Racism in Education and Dissemination of Science in the Bulletin of Eugenics (1929–1933): a Critical Analysis for Contemporary Science Education

Authors

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2021u351381%20%20

Keywords:

Race, Racism, Ethnic-racial relations, History of Science

Abstract

History, Sociology and Philosophy of Biological Sciences are important ways to critically analyze the process of constitution of Science Education. At least since the end of the 19th century, scientific theories that emphasized racial segregation based on biological argumentation circulated in Brazil. One such scientific organization was the Eugenic Societies and the Bulletin of Eugenics, a publication printed from 1929 to 1933. This research starts is based on the analysis of all the 42 issues of the bulletin, recognizing these publications as a strategy of scientific dissemination of eugenic education in Brazilian society. With this analysis and using philosopher Achille Mbembe's concept of Necropolitics as an analytical tool, we investigated discursive elements on the processes of racialization of the population and the consequent segregation produced by the standardizing element (people considered “white”) against the deviant (black people and those considered, in the language used at the time, “people of color”). The article is structured in three sections, presenting general concepts about Eugenics and Eugenism, the narrative elements that proposed eugenic curriculum programs and the encouragement of Sexual Education as a eugenic strategy. If all areas of knowledge should be ethically responsible for an anti-racist education, it is up to the Biological Sciences, among possible attitudes, to analyze the historical processes that constitute their epistemological bases, identifying possible persistency of racist structures in daily practices.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Nivaldo Aureliano Léo Neto, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Pós-doutorado em Educação e Contemporaneidade (PPGEDUC / Universidade do Estado da Bahia) Doutor em Ciências Biológicas / Zoologia (Universidade Federal da Paraíba) Mestre em Ciências Biológicas / Zoologia (Universidade Federal da Paraíba) Mestre em Ciências Sociais (Universidade Federal de Campina Grande) Mestre em Educação, Culturas e Identidades (Universidade Federal Rural de Pernambuco / FUNDAJ) Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas (Universidade Estadual da Paraíba)

References

Auler, Décio. (2007). Enfoque Ciência-Tecnologia-Sociedade: Pressupostos para o contexto brasileiro. Ciência & Ensino (1), 1–20.

Auler, Décio, & Delizocoiv, Demétrio. (2001). Alfabetização Científico-Tecnológica para quê? Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 3(1), 122–134. https://doi.org/10.1590/1983-21172001030203

Apple, Michael. (2001). Políticas de direita e branquidade: a presença ausente da raça nas reformas educacionais. Revista Brasileira de Educação, (16), 61–67. https://doi.org/10.1590/S1413-24782001000100007

Azevedo, Célia Maria. (1987). Onda negra, medo branco: O negro no imaginário das elites- século xix. Paz e Terra. 267p.

Beserra, Bernadete de Lourdes Ramos, & Lavergne, Rémi Ferdinand. (2018). Racismo e educação no Brasil. Ed. UFPE. 165p.

Bizzo, Nélio Marco Vincenzo. (1995). O paradoxo social-eugênico, genes e ética. Educar em Revista (11), 45–61. https://doi.org/10.1590/0104-4060.141

Bolsanello, Maria Augusta. (1996). Darwinismo social, eugenia e racismo “científico” - sua repercussão na sociedade e na educação brasileiras. Educar em Revista, (12), 153-165, https://doi.org/10.1590/0104-4060.166

Bonfim, Paulo Ricardo. (2019). Educação Eugênica: As recomendações de Renato Kehl a educadores, pais e escolares. History of Education in Latin America, 2, 2–16.

Candau, Vera Maria Ferrão, & Sacavino, Susana Beatriz. (2013). Educação em direitos humanos e formação de educadores. Educação, 36(1), 59–66.

Carlos, Anderson Ricardo, & Dietrich, Ana Maria. (2018). Eugenia no Brasil: Reflexões sobre raça, miscigenação e Direitos Humanos para a educação científica. In Anais do 16 Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia, Campina Grande, Paraíba.

Carula, Karoline. (2016). Darwinismo, Raça e Gênero: Projetos modernizadores da nação em conferências e cursos públicos (Rio de Janeiro, 1870–1889). Editora da Unicamp.

Carvalho, Anna Maria Pessoa, & Gil-Perez, Daniel. (2011). Formação de professores de Ciências: Tendências e inovações. Cortez.

Fernandes, Kelly Meneses. (2015). Biologia, educação das relações étnico-raciais e inversão epistemológica. Revista Interinstitucional Artes de Educar, 1(2), 311–323.

