Women and the Sciences: A Feminist Poststructuralist Analysis of the Marquise du Châtelet’s

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2023u955981

Palavras-chave:

women and science, Émilie du Châtelet, nature of fire

Resumo

In the 1730s, there were many doubts about the nature of heat and fire. In view of this, the Academy of Sciences in Paris proposed a prize for the dissertation that brought a solution to this issue. In a context in which women's education was directed solely at the domestic sphere, Marquise Émilie du Châtelet submitted her Dissertation on the nature and propagation of Fire and overcame the obstacles that limited women's participation in Science. Academia managed to prevent her physical presence, but her name and her ideas transcended the barriers of the Enlightenment and the determinist thought of that period, and she became a recognized, published and recommended woman. In this work, we present this character and an analysis of her work on Fire. In order to do so, this research relied mostly on bibliographical information, which implied the search and analysis of primary, secondary and tertiary sources for the study of Du Châtelet’s Dissertation. For the analysis of primary and secondary sources, we relied on a poststructuralist feminist perspective for the understanding of the marquise's role in her time. In this way, in a poststructuralist feminist reading, the marquise is an example that there are no biological, structural and temporal limits that justify the ideological barriers used to essentially support the participation of women in scientific fields. The fact of being a woman was decisive for her historiographic erasure, denouncing a deliberate choice made by men during centuries of exclusion and silencing of women.

Referências

Agrello, D. A., & Garg, R. (2009). Mulheres na física: poder e preconceito nos países em desenvolvimento. Revista Brasileira de Ensino de Física, 31(1), e1305. https://doi.org/10.1590/S1806-11172009000100005

Andrade, M. I. O. A. (2011). Um salão oitocentista. Cultura, 28, 203–216. https://doi.org/10.4000/cultura.265

Araújo, F. M. M. M. (2019). Os embates da normatização: Gênero e Cultura no Iluminismo Francês. História e Cultura, Franca, 2(8), 195–218. https://doi.org/10.18223/hiscult.v8i2.2362

Badinter, E. (2003). Émilie, Émilie: a ambição feminina no século XVIII. Discurso Editorial/Duna Dueto/Paz e Terra.

Bodanis, D. (2012). Mentes apaixonadas (C. de M. Araújo, Trad.). Editora Record.

Burke, P. (2003). Uma história social do conhecimento I: de Gutenberg a Diderot (P. Dentzien, Trad.). Jorge Zahar Editora.

Burke, P. (2005). O que é história cultural? (S. G. de Paula, Trad.). Jorge Zahar Editora.

Butler, J. (2017). Judith Butler: ‘Boa parte da teoria queer foi dirigida contra o policiamento da identidade’. Entrevista com Sara Ahmed (A. Simaika, Trad.). Revista ComCiência, Dossiê 185. http://www.comciencia.br/entrevista-com-judith-butler/

Carvalho, A. M. P., & Rabay, G. L. F. (2015). Uso e incompreensões do conceito de gênero no discurso educacional no Brasil. Revista Estudos Feministas, 23(1), 119–136. https://doi.org/10.1590/0104-026X2015v23n1p/119

Câmara Jr, J. M. (1967). O estruturalismo. ALFA: Revista de Linguística, 11, 43–88. https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3298

Chartier, R. (1989). O homem de letras. In M. Volvelle (Org), O Homem do Iluminismo (pp. 119–153). Presença.

Code, L. (2002). Post-structuralism. In L. Code, Encyclopedia of Feminist Theories. Routledge Taylor & Francis Group.

Costa, C. L. (2000). O feminismo e o pós-modernismo/pós-estruturalismo: (in)determinações da identidade nas (entre)linhas do (con)texto. In J. M. Pedro & M. P. Grossi (Orgs.), Masculino, feminino, plural: gênero na interdisciplinariedade (pp. 57–90) Editora Mulheres.

Dalmarco, P. S. (2013). Educação e Natureza Feminina no Século das Luzes: Sophie de Rousseau X Émilie du Châtelet [Monografia não publicada]. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná.

Derrida, J. (1969). Gramatologia (S. Miruam, & J. R. Renato, Trad.). Perspectiva.

Doel, R. E., & Söderqvist, T. (2006). The historiography of contemporary science, technology, and medicine: writing recent science. Routledge.

Du Châtelet, G. E. T. B. (1878). [Carta para vários destinatários] Lettres du XVIIe et du XVIIIe siècle. Lettres de la marquise Du Châtelet, réunies pour la première fois, revues sur les autographes et les éditions originales, augmentées de trente-sept lettres entièrement inédites, de nombreuses notes, d’un index, et précédées d’une notice biographique par Eugène Asse. Ed. Charpentier Paris, Bibliothèque nationale de France.

