La Guitarra y el orden público

censura y control social (São Paulo, 1890–1932)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2025.58335

Palabras clave:

Guitarra, Prensa, Espacio público, Moralidad, Resistencia cultural, São Paulo

Resumen


Este artículo analiza las representaciones de la guitarra en São Paulo entre 1890 y 1932, con énfasis en la prensa y los discursos que asociaban el instrumento con la marginalidad, la bohemia y el desorden social. A partir de periódicos y fuentes históricas, se investiga cómo la guitarra fue objeto de represión simbólica durante la modernización urbana, actuando como marcador de clase, raza y género. El texto aborda antecedentes de la censura musical, el papel performativo de las prácticas sonoras en los espacios públicos y las tensiones en torno a la presencia femenina en el ámbito guitarrístico. Se examina también cómo dichas prácticas resistieron al disciplinamiento impuesto por las autoridades y las élites urbanas. Al articular sonido, espacio y control, se propone una escucha crítica de las dinámicas de exclusión y resistencia que moldearon la presencia de la guitarra en la ciudad.

Biografía del autor/a

  • Flavia Prando, Universidad de São Paulo/SESC São Paulo, Brasil

    Flavia Prando es doctora en musicología por la Universidad de São Paulo (USP), investigó la trayectoria de guitarristas activos en la ciudad de São Paulo entre 1890 y 1932. Actualmente realiza una investigación posdoctoral en el Instituto de Estudios Brasileños de la USP (IEB-USP), centrada en la presencia de músicos y lutieres valencianos en São Paulo. Es coordinadora de programación del Centro de Investigación y Formación del Sesc São Paulo (CPF Sesc SP) y miembro asociada del Laboratorio de Historia de la Cultura Sonora (LHCS) de la FFLCH-USP. Es autora de cuatro volúmenes de partituras históricas para guitarra y del álbum Violões na Velha São Paulo.

Referencias

Antunes, Gilson Uehara Gimenes. Américo Jacomino Canhoto e o desenvolvimento da arte solística do violão em São Paulo. 2002. Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

Aprobato Filho, Nelson. Sons da metrópole: entre ritmos, ruídos, harmonias e dissonâncias - as novas camadas sonoras da cidade de São Paulo (final do século XIX - início do XX). 2001. Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. Acesso em: 19 abr. 2025.

Becker, Howard S. Art worlds: updated and expanded. California: University of California Press, 2008.

Butler, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

Cruz, Heloisa F. Mercado e Polícia em São Paulo (1890-1915). Revista Brasileira de História, v. 7, n. 14, São Paulo, 1987.

Dias, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1995.

Elias, Norbert. O processo civilizador, volume 1: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1994.

Fausto, Bóris. Crime e cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1880-1924). 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1998.

Goffman, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Tradução de Maria C. C. Barros. Petrópolis: Vozes, 2011.

Gonçalves, José Reginaldo Santos. A fabricação do corpo: uma antropologia da cultura e da moralidade. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001.

Moraes, José Geraldo Vinci de. Sonoridades paulistanas: final do século XIX ao início do século XX. Rio de Janeiro: Funarte, 1997.

____________________________. Metrópole em sinfonia: história, cultura e música popular na São Paulo dos anos 30. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

Naves, Santuza Cambraia. O Violão Azul: Música Popular e Modernismo. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1995.

Oosterbaan, Martijn. Sonic Supremacy: Sound, Space and Charisma in a Favela in Rio de Janeiro. Critique of Anthropology, v. 29, n. 1, 2009, p. 81–104.

Prando, Flavia. “Louvemo-Lo com os violões de cordas de tripa”: Mário de Andrade e a crítica sobre o violão em São Paulo (1929). Opus, Belo Horizonte, v. 24, n. 1, p. 187–198, jan./abr. 2018. DOI: 10.20504/opus2018c2447.

____________. O mundo do violão em São Paulo (1890–1932). Tese (Doutorado em Música). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021.

Rago, Margareth. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar – Brasil 1890–1930. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

Rosenfeld, Marcelo (org.) e WERNECK, Humberto (texto). Violões Di Giorgio: os primeiros cem anos. São Paulo: Di Giorgio, 2008.

Reily, Suzel Ana. Hybridity and Segregation in the guitar cultures of Brazil. Em: Guitar cultures. Oxford: Oxford International Publishers Ltd, 2001, p. 157-178.

Schafer, R. Murray. The Soundscape: Our Sonic Environment and the Tuning of the World. Rochester: Destiny Books, 1991.

Sevcenko, Nicolau. Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Taborda, Marcia. As senhoritas e o violão: os anos 20 na “Capital Irradiante”. In: Estudos de Gênero, Corpo e Música: abordagens metodológicas. Anais do XXII Congresso da ANPPOM. João Pessoa, 2012. p. 581–588.

Velho, Gilberto. Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.

Publicado

2025-04-24

Número

Sección

Artículos en Portugués/Español

Cómo citar

“La Guitarra Y El Orden Público: Censura Y Control Social (São Paulo, 1890–1932)”. 2025. Per Musi 26 (April): 1-17. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2025.58335.