Viagem no Tempo do Rio Iguaçu: Uma Proposta de Sequência Didática
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2023u129155Palabras clave:
conservação de rios, estudos de caso, educação ambiental, ecologiaResumen
A Biologia da Conservação é uma área multidisciplinar que envolve diferentes âmbitos da sociedade, incluindo Gestão ambiental, Ciências Sociais e Educação. A Educação Ambiental ocupa um papel importante no processo de sensibilização a respeito das problemáticas ambientais, podendo ser uma estratégia importante na conservação dos recursos naturais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar uma sequência didática sobre o Rio Iguaçu que promovesse a sensibilização de questões ambientais e a retomada de conceitos de Ecologia. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, sistematizado em uma sequência didática aplicada em turmas do 6°, 7° e 8°anos do ensino fundamental. A avaliação qualitativa foi realizada com aplicação de questionários pré e pós-teste utilizados para a metodologia de Análise de Conteúdo de Bardin e análise descritiva. Constatou-se que os estudantes relacionam os efeitos das atividades antrópicas no ecossistema apresentado e associam a conservação do ambiente com aspectos do cotidiano e seus agentes sociais. A abordagem de temáticas socioambientais auxilia na contextualização dos temas de ecologia e pode ser trabalhada como uma ferramenta de sensibilização.
Descargas
Citas
Ausubel, D. P. (2003). Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Plátano Edições Técnicas.
André, M. (2019). O que é um Estudo de Caso Qualitativo em Educação?. Revista Da FAEEBA — Educação e Contemporaneidade, 22(40), 95–103. https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n40.p95-103
Bacci, D. de L. C., & Pataca, E. M. (2008). Educação para a água. Estudos Avançados, 22(63), 211–226. https://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142008000200014
Barsano, P. R. (2019). Meio ambiente: guia prático e didático. Erica.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70.
Baumgartner, G., Pavanelli, C. S., Baumgartner, D., Bifi, A. G., Debona, T., & Frana, V. A. (2012). Peixes do baixo rio Iguaçu [online]. In Introdução (pp. 1–14). Eduem.
BBC News (15 de Junho, 2021). Com cataratas irreconhecíveis Rio Iguaçu está doente e vê mata nativa minguar. G1. https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2021/06/15/com-cataratas-irreconheciveis-rio-iguacu-esta-doente-e-ve-mata-nativa-minguar.ghtml
Bonifácio, K., & Abílio, F. (2010). Percepções ambientais dos educandos de escolas públicas – Caso Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe, Paraíba. Rede — Revista Eletrônica Do PRODEMA, 5(2), 32–49. http://www.revistarede.ufc.br/rede/article/view/72
Brembatti, K. (23 de Outubro, 2018). Expedição aponta região de Curitiba como a mais poluída do Rio Iguaçu. Gazeta do Povo. https://www.gazetadopovo.com.br/politica/parana/expedicao-aponta-regiao-de-curitiba-como-a-mais-poluida-do-rio-iguacu-8rd664jotzpcmlboob1rnqkhg/
Carvalho, A. M. P. (2018). Fundamentos teóricos e metodológicos do ensino por investigação. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 18(3), 765–794. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2018183765
Cuba, M. A. (2010). Educação ambiental nas escolas. Educação, Cultura e Comunicação, 1(2), 23–31.
De Araújo, B. F., & Sovierzoski, H. H. (2016). Percepção dos alunos do ensino médio sobre os biomas de Mata Atlântica e Caatinga. Revista Práxis, 8(16), 81–94. https://revistas.unifoa.edu.br/praxis/article/view/764
Elias, M. A., & Rico, V. (2020). Ensino de biologia a partir da metodologia de estudo de caso. Revista Thema, 17(2), 392–406. https://doi.org/10.15536/thema.V17.2020.392-406.1666
Foggiato, F. (05 de Novembro, 2020). Crise hídrica I: afinal, estamos enfrentando a pior seca da história?. Câmara Municipal de Curitiba. https://www.curitiba.pr.leg.br/informacao/noticias/crise-hidrica-i-afinal-estamos-enfrentando-a-pior-seca-da-historia
Fonseca, W., & Carola, C. R. (2017). Os rios e a vida: percepções para uma educação ambiental. REMEA — Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 34(2), 136–155. https://doi.org/10.14295/remea.v34i2.7009
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa (25ª ed). Paz e Terra.
Fridrich, G. A., & Baldin, N. (2017). Percepções socioambientais de crianças sobre o Rio Iguaçu nos municípios de União da Vitória (PR) e Porto União (SC). Revista Educação e Cultura Contemporânea, 14(36), 22–46.
Gouveia, R. L., Selva, V. S. F., & Cabral, J. J. P. S. (2019). Educação ambiental para a revitalização de rios em áreas urbanas. Educação Ambiental em Ação, 18(68). http://revistaea.org/artigo.php?idartigo=3741
Governo do Estado do Paraná (2020). CREP - Currículo da Rede Estadual Paranaense. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/crep_2020/ciencias_curriculo_rede_estadual_paranaense_diagramado.pdf
Graham, A. (2010). Como escrever e usar estudos de caso para ensino e aprendizagem no setor público. ENAP.
Guimarães, M. (2004). Educação no processo de gestão ambiental: uma proposta de educação ambiental transformadora e emancipatória. In P. P. Layrargues (Ed.), Identidades da educação ambiental brasileira (pp. 25–34). Ministério do Meio Ambiente, Diretoria de Educacao Ambiental.
