Recursos idiomáticos no violão enquanto veículo para a composição
análise de compositores brasileiros seleccionados
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-6377.2021.33509Palavras-chave:
Composição, Idiomatismo, Violão brasileiro, Guitarra clássicaResumo
Este artigo tem como objectivo principal abordar o conceito de idiomatismo no contexto da composição para violão, através da análise de obras de compositores violonistas que recorreram aos aspectos da construção e prática do instrumento enquanto veículo primordial para a escrita de peças musicais. Estes compositores, nomeadamente Heitor Villa-Lobos, Dilermando Reis, Garoto e Guinga, partindo da exploração das possibilidades idiomáticas do instrumento, desenvolveram um conjunto técnicas de composição que iremos identificar. Os elementos idiomáticos considerados mais significativos serviram para explicar a utilização de estratégias de composição baseadas em particularidades do instrumento, e identificar não só elementos musicais tais como escalas, progressões harmónicas e ritmos, como também outros recursos relacionados com concepções poéticas, culturais, e comunicativas do discurso musical.
Referências
Almada, Carlos. 2006. A estrutura do choro: Com aplicações na improvisação e no arranjo. Da Fonseca Comunicação.
Almeida, Renato da Silva. 2006. Do intimismo à Grandiloqüência (Trajetória e estética do concerto para violão e orquestra: Das raízes até a primeira metade do século XX em torno de Segovia e Heitor Villa Lobos) (PhD Thesis). Universidade de São Paulo.
Apel, Willi. 2003. The Harvard dictionary of music. Harvard University Press.
Aristóteles. 2002. Metafísica. São Paulo: Edições Loyolla.
Bohlman, Philip. 1991. “Representation and Cultural Critique in the History of Ethnomusicology”. In Comparative Musicology and Anthropology of Music. Eds. Nettl, Bruno and Bohlman, Phillip: 131-51. Chicago: The University of Chicago Press.
Borges, Luís. 2008. Trajetória estilística do choro: O idiomatismo do violão de sete cordas, da consolidação a Raphael Rabello. Universidade de Brasiília - UNB.
Burucuá, Osvaldo & Penã, Raúl. 2001. Ritmos Folclóricos Argentinos para Guitarra. Ellisound S.A.
Cardoso, Thomas. 2006. Um violonista-compositor brasileiro: Guinga: A presença do idiomatismo em sua música. UNIRIO, Rio de Janeiro.
Csikszentmihalyi, Mihaly. 1999. Implications of a systems perspective for the study of creativity. In R. J. Sternberg (Ed.), Handbook of creativity, 313–335. Cambridge: Cambridge University Press.
da Silva, Francisco. 2015. Guinga e Elomar: A presença do violão solístico na gênese da Canção.
DeNora, Tia. 2005. “Music and Social Experience”. In Jacobs, Mark D.; Hanrahan, Nancy Weiss (eds.) The Blackwell Companion to the Sociology of Culture. Oxford: Blackwell Publishing Ltd.
Delneri, Celso. 2009. O violão de garoto. A escrita e o estilo violonístico de Annibal Augusto Sardinha (Text, Universidade de São Paulo). https://doi.org/10.11606/D.27.2009.tde-26102010-165400
___________. 2015. A técnica idiomática de composição na obra de Abel Carlevaro (Text, Universidade de São Paulo). https://doi.org/10.11606/T.27.2015.tde-13112015-101451
Escudeiro, Daniel. 2010. Pra quem quiser me visitar: Uma construção diomática-harmônica- melódica na canção de Guinga e Aldir Blanc. Anais Do SIMPOM 5(5). Universidade Federal do Estdado do Rio de Janeiro.
Freud, Sigmund. 1996 [1915-1917]. Conferências Introdutórias sobre Psicanálise, Partes I e II (1915 - 1916). Rio de Janeiro: Imago.
Gomes, Vinicius. 2012. Hélio Delmiro—Composições para violão solo. Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/D.27.2012.tde-22092015-143912
Guinga, e Cabral, Sérgio. 2003. A música de Guinga. Rio de Janeiro, RJ: Gryphus.
Habermas, Jurgen. 1988. Teoria de la acción comunicativa. Madrid, Taurus, Vol II.
Herrero, Óscar. 1996. Guitarra Flamenca paso a paso. RBG Arte Visual.
Hume, David. 1739. A treatise for human nature. In http://michaeljohnsonphilosophy.com/wp- content/uploads/2012/01/5010_Hume_Treatise_Human_Nature.pdf
Junior, Fanuel. 2003. A elaboração de arranjos de canções populares para violão solo. Retrieved from http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/284828
Kreutz, Thiago. 2012. A utilização do Idiomatismo do Violão na Ritmata de Edino Krieger. Anais do VI Simpósio Acadêmico de Violão da EMBAP.
Lemos, Júlio. 2010. Os aspectos composicionais presentes na obra de Garoto e sua influência sobre um novo gênero musical: A Bossa Nova. X Seminário Nacional de Pesquisa Em Música Da UFG. Universidade Federal de Goiás.
Lemos, Júlio. 2013. O idiomatismo presente na composição para violão solo “Samba Urbano” de Marco Pereira. XXIII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Natal.
Lemos, Júlio. 2018. Características interpretativas de Dilermando Reis e Marco Pereira sobre a obra Magoado. Anais Do SIMPOM. Universidade Federal do Estdado do Rio de Janeiro.
Levandoski, Bruno. 2017. O idiomatismo no violão de Paulo Bellinati: O caso dos Afro-Sambas Consolação e Canto de Ossânha. Universidade Federal da Integração Latino-Americana.