Du Châtelet, E. (1744). Dissertation sur la nature et la propagation du feu. Paris.

Du Châtelet, E. (1958). Les Lettres de la marquise Du Chatelet, publiees par Theodore Besterman (1733–1749). Institut et Musée Voltaire.

Du Châtelet, E. (1986). Institutions de Physique. Bibliotèque Nationale, Château de Sablé, Pariz.

Du Châtelet, E. (2002). Discurso sobre a felicidade (A. Marina, Trad.). Martins Fontes.

Du Châtelet, E. (1999). Lettres de la marquise Du Chatelet, Réunies pour la première fois. Ed. l’Academic Française, Paris, Bibliotèque — Charpentier.

Edgar, A., & Sedgwick. P. (2003). Teoria Cultural de A a Z (R. Marcelo, Trad.). Contexto.

Felipe, D. A., & França, F. F. (2018). Gênero e Raça na educação escolar: diálogos com docentes por uma educação para a diversidade. Diversidade e Educação, 6(1), 39–47. https://doi.org/10.14295/de.v6i1.7926

Filgueiras, C. A. L. (1996). Voltaire e a natureza do fogo: uma controvérsia do século dezoito. Química Nova, 19(5), 563–565. https://quimicanova.sbq.org.br/audiencia_pdf.asp?aid2=4132&nomeArquivo=Vol19No5_563_v19_n5_19.pdf

Góes, J. (2019). Ciência sucessora e a(s) epistemologia(s): saberes localizados. Revista Estudos Feministas.

Gomes, L. C. (2012). A ascensão e queda da teoria do calórico. Caderno brasileiro de ensino de Física, 29(3), 1030–1073. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2012v29n3p1030

Gonçalves, B. de O., & Quirino, R. (2018). Divisão sexual do trabalho e mulheres nas carreiras de Ciência e Tecnologia. Diversidade e Educação, 5(2), 61–67. https://doi.org/10.14295/de.v5i2.7830

Goodman, D. (1994). The Republic of Letters: A Cultural History of the French Enlightenment. Ithaca.

Hagengruber, R. (2016). Emilie du Châtelet, 1706–1749: Transformer of Metaphysics and Scientist. Mathematical Intelligencer, 38(4), 1–6. https://doi.org/10.1007/s00283-016-9660-3

Haraway, D. (1995). Saberes localizados: Questão da Ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7–41. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773

Hemmings, C. (2009). Contando estórias feministas. Revista Estudos Feministas, 17(1), 215–241. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2009000100012

Honderich, T. (1995). The Oxford Companion to Philosophy. Oxford University Press.

Iltis, C. (1977). Madame du Châtelet’s Metaphysics and Mechanics. Studies in History and Philosophy of Science, 8(1), 29–48. https://doi.org/10.1016/0039-3681(77)90017-6

Jacob, M. (2003). Enlightenment and industrial revolution. In J. L. Heilbron (ed.), The oxford companion to the history of modern science (pp. 265–266). University Press.

Louro, G. L. (2003). Gênero, diversidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista (6ª ed.). Editora Vozes.

Mariano, S. A. (2005). O sujeito do feminismo e o pós-estruturalismo. Revista Estudos Feministas, 13(3), 483–505. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000300002

Marin, Y. A. O., & Mosquera, J. A. (2022). Apresentação do Dossiê Gênero e Sexualidade na Educação Científica: perspectivas na América Latina. Revista Interdisciplinar em Ensino de Ciências e Matemática, 2(2), 3–13. https://doi.org/10.20873/riecim.v2i2.15451

Martins, A. P. V. (2007). Da amizade entre homens e mulheres: Culturas e sociabilidades nos salões Iluministas. História: Questões e Debates, (46), 51–67. http://dx.doi.org/10.5380/his.v46i0.11325

Martins, R. A. (1984). Mayer e a conservação da energia. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, (6), 63–95. https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/cadernos/article/view/1194

Martins, R. A. (2009). Os estudos de Joseph Priestley sobre os diversos tipos de “ares” e os seres vivos. Filosofia e História da Biologia, 4, 167–208. https://www.abfhib.org/FHB/FHB-04/FHB-v04-06.html

Martins, R. A. (2022). A Marquesa de Châtelet: uma filosofia natural do século XVIII. In R. P. Lima, R. R. Gomes, & R. P. Filho (Orgs.), Ensino de Matemática e Ciência [Livro Eletrônico] (pp. 7–24). FoxTablet.

