Educação em Ciências e Matemática no Brasil: uma Revisão Sistemática de 25 Anos de Pesquisa (1994–2018)
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2022u713742Palavras-chave:
Literatura Científica Brasileira, Revistas de Educação Científica, Revisão Sistemática, Análise TextualResumo
Para entender como a pesquisa em educação científica e matemática se desenvolveu no Brasil nos últimos 25 anos (de 1994 à 2018), analisamos os 10 periódicos brasileiros mais bem avaliados na área. Construímos um extenso conjunto de dados com todos os artigos publicados nas revistas selecionadas sobre pesquisa em educação científica e matemática desde 1994. Categorizamos 3.014 artigos como de produção nacional e 584 como estrangeiros e, em seguida, analisamos o perfil dos autores. Nos estudos de produção nacional também analisamos: (i) a natureza do estudo (pesquisa empírica, relato de experiência ou ensaio teórico), (ii) temas de pesquisa e (iii) conteúdo textual (título, resumo e palavras-chave). Nossos resultados indicaram que, nos últimos 25 anos, as pesquisas em educação científica e matemática têm sido conduzidas principalmente por pesquisadores do gênero masculino de universidades públicas do sudeste do Brasil. As principais áreas de pesquisa foram ensino e aprendizagem e formação de professores, os principais temas pesquisados foram formação de professores, livro didático e educação ambiental. Em geral, os artigos estrangeiros tinham apenas um autor de países da América Latina, Portugal ou Espanha. Por meio da análise de uma quantidade considerável de publicações, nosso trabalho apresentou um panorama da produção científica da área nos últimos anos.
Downloads
Referências
Almeida, M. J. P. M. D. (2012). Meio século de educação em ciências: Foco nas recomendações ao professor de física. Livraria da Física, USP.
Bourdieu, P. (1983). O campo científico. In R. Ortiz (Ed.), Pierre Bourdieu: Sociologia (pp. 122–155). Ática.
Bourdieu, P. (2004). Usos sociais da ciência: Por uma sociologia clínica do campo científico. Editora UNESP.
Cachapuz, A., Paixão, F., Lopes, J. B., & Guerra, C. (2008). Do estado da arte da pesquisa em educação em ciências: Linhas de pesquisa e o caso ‘Ciência-Tecnologia-Sociedade’. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 1(1), 27–49. https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37408
Canino, M. V., & Vessuri, H. (2008). La Universidad en Femenino: Un cuadro de luces y sombras en la UCV. Arbor, 184(733), 845–861. https://doi.org/10.3989/arbor.2008.i733.229
Corrêa, G. N., Marcacini, R. M., & Rezende, S. O. (2012). Uso da mineração de textos na análise exploratória de artigos científicos — Relatório Técnico para o Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da USP. Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da USP. http://repositorio.icmc.usp.br//handle/RIICMC/6631
Feres, G. G. (2010). A pós-graduação em Ensino de Ciências no Brasil: Uma leitura a partir da teoria de Bourdieu (Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru, São Paulo). Repositório Institucional UNESP. https://repositorio.unesp.br/handle/11449/102050
Ferreira, M. S. (2007). Como investigar a história da pesquisa em ensino de Ciências no Brasil? Reflexões teórico-metodológicas. In R. Nardi (Ed.), A pesquisa em ensino de ciências no Brasil: Alguns recortes (pp. 453–464). Escrituras.
Foucault, M. (2007). As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas (9ª ed.). Martins Fontes.
Foucault, M. (2012). A ordem do discurso - Aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970 (24ª ed.). Edições Loyola.
Foucault, M. (2013). Arqueologia do saber (8ª ed.). Forense Universitária.