Lévi-Strauss, Claude, Petitot, Jean, e Jean-Marie Benoist. 1978. L'Identité - Séminaire interdisciplinaire dirigé par Claude Lévi-Strauss, professeur au Collège de France, 1974-1975. Bernard Grasset.
Locke, John. 1690. An Essay Concerning Human Understanding. https://www.earlymoderntexts.com/assets/pdfs/locke1690book2.pdf (2017)
Mangueira, Bruno. 2006. Concepções estilísticas de Hélio Delmiro: Violão e guitarra na música instrumental brasileira. Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.
Medeiros, Alan. 2007. Abordagem Genealógica de sua Majestade, o Violonista e Compositor Dilermando Reis (1916-1977). I Simpósio Acadêmico de Violão Da Embap.
Meirinhos, Eduardo. 1997. Fontes manuscritas e impressa dos 12 Estudos para Violão de Heitor Villa- Lobos. Unpublished Masters Thesis, São Paulo, Brazil.
Monson, Ingrid. 1996. Saying Something: Jazz Improvisation and Interaction. University of Chicago Press. Chicago.
Morgenstern, Ulrich. 2011. “Egalitarianism and Elitism in Ethnomusicology and Folk Music Scholarship”. In Systematic Musicology: Empirical and Theoretical Studies (Hamburger Jahrbuch für Musikwissenschaft 28), Ed. Albrecht Schneider, Arne von Ruschkowski: 249-282.
Myers, Helen. 1992. “Ethnomusicology.” In Ethnomusicology: An Introduction, ed. Helen Myers: 3-18. New York: Norton.
Nascimento, Ismael. 2013. O idiomatismo na obra para violão solo de Sebastião Tapajós (UNESP). Retrieved from https://repositorio.unesp.br/handle/11449/95097
Nettl, Bruno. 2010. Nettl’s Elephant: On the History of Ethnomusicology. Urbana: University of Illinois Press.
Nogueira, Genésio. 2000. Dilermando Reis, Sua Majestade, o Violão. Gráfica PB Pinto e Bastos.
Nunes, Alvimar & Borém, Fausto. 2014. O arranjo e o improviso de Raphael Rabello sobre Odeon de Ernesto Nazareth. Per Musi, (30), 98–113. https://doi.org/10/gffdc9
Oakley, Barbara. 2014. A mind for numbers: How to excel at math and science (even if you flunked algebra). Retrieved from https://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&scope=site&db=nlebk&db=nlabk&A N=1114912
Pereira, Marco. 1984. Heitor Villa-Lobos, sua obra para violão (Vol. 6). Editora Musimed.
Piedade, Acácio. 2011. Perseguindo fios da meada: Pensamentos sobre hibridismo, musicalidade e tópicas. Per Musi, 23, 103–112.
Piedade, Acácio. 2006. Música Popular, Expressão e Sentido: Comentários sobre a Teoria das Tópicas na Música Brasileira.
Pires, Luciano. 1995. Dilermando Reis: O violonista brasileiro e suas composições. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Platão. 2001. O Banquete. Tradução, introdução e notas de Maria Teresa Schiappa de Azevedo, Lisboa, Edições 70.
Radano, Ronald; Bohlman, Philip. 2000. Music and The Racial Imagination. Chicago: University of Chicago Press.
Rice, Timothy. 2010. “Disciplining Ethnomusicology: A Call for a New Approach”, Ethnomusicology 54 (2): 318-325.
Saboga, Thomas. 2006. O idiomatismo na obra de Guinga. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Santos, Gustavo. (2016). Baden Powell À Vontade: Recursos técnicos para arranjos de violão solo (Unicamp). Retrieved from http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/321123
Saraiva, Francisco. 2014. Violão-canção: Diálogos entre o violão solo e a canção popular no Brasil (Text, Universidade de São Paulo). https://doi.org/10.11606/D.27.2014.tde-17122014- 095449
Sawyer, Keith, & DeZutter, Stacy. 2009. Distributed Creativity How Collective Creations Emerge from Collaboration. Psychogy of Aesthetics, Creativity and the Arts, 3 (2), 81-92.
Scarduelli, Fábio. 2007. A obra para violão solo de Almeida Prado. Dissertação de mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
Siqueira, Antônio. 2010. Notas sobre um possível perfil de Guinga. Cadernos do Colóquio, 10(1). Retrieved from http://www.seer.unirio.br/index.php/coloquio/article/view/463
Siqueira, Antônio. 2012. Choro e violão na composição musical de Guinga. UNIRIO, Rio de Janeiro.
Soares, Teresinha. 2001. A obra violonística de Heitor Villa-Lobos (Brasil) e Leo Brouwer (Cuba): A sensibilidade americana e a aventura intelectual (PhD Thesis).
Stokes, Martin (ed.). 1994. Ethnicity, Identity and Music: The Musical Construction of Place. Oxford: Berg Publishers.
Stokes, Martin. 2010. “Response to Rice” in Ethnomusicology Vol. 54, 339-341. University of Illinois Press/Society for Ethnomusicology .
Taborda, Marcia. 2011. Violão e identidade nacional. Editora José Olympio.
Vasconcelos, Marcus. 2002. Recursos idiomaticos em scordatura na criação de repertório para violao. UNICAMP.
Villa-Lobos, Heitor. & Noad, Frederick. 1990. Collected Works for Solo Guitar. Bryn Mawr, Pa.: Editions Max Eschig.
Zanon, Fábio. 2006. O violão no Brasil depois de Villa-Lobos. Música Erudita Brasileira: textos do Brasil nº 12, 79-85. São Paulo: Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores.
Zanon, Fábio. 2009. Villa-Lobos
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Per Musi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Exceto onde está indicado, o conteúdo neste site está sob uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.