Moura, B. A. (2014). O que é natureza da Ciência e qual sua relação com a História e Filosofia da Ciência? Revista Brasileira de História da Ciência, 7(1), 32–46. https://doi.org/10.53727/rbhc.v7i1.237

Newton, I. (1756). Principes mathématiques de la philosophie naturelle (Du Châtelet, Gabrielle Émilie Le Tonnelier de Breteuil, Trad.). A Paris: Chez Desaint & Saillant, ETH-Bibliothek Zürich. https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k1040149v

Olesko, K. (2003). Historiography of science. In J. L. Heilbron (ed.), The Oxford companion to the history of modern science (pp. 366–370). Oxford: Oxford University Press.

Oliveira, R. D. V. L., & Queiroz, G. R. P. C. (2016). Professores de Ciência como Agentes Socioculturais e Políticos: A Articulação Valores Sociais e a Elaboração de Conteúdos Cordiais. Revista Debates em Ensino de Química, 2(2), 14–31. https://www.journals.ufrpe.br/index.php/REDEQUIM/article/view/1312

Oliveira, R. D. V. L., & Salgado, S. C. (2020). A Educação em Direitos Humanos no Ensino de Ciências em interface com a teoria do Giro Decolonial: uma análise. Ensino em Revista, 27(2), 698–726. https://seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/54071

Orwell, G. (1989). 1984. (H. Alexandre, & J. Heloisa, Trad.). Schwarcz S. A. Companhia das Letras.

Paraíso, M. A. (1997). Gênero na formação docente: campo de silêncio no currículo. Cadernos de Pesquisa, (102), 23–45. https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/738

Pereira, J. G., & Silva, A. P. B. (2021). Marquesa du Châtelet na História da Ciência do Século 18. In R. D. Montenegro, F. R. da Silva, & R. da S. Guedes (Orgs.), História das Ciências e Tecnologia: Onde Estão as Mulheres? (pp. 307–317). Editora Ampla. https://ampllaeditora.com.br/books/2021/07/OndeEstaoAsMulheres.pdf

Pereira, J. G., & Silva, A P. B. (5–9 de setembro, 2022). A França se rende ao charme da marquesa: Émilie du Châtelet e sua tradução de Newton. 18º Simpósio Nacional de História da Ciência e da Técnica (SNHCT), São Paulo, São Paulo.

Peters, M. (2000). Pós-estruturalismo e filosofia da diferença (T. S. Tomaz, Trad.), Autêntica.

Pinhão, F., & Martins, I. (2016). Cidadania e ensino de ciências: questões para o debate. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 18(3), 9–29. https://doi.org/10.1590/1983-21172016180301

Piva, P. J. L., & Tamizari, F. (2012). Luzes femininas: a felicidade segundo Madame du Châtelet. Revista Estudos Feministas, 20(3), 853–868. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2012000300014

Roche, D. (2004). O povo de Paris: Ensaio sobre a cultura popular no século XVIII (P. D. Antônio, Trad.). Universidade de São Paulo.

Schiebinger, L. (1992, September 8–9). Women in Science: Historical Perspectives. Women at Work: A Meeting on the Status of Women in Astronomy, Baltimore, Maryland. https://adsabs.harvard.edu/full/1993wwms.conf...11S

Scott, J. (1989). Gênero: uma categoria útil para análise histórica (R. D. Cristine, & B. Á. Maria, Trad.). Educação e Realidade.

Silva, A. P. B., Forato, T. C., & Gomes, J. L. C. (2013). Concepções sobre a natureza do calor em diferentes contextos históricos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 30(3), 492–537. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2013v30n3p492

Terral, M. (1995). Émilie du Châtelet and the gendering of science. History of Science, 33(3), 283–310. https://doi.org/10.1177/007327539503300302

Voltaire. (1738). Elémens de la philosophie de Neuton. Nouvelle édition. A Londres. Bibliothèque nationale de France.

Westheimer, J., & Kahne, J. (2004). What Kind of Citizen? The Politics of Educating for Democracy. American Educational Research Journal, 41(2), 237–269. https://www.jstor.org/stable/3699366

Wisniak, J. (2004). Phlogiston: the rise and fall of a theory. Indian Journal of Chemical Technology, 11(5), 732–743.

Zinsser, J. P. (2006). La dame d’esprit: a biography of the Marquise Du Châtelet. Viking.

Zinsser, J. P. (2007). Mentors, the marquise Du Chatelet and historical memory. Notes and Records, 61(2), 89–108. https://doi.org/10.1098/rsnr.2006.0174

Zinsser, J. P., & Bour, I. B. (2009). Émilie du Châtelet — Selected Philosophical and Scientific Writings. The University of Chicago Press.

Downloads

Publicado

2023-10-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Women and the Sciences: A Feminist Poststructuralist Analysis of the Marquise du Châtelet’s. (2023). Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, e48562, 1-27. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2023u955981