Fradkin, C. (2017). The Internationalization of Psychology Journals in Brazil: A Bibliometric Examination Based on Four Indices. Paidéia, 27(66), 7–15. https://doi.org/10.1590/1982-43272766201702
Gil‐Pérez, D. (1996). New trends in science education. International Journal of Science Education, 18(8), 889–901. https://doi.org/10.1080/0950069960180802
Groenwald, C. L. O., Silva, C. K. da, & Mora, C. D. (2004). Perspectivas em Educação Matemática. Acta Scientiae, 6(1), 37–56. http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/129
Kawamura, M. R. D., & Salem, S. (2008). Ensino de física no Brasil: Dissertações e teses (1996–2006) catálogo analítico. https://fep.if.usp.br/~profis/arquivo/catalogos/Catalogo_1996-2006.pdf
Krasilchik, M. (2004). Prática de Ensino de Biologia (4ª ed.). EdUSP.
Lacey, H. (2004). Is Science Value Free? Values and Scientific Understanding. Routledge.
Mahoney, M. J. (1977). Publication prejudices: An experimental study of confirmatory bias in the peer review system. Cognitive Therapy and Research, 1(2), 161–175. https://doi.org/10.1007/BF01173636
Megid-Neto, J. (2007). Três décadas de pesquisas em educação em ciências: Tendências de teses e dissertações (1972–2003). In R. Nardi (Ed.), A pesquisa em ensino de ciências no Brasil: Alguns recortes (pp. 341–355). Escrituras.
Mortimer, E. F. (1996). Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: Para onde vamos?. Investigações em Ensino de Ciências, 1(1), 20–39. https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/645
Nardi, R. (2005). A área de ensino de Ciências no Brasil: Fatores que determinaram sua constituição e suas características segundo pesquisadores brasileiros. Revista do IMEA-UNILA, 2(2), 13–46. http://hdl.handle.net/11449/135432
Nardi, R. (2007). A pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil: Alguns recortes. Escrituras.
Osada, N. M., & Costa, M. C. da. (2006). A construção social de gênero na Biologia: Preconceitos e obstáculos na biologia molecular. Cadernos Pagu, (27), 279–299. https://doi.org/10.1590/S0104-83332006000200011
R Core Team. (2018). R: A language and environment for statistical computing. https://www.Rproject.org/
Salem, S. (2012). Perfil, evolução e perspectivas da pesquisa em ensino de física no Brasil (Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo). Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. https://teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-13082012-110821/pt-br.php
Schnetzler, R. P. (2002). A pesquisa em ensino de química no Brasil: Conquistas e perspectivas. Química Nova, 25(supl. 1), 14–24. https://doi.org/10.1590/S0100-40422002000800004
Scielo. (2017). Critérios, política e procedimentos para a admissão e a permanência de periódicos científicos na Coleção SciELO Brasil. https://wp.scielo.org/wp-content/uploads/20171000-Criterios-SciELO-Brasil.pdf
Slongo, I. I. P. (2004). A produção acadêmica em ensino de biologia: Um estudo a partir de teses e dissertações (Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina). Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88012
Teixeira, P. M. M. (2008). Pesquisa em Ensino de Biologia no Brasil (1972–2004): Um estudo baseado em dissertações e teses [Tese de Doutorado]. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo.
Trzesniak, P. (2000). A concepção e a construção da revista científica. II Encontro de Editoração Científica e Cultural/IV Feira Pan-Amazônica do Livro (pp. 21–34), Belém, Pará.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Samuel Molina Schnorr, Mauricio Pietrocola
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores são responsáveis pela veracidade das informações prestadas e pelo conteúdo dos artigos.
Os autores que publicam neste periódico concordam plenamente com os seguintes termos:
- Os autores atestam que a contribuição é inédita, isto é, não foi publicada em outro periódico, atas de eventos ou equivalente.
- Os autores atestam que não submeteram a contribuição simultaneamente a outro periódico.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à RPBEC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores atestam que possuem os direitos autorais ou a autorização escrita de uso por parte dos detentores dos direitos autorais de figuras, tabelas, textos amplos etc. que forem incluídos no trabalho.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Em caso de identificação de plágio, republicação indevida e submissão simultânea, os autores autorizam a Editoria a tornar público o evento, informando a ocorrência aos editores dos periódicos envolvidos, aos eventuais autores plagiados e às suas instituições de origem.