Gagliardi, Raúl. (1988). Como utilizar la Historia de las ciencias en la enseñanza de las ciencias. Enseñanza de las Ciencias, 6(3), 291-296.

Gioppo, Christiane. (1996) Eugenia: a higiene como estratégia de segregação. Educar em Revista, (12), 167–180, https://doi.org/10.1590/0104-4060.167

Guimarães, Antônio Sérgio Alfredo. (2009). Racismo e Antirracismo no Brasil. 3ed. Editora 34.

Guimarães, Juarez, & Drumond, André. (2018). A Longa Temporalidade do Estado Racialista e o Impasse da República Democrática no Brasil. Mediações-Revista de Ciências Sociais, 23(2), 123–159, http://dx.doi.org/10.5433/2176-6665.2018v23n2p123

Hooks, Bell. (2013). Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade. Editora Martins Fontes.

Krasilchik, Myriam. (1987). O professor e o currículo das Ciências. EPU.

Krasilchik, Myriam, & Marandino, Martha. (2007). Ensino de Ciências e cidadania. Moderna.

Léo Neto, Nivaldo Aureliano, & Mota, Sueli Ribeiro. (2019). Flores e Dores: Emoções e a ética da vida para um ensino de ciências e biologia intercultural e antirracista. Revista Temas em Educação, 28(2), 83–10.

Maturana, Humberto. (2014). Cognição, ciência e vida cotidiana. Editora UFMG.

Mbembe, Achille. (2016). Necropolítica. Arte & Ensaios, 32.

Moraes, Roque. (2003). Uma tempestade de luz: a compreensão possibilidade pela análise textual discursiva. Ciência & Educação, 9(2), 191–211, http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132003000200004

Moura, Cristiano Barbosa, & Guerra, Andreia. (2016). História Cultural da Ciência: Um Caminho Possível para a Discussão sobre as Práticas Científicas no Ensino de Ciências? Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 16(3), 725–748.

Munanga, Kabengele. (1996). Mestiçagem e experiências interculturais no Brasil. In L., Schwarcz, & L. S., Reis (Orgs.). Negras imagens. Editora da Universidade de São Paulo/Estação Ciência.

Oliveira, Teresinha Silva. (2003). Olhares que fazem a “diferença”: O índio em livros didáticos e outros artefatos culturais. Revista Brasileira de Educação, (22), 25–34.

Oliveira, Rosana Medeiros (2017). Descolonizar os livros didáticos: Raça, gênero e colonialidade nos livros de educação do campo. Revista Brasileira de Educação, 22 (68), 11–33.

Praia, João, Gil-Pérez, Daniel, & Vilches, Amparo. (2007). O papel da natureza da ciência na educação para a cidadania. Ciência & Educação 13(2), 141–156, https://doi.org/10.1590/S1516-73132007000200001

Sánchez-Arteaga, Juanma, Rasella, Davide, Garcia, Laia Ventura, El-Hani, Charbel Niño. (2015). Alterização, biologia humana e biomedicina. Scientiae Studia, 13(3), 615–41, https://doi.org/10.1590/S1678-31662015000300007

Sasseron, Lúcia Helena. (2015). Alfabetização científica, ensino por investigação e argumentação: relações entre ciências da natureza e escola. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 17, 49–67, https://doi.org/10.1590/1983-2117201517s04

Schuchman, Lia Vainer. (2012). Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: Raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. (Tese de Doutorado em Psicologia). Universidade de São Paulo, São Paulo.

Schwarcz, Lilian Moritz. (1993). O Espetáculo das raças – cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870–1930. Companhia das Letras.

Silva, Ana Célia da. (2011). A representação social do negro no livro didático: O que mudou? por que mudou? EDUFBA. 182p.

Silva, Priscila Elisabete. (2015). Um projeto civilizatório e regenerador: Análise sobre raça no projeto da Universidade de São Paulo (1900–1940). (Tese de Doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, São Paulo.

Teixeira, Izabel Mello, & Silva, Edson Pereira. (2017). História da eugenia e ensino de genética. História da Ciência e Ensino, 15, 63–80, https://doi.org/10.23925/2178-2911.2017v15p63-80

Verrangia, Douglas. (2014). Educação científica e diversidade étnico-racial: O ensino e a pesquisa em foco. Interacções, 31, 2–27, https://doi.org/10.25755/int.6368

Published

2021-05-04

How to Cite

Léo Neto, N. A. (2021). Racism in Education and Dissemination of Science in the Bulletin of Eugenics (1929–1933): a Critical Analysis for Contemporary Science Education. Brazilian Journal of Research in Science Education, e24750, 1–31. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2021u351381

Issue

Section

Artigos