O Uso da Aprendizagem Baseada em Equipes como Ferramenta Diagnóstica no Ensino-Aprendizagem de Química

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u12271249

Palavras-chave:

Aprendizagem baseada em equipes, Ensino de Química, Ensino Superior, Diagnóstico

Resumo

A Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE) é uma estratégia de ensino desenvolvida em etapas — pré-classe, garantia de preparo e aplicação de conceitos — que propõe romper com o tradicionalismo em sala de aula. Neste ensaio, recorreu-se a ABE como instrumento diagnóstico da aprendizagem de acadêmicos. Participaram do estudo, 127 estudantes do curso de Odontologia de um Centro Universitário cearense, matriculados no módulo Química. Eles estavam divididos em três turmas (duas regulares e uma especial, composta por estudantes repetentes) e participaram de duas etapas: preparo e garantia de preparo. Para sistematização das atividades, inicialmente, os estudantes foram orientados a realizar estudo domiciliar, com material didático fornecido previamente (pré-classe). A segunda etapa, constituída por testes individuais, coletivos e feedback do professor, teve os dados categorizados e analisados, em associação às narrativas dos acadêmicos. Houve crescimento na compreensão dos estudantes após o trabalho coletivo, as dificuldades foram maiores no conteúdo de forças intermoleculares e a turma especial expressou necessidade de apoio pedagógico direcionado. Conclui-se que o uso da ABE como ferramenta diagnóstica é viável, pois proporciona uma visão mais completa do processo educacional e auxilia no direcionamento do trabalho docente. Além disso, este ensaio agrega contributos à formação docente, pois, amplia as possibilidades de utilização da ABE no âmbito universitário e corrobora para que os professores a reconheçam como meio adjuvante do trabalho pedagógico, como um todo. Por fim, reitera-se o caráter inovador deste estudo, pois não foram identificadas, até então, publicações semelhantes na literatura da área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Belo, T. N., Leite, L. B. P., & Meotti, P. R. M. (2019). As dificuldades de aprendizagem de química: Um estudo feito com alunos da Universidade Federal do Amazonas. Scientia Naturalis, 1(3), 1–9.

Berbaum, L. C. M., & Maldaner, O. A. (2016). Estratégias de ensino do conteúdo Tabela Periódica e sua relação com a aprendizagem conceitual em aulas de Química. In XVII Jornada de Extensão – Ciências Exatas e da Terra. UNIJUÍ.

Bergmann, J., & Sams, A. (2016). Sala de aula invertida: Uma metodologia ativa de aprendizagem. LTC.

Bollela V. R., Senger M. H., Tourinho, F. S. V., & Amaral E. (2014). Aprendizagem baseada em equipes: Da teoria à prática. Revista Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 293–300. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p293-300

Camargo, L. C., Asquel, S. de S., & Oliveira, B. R. M. (2018). Problematizando o ensino de modelos atômicos: Estudo das representações e o uso de um jogo didático. Revista ACTIO: Docências em Ciências, 3(3), 197–213.

Chacon, E. P., Carvalho, L. J., & Ribeiro, C. M. R. (2016). A Odontologia como tema para o ensino de Química: Estudo e possibilidades por meio de mapas conceituais. Ensino, Saúde e Ambiente, 9(2), 45–62. http://dx.doi.org/10.22409/resa2016.v9i2.a21223

Cunha, C. R. O. B. J. da, Ramsdorf, F. B. M., & Bragato, S. G. R. (2019). Utilização da Aprendizagem Baseada em Equipes como Método de Avaliação no Curso de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 43(2), 208–215. https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n2rb20180063

Fatareli, E. F., Ferreira, L. N. de A., Ferreira, J. Q., & Queiroz, S. L. (2010) Método cooperativo de aprendizagem Jigsaw no ensino de cinética química. Química Nova na Escola, 32(3), 161–168.

Gil, A. C. (2002). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. Atlas.

Gullo, C., Ha, T. C., & Cook, S. (2015). Twelve tips for facilitating team-based learning. Medical Teacher, 37(9), 819–824. http://dx.doi.org/10.3109/0142159X.2014.1001729

Krug, R. R., Vieira, M. S. M., Maciel, M. V. de A., Erdmann, T. R., Vieira, F. C. de F., Koch, M. C., & Grosseman, S. (2016). O “Bê-Á-Bá” da Aprendizagem Baseada em Equipe. Revista Brasileira de Educação Médica, 40(4), 602–610. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v40n4e00452015

Luckesi, C. C. (2005). Avaliação da Aprendizagem Escolar: Estudos e proposições. Cortez.

