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    Editor-chefe: Fernando Chaib

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  • Thematic Session: Computing Performed Music
    n. 40 (2020)

    Editor-chefe: Igor Leão Maia

    Editores Convidados:
    Maurício Alves Loureiro (Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil)
    Flávio Luiz Schiavoni (Universidade Federal de São João del Rey, Brasil) 
    Davi Alves Mota (Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil).

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    n. 40 (2020)

    Editor-chefe: Igor Leão Maia

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    n. 39 (2019)

    Artigos sobre estudos de música e gênero editados por Fausto Borém e Antenor Ferreira

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    n. 38 (2018)

    Fausto Borém, Founder and Chief-Editor

  • General Topics
    n. 37 (2017)

    Fausto Borém, Founder and Chief-Editor

  • Early Music
    n. 36 (2017)

    Fausto Borém

    Fundador e Editor Chefe

                           

    Iara Fricke Matte, Maria Cecília de Miranda N. Coelho e Silvana Scarinci     

    Editoras Associadas de Música Antiga

    Nesta primeira leva de artigos de Per Musi 2017, privilegiamos práticas e reflexões da música antiga historicamente informada. Os artigos foram selecionados entre submissões livres ou inspirados pela IV Semana de Música Antiga da UFMG - Bizzarie Alegórica, ocorrida em Belo Horizonte entre os dias 20 e 29 de setembro de 2013, onde  artistas e pesquisadores de 15 países (Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Portugal e Suíça) e 6 estados brasileiros (MG, PR, RS, RJ, SC e SP) evocaram em suas performances e reflexões, expressões artísticas e considerações inusitadas e instigadoras sobre música antiga, demonstrando a atemporalidade de suas temáticas.

     

    Estes artigos exploram o ethos e a gênese da música antiga sob uma perspectiva interdisciplinar e dialética, contemplando aspectos teóricos, culturais, filosóficos, musicais, críticos e educacionais, que modulam a “harmonia intelectual, vida moral e elegância artística” (veja Explanação de Fábio Vergara Cerqueira em seu artigo nesta publicação), e discutem a própria função da arte na sociedade. Abordam a estreita e intrínseca relação entre poesia e música e a transformação da linguagem musical e poética. No universo da música vocal profana, observa-se o percurso de distanciamento da monodia, a aproximação da polifonia e o retorno à monodia. Já na poesia, há o movimento gerado primeiramente pelo enaltecimento às formas fixas, depois pela busca de formas mais livres e lacônicas, do poema sério ao epigramático. A relação texto-som é analisada sob diversos ângulos, resultando em olhares que evocam a interdependência entre poesia e música, visões que questionam a supremacia de uma sobre a outra, observações que apontam para a “dissipação semântica” provocada, entre outras coisas, pela “dissociação afetiva da fonética e da língua” (veja mais sobre estes dois termos no artigo de Gary Tomlinson), e considerações acerca da força do stylus phantasticus que liberta a música instrumental, considera seus aspectos idiomáticos e a emancipa do texto poético.

     

    Em Consider the Madrigal, Gary Tomlinson parte de instigantes questões. Porque os madrigais existiram? Porque existem tantas publicações de madrigais e quem era o público a que ele era dirigido? Quem cantava estas obras, já que muitas delas alcançaram um grau de sofisticação muito alto para amadores? O autor acaba demostrando que a relação texto-música no madrigal ultrapassa, e muito, o que entendemos por “madrigalismo”, e que a linguagem musical possibilita muitas nuances expressivas que estão para além do texto literário, criando um espaço reflexivo entre música e texto que extrapola, inclusive, as referências semântica e fonética.

     

    Giambattista Marino tem sido um poeta mal compreendido pelos críticos e Barbara Cipollone alinha-se aos poucos musicólogos que recentemente buscam sua reabilitação. Em seu estudo, a autora aborda exemplos do vasto repertório musical seiscentista que se utilizou dos poemas do autor da meraviglia. Aliando a análise literária aos princípios da prática de performance histórica, Cipollone incita intérpretes a mergulharem de forma mais culta em seu repertório, propondo uma reconciliação, a nosso ver, urgente e necessária, entre a musicologia e a interpretação artística.

