘I wanna be your fantasy’: Sex, death, and the artist formerly known as Prince”. Women & Performance: A Journal of Feminist Theory 8(2): 137-151. doi: 10.1080/-07407709608571235

Gell, Alfred. 1998. Art and agency: an anthropological theory. Oxford: Clarendon Press.

Gilroy, Paul. 2001. Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro: Editora 34.

Greenman, Ben. 2017. Dig if you will the picture: funk, sex, god, and genius in the music of Prince. Nova York: Henry Holt.

Hawkins, Stan. 2009. “‘Chelsea Rodgers’ was a model: vocality in Prince of the twenty-first century”. In The Ashgate Research Companion to Popular Musicology, ed. D. Scott, 335-48. Burlington, VT: Ashgate.

Hawkins, Stan. 2017. “The sun, the moon and stars: Prince Rogers Nelson, 1958-2016”. Popular Music and Society, 40(1): 124-128. doi: 10.1080/03007766.2016.1245482.

Hawkins, Stan, and Niblock, Sarah. 2011. Prince: the making of the pop phenomenon. Farnham (England); Burlington (USA): Ashgate.

Hennion, Antoine. 1993. L'histoire de l'art: leçons sur la médiation. Réseaux, 11(60), 9-38. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/reso_0751-7971_1993_num_11_60_2365.

Hennion, Antoine. 2003. “Music and mediation: toward a new sociology of music”. In The Cultural Study of Music: a critical introduction, ed. M. Clayton, T. Herbert and R. Middleton, 80-91. Nova York: Routledge.

Lana, Jonas Soares. 2013. Rogério Duprat, arranjos de canção e a sonoplastia tropicalista. Rio de Janeiro: Programa e Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio De Janeiro. (Tese De Doutorado).

Lana, Jonas Soares. 2018. “Sobre o programa de escuta musical tropicalista: fonografia, agência e alteridade”. El Oido Pensante, 6(1): 7-31. Disponível em: http://ppct.caicyt.gov.ar/index.php/oidopensante. Acesso em 30 jan 2020.

Latour, Bruno. 2005. Reassembling the social: an introduction to actor-network-theory. Nova York: Oxford University Press.

López Cano, Rubén. 2006. “What Kind of Affordances are Musical Affordances? A Semiotic Approach”. L’ascolto Musicale: Condotte, Pratiche, Grammatiche. Terzo Simposio Internazionale Sulle Scienze del Linguaggio Musicale.

Mac Cord, Getúlio. 2011. Tropicália: um caldeirão cultural. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira.

MacDonald, Ian. 2007. Revolution in the head: the Beatles' records and the sixties. Chicago: Chicago Review Press.

McDonald, Kari, and Kaufman, Sarah Hudson. 2002. “‘Tomorrow never knows’: the contribution of George Martin and his production team to the Beatles’ new sound”. In Every sound there is: The Beatles’ Revolver and the transformation of rock and roll, edited by R. Russell, 139-157. Abingdon, Reino Unido: Routledge.

Motta, Nelson. 2000. Noites tropicais: solos, improvisos e memórias musicais. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva.

Perry, Twila L. 2019. “Prince: double-consciousness in expressing the value of work”. Howard Journal of Communications, 30(2): 202-210. doi: 10.1080/10646175.2018.1539678.

Ro, Ronin. 2011. Prince: inside the music and the masks. New York: St. Martin’s Press.

Thorne, Matt. 2016. Prince: the man and his music. Chicago: Bolden; Agate.

Touré. 2013. I would die 4 u: why Prince became an icon. Nova Iorque: Atria Books.

Veloso, Caetano. 2008. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia de Bolso.

Vogel, Joseph. 2018. This thing called life: Prince, race, sex, religion, and music. London; Oxford: Bloomsbury.

Walser, Robert. 1994. “Prince as queer poststructuralist”. Popular Music & Society, 18(2): 79-89. doi: 10.1080/03007769408591556

Whiteneir Jr, Kevin. 2019. “Dig if you will the picture: Prince’s subversion of hegemonic black masculinity, and the fallacy of racial transcendence”. Howard Journal of Communications, 30(2): 129-143. doi: 10.1080/10646175.2018.1536566

Whiteneir Jr, Kevin. 2016. “The purple Prince: how Prince subverted gender through costume, performance, and eroticism”. Dress, 42(2): 75-88. doi: 10.1080/03612112.2016.1215804

----

Prince, Around the World in a Day, Paisley Park/Warner. 1985.

Prince, Parade – Music From the Motion Picture Under the Cherry Moon, Paisley Park/Warner. 1986.

The Beatles. Magical Mystery Tour. Parlophone/Capitol. 1967b.

The Beatles. Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band. Parlophone/Capitol. 1967a.

3. Outras fontes

Fischer, Clare. 2008. The bottom end. [Entrevista concedida a] Seymour Nurse. Londres (Inglaterra). Disponível em: https://www.thebottomend.co.uk/Clare_Fischer_artists.php. Acesso em 15 out 2019.

Grammy Awards. 2019. Prince (artist). Disponível em: https://www.grammy.com/grammys/artists/prince/¬5675. Acesso em 15 out 2019.

Influence. In: Cambridge Dictionary. Disponível em: https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/-influence. Acesso em: 27 jan. 2020.

Influence. In: Merriam-Webster Dictionary. Disponível em: https://www.merriam-webster.com/dictionary/¬influence. Acesso em: 27 jan. 2020.

Influência. In: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Editora, 2001. 1 CD-ROM.

Karlen, Neal. 1985. Prince talks: the silence is broken. Rolling Stone, São Francisco (Califórnia, EUA), 12 set. Disponível em: https://www.rollingstone.com/music/music-news/prince-talks-the-silence-is-broken-58812. Acesso em: 27 jan 2020.

Oscar. 2019. The 57th Academy Awards (1985). Disponível em: https://www.oscars.org/oscars/-ceremonies/1985. Acesso em 15 out 2019.

Palmer, Robert. 1985. Records: Prince’s “Around the world”. The New York Times, Nova York, 22 abr, sessão C, p. 16. Disponível em: https://www.nytimes.com/1985/04/22/arts/records-prince-s-around-the-world.html. Acesso em 30 jan 2020.

Prince.Org – Online Fan Community. Disponível em: www.prince.org. Acesso em 30 jan 2020.

The Prince Estate – Official Website. Discography. Disponível em: https://discography.prince.com/-albums/parade. Acesso em 17 dez 2019.

Under the cherry moon. 1986. Direção de Prince. EUA: Warner Bros (100 min.).

Zaleski, Annie. 2017. When Prince heard The Beatles’ “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” for the first time: exclusive interview. Difuser, Greenwich, Connecticut: 26 mai. Disponível em: https://diffuser.fm/prince-sgt-pepper/. Acesso em 3 jan 2020.

Downloads

Publicado

2021-04-09

Edição

Seção

Artigos em Português/Espanhol

Como Citar

“Crítica Musical E a significação Social De gravações De Prince Nos Anos 1980”. 2021. Per Musi, nº 40 (abril): 1-18. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2020.19860.