Macedo, K. D. S., Acosta, B. S., Silva, E. B., Souza, N. S., Beck, C. L. C., & Silva, K. K. D. (2018). Metodologias ativas de aprendizagem: Caminhos possíveis para inovação no ensino em saúde. Anna Nery Revista de Enfermagem, 22(3), 1–9. http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2017-0435

Masseto, M. (2004). Inovação na Educação Superior. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 8(14), 197–202. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832004000100018

Medeiros, M. A. (2013). Avaliação do conhecimento sobre periodicidade química em uma turma de Química Geral do ensino a distância. Química Nova, 36(3), 474–479. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422013000300019

Melo, M. R., & Santos, A. O. (2012). Dificuldades dos licenciandos em química da UFS em entender e estabelecer modelos científicos para equilíbrio químico. In Anais do XVI Encontro Nacional de Ensino de Química. UFBA.

Minayo, M. C. S. (2014). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 33. ed. Vozes.

Miranda, A. C. G., Braibante, M. E. F., & Pazinato, M. S. (2017). Concepções alternativas sobre forças intermoleculares: Um estudo a partir das publicações da área de ensino. In Anais do X Congreso Internacional sobre Investigación en Didáctica de las Ciencias.

Miranda, A. C. G., Braibante, M. E. F., & Pazinato, M. S. (2018). Tendências do ensino e aprendizagem de forças intermoleculares a partir da análise de publicações em periódicos nacionais e internacionais. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 17(2), 394–419.

Miranda, M. de S., Suar, R. de C., & Marcondes, M. E. R. (2015). Promovendo a alfabetização científica por meio de ensino investigativo no ensino médio de Química: Contribuições para a formação inicial docente. Revista Ensaio, 17(3), 555–583. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172015170302

Nascimento, F. G. do, & Silva, G. R. (2019). Utilização do método Team-Based Learning (TBL) no processo de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades na disciplina de custos. In Anais do XVI Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade. USP.

Nunes, L. S., Paula, L. de, Bertolassi, T., & Faria Neto, A. (2017) A análise de narrativas como instrumento para pesquisas qualitativas. Revista Ciências Exatas, 23(1), 9–17.

Oliveira, B. L., Lima, S. F., Rodrigues, L. S., & Pereira Junior, G. A. (2018). Team-Based Learning como forma de Aprendizagem Colaborativa e Sala de Aula Invertida com centralidade nos estudantes no processo ensino aprendizagem. Revista Brasileira de Educação Médica, 42(4), 86–95. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v42n4rb20180050

Oliveira, T. E., Araújo, I. S. & Veit, E. A. (2016). Aprendizagem Baseada em Equipes (Team-Based Learning): Um método ativo para o Ensino de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 33(3), 962–986. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7941.2016v33n3p962

Pazinato, M. S. (2016). Ligações Químicas: Investigação da construção do conhecimento no ensino médio. (Tese Doutorado). Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.

Pinheiro, D. P., & Rebouças, J. A. da S. M. (2018). A importância da avaliação diagnóstica no projeto de nivelamento matemático com discentes do ensino médio integrado. In V Congresso Nacional de Educação – CONEDU. CECON.

Ribeiro, L. R. de C. (2008). Aprendizagem Baseada em Problemas – PBL: Uma experiência no Ensino Superior. Edufscar. http://dx.doi.org/10.7476/9788576002970

Santos, A. O., Silva, R. P., Andrade, D., & Lima, J. P. M. (2013). Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médio investigadas em ações do (PIBID/UFS/Química). Scientia Plena, 9(7), 1–6.

Silva, S. C., Colle, F. E. S., Cavichioli, D., & Souza, R. F. (2018). Aprendizado e desenvolvimento de habilidades no curso de Contabilidade: Uma pesquisa-ação com o método Team-Based Learning (TBL). Revista Enfoque: Reflexão Contábil, 37(3), 1–19. http://dx.doi.org/10.4025/enfoque.v37i3.39579

Souza, K. A. F. D., & Cardoso, A. A. (2008). Aspectos macro e microscópicos do conceito de equilíbrio químico e de sua abordagem em sala de aula. Química Nova na Escola, 27, 51–56.

Storgatto, G. A., Braibante, M. E. F., & Braibante, H. T. S. (2017). A Química na Odontologia. Química Nova na Escola. 39(1), 4–11. http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160054

Teodoro, D. L., Cabral, P. F. de O., & Queiroz, S. L. (2015). Atividade cooperativa no formato Jigsaw: Um estudo no ensino superior de Química. ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 8(1), 21–51. http://dx.doi.org/10.5007/1982-5153.2015v8n1p21

Walters, D. E. (2013). Team-Based Learning applied to a Medicinal Chemistry Course. Medical Principles and Practice, 22(1), 2–3. http://dx.doi.org/10.1159/000342819

Downloads

Publicado

2020-12-15

Como Citar

Firmino, N. C. S., Salustiano, A. M. P. ., Firmino, D. F. ., & Leite, L. R. (2020). O Uso da Aprendizagem Baseada em Equipes como Ferramenta Diagnóstica no Ensino-Aprendizagem de Química. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 20(u), 1227–1249. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u12271249

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)