     

    Edoardo Sbaffi discute a autoria do Concerto per Violoncello Obligato con Violini e Basso Dell Sigre, atribuído ao tenor, compositor e copista lisboeta António Pollicarppi. A partir de duas caligrafias contidas manuscrito, Sbafii apresenta e propõe uma interpretação historicamente informada desta rara obra do violoncelo solista português.

     

    No artigo Abordando os Modulierende Präludia de W. A. Mozart, Edmundo Hora exemplifica e discorre sobre a prática da experimentação sonora e improvisação tecladista que marca os séculos XVII e XVIII, aponta para a retomada da gênesis desta prática no final do século XVI, e discorre sobre sua perpetuação após a inusitada proposta Mozartiana.

     

    Fábio Vergara Cerqueira nos convida a compreendermos aspectos fascinantes do universo musical grego, sua importância na educação ou na vida cotidiana e a forte carga simbólica ligada com sua prática. Ele retoma mito e filosofia ao traçar um panorama sobre a música grega antiga, e enfoca a sua relevância cultural em seu contexto original e, sobretudo, na singularidade dos aspectos fantásticos a ela ligados, revelando, ao mesmo tempo, suas dimensões simbólicas no imaginário grego.

     

    Fátima Costa de Lima discute a censura da representação artística. Para tanto, retoma as pesquisas de Walter Benjamin sobre o teatro barroco e a modernidade e analisa duas alegorias proibidas de desfilar no Carnaval brasileiro: o Cristo Mendigo de Joãosinho Trinta (escola de samba Beija-Flor, 1989) e o Carro do Holocausto de Paulo Barros (escola de samba Viradouro, 2008).

     

    Thiago Saltarelli visita a poesia e a música seiscentistas, à luz da alegoria teológica da retórica latina medieval e a concessão ao inverossímil da retórica helenística bizantina, visando clarificar a relação entre as categorias de agudeza e stravaganza através do conceito de mímesis.

     

    Silvana Scarinci propõe que para as primeiras obras dramático-musicais, e em especial para L’Orfeo de Monteverdi, as Metamorfoses de Ovídio forneceram modelos e ferramentas para os compositores criarem seus personagens. Orfeu foi escolhido pelo potencial alegórico do poeta-cantor, utilizado para legitimar o novo gênero artístico. Esta escolha, no entanto, entrava em conflito direto com os conceitos de tragédia e mímeses aristotélicos, em que os personagens deveriam ser dotados de subjetividade própria. A autora explica como o compositor supera a tensão entre alegoria e mímeses, servindo-se de uma vasta e expressiva gama de procedimentos técnicos para o sucesso de sua criação.

     

    Abordando a melancolia na Inglaterra barroca, Juliana Vasques e Mônica Isabel Lucas analisam a retórica deste afeto na música de John Dowland, especialmente a estranheza causada pelo cromatismo sistemático na quinta das Sete Lágrimas, a pavana Lachrimae Coactae para alaúde e cordas (gambas ou família do violino), peça que sintetiza o estágio mais profundo deste sentimento na alma.

     

    Na sua revisão de literatura sobre a estética vocal do final da renascença e início do barroco, Iara Fricke Matte discorre sobre aspectos que ajudam a definir a sonoridade vocal, entre eles, a estética musical do período, a língua materna e o uso de ornamentação, apontando para um novo entendimento da produção para a voz cantada nestes períodos, onde toda extensão vocal é utilizada, resguardando as cores particulares de cada registro.

  • Estética e Filosofia da Música
    n. 35 (2016)

    Editorial de Per Musi n.35

    Fausto Borém, Fundador e Editor Chefe

    Lia Tomás, Editora Associada de Filosofia da Música

    Per Musi n.35 (setembro-dezembro, 2016) traz, nesta terceira leva de trabalhos de 2016, oito artigos nos quais privilegiamos o campo da estética na música. Aqui estão alguns artigos selecionados e ampliados do 1º SEFiM - Simpósio de Estética e Filosofia da Música, evento organizado pelo Prof. Raimundo Rajobac em outubro de 2013 na UFRGS. Completam esta série de artigos dois outros que abordam a visão e a provocação dos sentidos por meio de um desafio musical. Visto que a estética musical e a filosofia da música são campos de pesquisa que se caraterizam pela transversalidade de discurso e mobilidade de fronteiras, o diálogo da música com outras áreas - literatura, filosofia, ciências sociais, história e demais artes -, é visto como coparticipante da construção de seu próprio discurso. E como a música, em grande parte de sua historiografia, foi discutida e teorizada em tratados e escritos que não pertenciam ao que denominamos hoje de musicologia, é natural que sua produção estético-filosófica seja de natureza mosaica.

