Teoria aristotélica, teoria do impetus ou teoria nenhuma: um panorama das dificuldades conceituais de estudantes de física em mecânica básica
Resumo
Este trabalho revê algumas das pesquisas exemplares em concepções espontâneas na área de mecânica realizadas na década de 801 e discute as diferentes interpretações propostas. Dentre elas, identificam-se essencialmente três tendências: a que aproxima as concepções dos estudantes à teoria aristotélica, a que vê semelhança entre as idéias dos estudantes e a teoria do Impetus e a não que confere ao conhecimento do estudante o status de teoria. Apesar dessas linhas de interpretação serem diferentes, têm em comum o fato de que são construídas a partir da relação linear entre força e velocidade revelada nas respostas dos alunos. Neste sentido, uma das conclusões relevantes deste trabalho aponta para a consideração dos conceitos de força impulsiva e quantidade de movimento no ensino das relações entre força e movimento e leis de Newton, o que poderia ir ao encontro da física intuitiva e se constituir num caminho para facilitar a construção dos conceitos científicos. Desta forma, o trabalho pretende contribuir para que o professor conheça e reflita sobre as dificuldades conceituais dos alunos e as utilize construtivamente para elaborar estratégias ou escolher materiais didáticos adequados.
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