Conteúdos Digitais Viralizados e Enganosos: Potencialidades para a Alfabetização Científica e Tecnológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2025u795818

Palavras-chave:

redes sociais, desinformação, educação em ciências

Resumo

A desinformação disseminada por conteúdos digitais viralizados tem se intensificado nas redes sociais, demandando uma resposta educativa de maneira crítica. Este artigo analisa vídeos e postagens amplamente compartilhados que abordam temáticas relacionadas à ciência, identificando as potencialidades de sua problematização para a alfabetização científica e tecnológica no ensino de ciências. Fundamentado nos objetivos para alfabetização científica e tecnológica de Fourez (2005) e utilizando a Análise Textual Discursiva, o estudo categoriza os conteúdos segundo objetivos humanistas, sociais, político-econômicos e critérios relacionados à aplicabilidade na educação básica, discutindo como elementos visuais, vocabulário pseudocientífico e estratégias de engajamento digital podem induzir à desinformação. Os resultados apontam que a problematização desses conteúdos pode favorecer a formação crítica dos estudantes, contribuindo para a autonomia, o diálogo argumentativo e o domínio de conhecimentos científicos em contextos cotidianos. Conclui-se que o uso pedagógico de conteúdos enganosos, no sentido de discuti-los e analisá-los, pode fortalecer a educação científica, desde que articulado a estratégias interdisciplinares e éticas.

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Biografia do Autor

  • Tathiane Milaré, Universidade Federal de São Carlos

    Possui Licenciatura em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005), mestrado em Educação Cientifica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008) e doutorado em Ensino de Ciências, modalidade de Ensino de Química, pela Universidade de São Paulo (2013). Atualmente é professora associada II do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Araras. Tem experiência na área de Ensino, com ênfase em Ensino de Química, atuando principalmente em temas relativos à Alfabetização Científica e Tecnológica e o uso de Ilhas Interdisciplinares de Racionalidade como metodologia de ensino.

  • Leandro Duso, Universidade Federal de Santa Catarina

    Professor de magistério superior na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atuando no Departamento de Metodologia de Ensino. Doutor em Educação Científica e Tecnológica PPGECT/UFSC, mestre em Educação em Ciências e Matemática pela PUCRS e licenciado e bacharel em Ciências Biológicas pela UCS. Líder do grupo de pesquisa A Ponte, desenvolvo pesquisas nas áreas de Educação em Ciências e Biologia, com foco em abordagens CTS, controvérsias sociocientíficas e questões socioambientais.

  • Graziela Piccoli Richetti, Universidade Federal de Santa Catarina

    Professora adjunta do Departamento de Ciências Exatas e Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, campus Blumenau, na área de Educação Química. Doutorado e mestrado em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina, licenciada e bacharel em Química pela Universidade Federal de Santa Catarina. É vice-líder do Grupo de Pesquisa em Educação Química, Ciências e Tecnologia e membro do grupo de pesquisa LabTEI (Laboratório de Tecnologia, Empreendedorismo e Inovação). É editora de seção da Revista ACTIO: Docência em Ciências desde 2021. De 2014 a 2018 foi professora do Departamento de Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, lecionou nos cursos de Licenciatura em Química e Pedagogia. Tem experiência na área de Ensino de Ciências e Química, atuando principalmente nos temas referentes à formação de professores, alfabetização científica e tecnológica e Educação CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade).

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Publicado

2025-11-21

Edição

v. 25 (2025): Janeiro-Dezembro

Seção

Artigos

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Como Citar

Conteúdos Digitais Viralizados e Enganosos: Potencialidades para a Alfabetização Científica e Tecnológica. (2025). Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, e60317, 1-24. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2025u795818
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