    Assim, "As 'visões' de Tirésias" de Gerson Luis Trombetta, abre essa discussão enfatizando o conhecimento outorgado àquele que não vê, porém escuta. Com atenção, Tirésias ouve atentivamente as entrelinhas do discurso, pois aquilo que não pode ser percebido pela visão, descortina seus conteúdos aos ouvidos capazes de reconhecê-los.

    O 'não-visto' mas ouvido convida o leitor a auscultar o ritmo das palavras, das imagens sintéticas e suas reverberações internas e externas. Nesse caminho, Kathrin Rosenfield nos convida a perscrutar "Ritmo e música no pensamento de poetas e filósofos": da tradição romântica, música, literatura e filosofia se entrelaçam nos escritos de Hölderlin, Tieck até Rilke, passando também pela filosofia de Schopenhauer, Nietzsche chegando até Heidegger. Afinal, a vida sem música não seria um erro?

    Vida e música erráticas retornam aqui noutro contexto: "Música como fisiologia aplicada", de Raimundo Rajobac, tem como foco o texto Nietzsche contra Wagner, no qual o filósofo estabelece a fisiologia como categoria para a crítica à música de Wagner, apontando ainda para uma lógica mais ampla da crítica à modernidade e sua pluralidade de escutas.

    Ressonâncias entre o pensamento de dois importantes estetas e filósofos da música é o que nos apresenta Mário Videira. Em seu ensaio "Adorno, Hanslick e a questão da autonomia estética da música", o autor procura deslindar possíveis ecos conceituais entre as obras de tais autores, mesmo que esses não sejam evidentes.

    Entretanto, o ressoar musical também pode trazer mensagens obscuras. Em "Música em tempos sombrios", Lia Tomás recupera o uso ideológico da música no Terceiro Reich. Partindo da análise de textos de Quantz e Wagner, é possível observar como as ideias estéticas foram apropriadas pelo nazismo cumprindo outros fins, assim como propôs a criação de outra categoria de música, a saber, a música monumental.

    Mônica Lucas aborda Der Vollkommene Capellmeister, a última e enciclopédica obra de Johann Mattheson que está fundamentada na noção do músico-orador perfeito. Desta obra-prima do barroco, drepreende-se valores ao redor dos conceitos do cortesão humanista, do cristão e do luterano dentro de um universo poético-retórico.

    No terreno cada vez mais entrelaçado das linguagens, Flavio Barbeitas propõe uma atitude emancipatória das visões nas quais se propagou a percepção de "carências" ou "lacunas" da música em relação às linguagens mais tradicionais. Recorrendo ao pensamento dos filósofos italianos Giorgio Agamben, Paolo Virno e Adriana Cavarero, ele discute diferença como elemento intrínseco das linguagens, o modelo da autorreferencialidade e a comunicação centrada na vocalidade.

    Paulo Roberto Peloso Augusto compartilha suas reflexões sobre o processo intelectual e afetivo de Edward Elgar ao deixar transparecer, mas não explicitamente, um criptograma na sua obra-prima Variações Enigma. Em sua abordagem plural, o pesquisador revela meandros nos quais se entrelaçam elementos de análise musical, de história da música e de história da arte, concluindo com uma sugestão de solução inédita para o enigma.

    Desejamos a vocês uma boa leitura!

    Fausto Borém
    Fundador e Editor Chefe
    Lia Tomás
    Editora Associada de Filosofia da Música
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    n. 34 (2016)

    Fausto Borém, Founder and Chief Editor                     

    Eduardo Rosse  and  Débora Borburema, Associate Editors

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    n. 33 (2016)

    Fausto Borém, Founder and Chief Editor 

    Eduardo Rosse and Débora Borburema, Associate Editors

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    n. 32 (2015)

    O número 32 da revista Per Musi, qualificada com o QUALIS A1 na Área de Artes CAPES, traz 16 artigos e 2 resenhas. Sua editoração no formato XML e atribuição de números DOI (Digital Object Identification) a seus artigos, características conquistadas graças à sua indexação na base SciELO, permite agora uma grande disponibilização e recuperação internacional do conteúdo da revista.

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    n. 31 (2015)

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    n. 07 (2003)

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