Instituto Água e Terra (2020). A Bacia do Rio Iguaçu. http://www.iat.pr.gov.br/sites/agua-terra/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/iguacu.pdf
Jesus, T. B., Andrade, A. O., & de Carvalho, C. E. V. (2021). Um estudo do consumo de água no ambiente escolar e propostas de intervenções artísticas, para uma sensibilização lúdica. Revista Sergipana de Educação Ambiental, 8(Especial), 1–17. https://doi.org/10.47401/revisea.v8iEspecial.15621
Kundlatsch, A., & Silva, C. S. (3–6 de Julho, 2017). Articulando Ciência e Cultura Indígena na escola: análise de uma oficina temática a partir da perspectiva multicultural. XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Florianópolis, Santa Catarina.
Lara, R. (22 de Setembro, 2020). Lavando a água: como seria se jogássemos sabão para depoluir os rios?. Uol. https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/09/22/lavando-a-agua-como-seria-se-jogassemos-sabao-para-despoluir-os-rios.htm
Layrargues, P. P. (2000). Educação para a gestão ambiental: a cidadania no enfrentamento político dos conflitos socioambientais. In C. F. B. Loureiro (Org.), Sociedade e meio ambiente: a educação ambiental em debate (pp. 87–155). Cortez.
Layrargues, P. P., & Lima, G. F. D. C. (2011). Mapeando as macro-tendências político-pedagógicas da educação ambiental contemporânea no Brasil. Encontro Pesquisa em Educação Ambiental, 6, 1–15.
Marandino, M. (2002). Tendências teóricas e metodológicas no Ensino de Ciências. USP.
Ministério da Educação (2018). Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
Nicollier, V., & Velasco, F. G. C. (2009). Conhecer a mata atlântica na infância: uma contribuição da teoria das inteligências múltiplas para a educação ambiental. Investigações em Ensino de Ciências, 14(3), 421–456. https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/350
Nogueira, M. O. G., & Leal, D. (2015). Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosóficos, pedagógicos e psicológicos (2ª ed.). InterSaberes.
Novicki, V., & Souza, D. B. (2010). Políticas públicas de educação ambiental e a atuação dos conselhos de meio ambiente no Brasil: perspectivas e desafios. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 18(69), 711–736. https://doi.org/10.1590/S0104-40362010000400004
Observatório Eco — Direito Ambiental (11 de Agosto, 2010). Projeto Águas do Amanhã quer recuperar o Rio Iguaçu. Jus Brasil. https://observatorio-eco.jusbrasil.com.br/noticias/2322692/projeto-aguas-do-amanha-quer-recuperar-o-rio-iguacu
Oliveira, M. M. (2013). Sequência Didática Interativa no processo de formação de professores. Vozes.
Oliveira, T. E., Araujo, I. S., & Veit, E. A. (2016). Aprendizagem Baseada em Equipes (Team-Based Learning): um método ativo para o ensino de física. Caderno Brasileiro de Ensino de física, 33(3), 962–986. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2016v33n3p962
Oliveira, Z., & Helena Alvim, M. (2020). História das Ciências e da Matemática, Educação Problematizadora e Epistemologias do Sul: para se pensar um ensino de ciências e de matemática. Revista Brasileira De Ensino De Ciências E Matemática, 3(2), 554–581. https://doi.org/10.5335/rbecm.v3i2.10669
Paiva, M. R. F., Parente, J. R. F., Brandão, I. R., & Queiroz, A. H. B. (2016). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: revisão integrativa. SANARE — Revista de Políticas Públicas, 15(2), 145–153. https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1049
Parellada, I. C., & Carvalho, L. J. (2009). Mapa mostrando a distribuição dos povos indígenas no Paraná nos séculos XVI e XVII, de 1540 a 1640. SEEC-PR.
Primack, R.B., & Rodrigues, E. (2006). Biologia da Conservação. Planta.
Quintas, S. J.(2004). Educação no processo de gestão ambiental: uma proposta de educação ambiental transformadora e emancipatória. In P. P. Layrargues (Ed.), Identidades da educação ambiental brasileira (pp. 113–139). Ministério do Meio Ambiente, Diretoria de Educação Ambiental.
Ribeiro, A. M. (2010). Aspectos éticos e políticos da atual crise de biodiversidade. In R. S. Ganem (Org.), Conservação da biodiversidade: legislação e políticas públicas (pp. 47–73). Câmara dos Deputados, Edições Câmara.
Ribeiro, C. R., & Affonso, E. P. (2012). Avaliação da percepção ambiental de alunos do ensino fundamental residentes na bacia hidrográfica do córrego São Pedro – Juiz de Fora/MG. Boletim De Geografia, 30(2), 73–85. https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v30i2.10077
RPC (16 de Maio, 2020). Rompimento em oleoduto causa vazamento de combustível e deixa moradores sem água, no Paraná. G1. https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2020/05/16/rompimento-em-oleoduto-causa-vazamento-de-combustivel-e-deixa-moradores-sem-agua-no-parana.ghtml
Rossim, J. B., & Nunes, M. A. C. (2018). Desastres ambientais no Brasil em Debate Escolar. Educação Ambiental em Ação, 96(66). http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=3475
Silva, V. R. D., Maestrelli, S. G., & Lorenzetti, L. (2019). Discutindo a temática água nos anos iniciais por meio de uma sequência didática com enfoque CTSA. In A. L. Crisostimo, & R. M. C. F. Silveira (Org.), Estratégias de aprendizagem para o ensino de ciências e matemática (pp. 97–114). Unicentro.
Sindipetro (16 de Julho, 2015). 15 anos do maior acidente ambiental do Paraná. https://www.sindipetroprsc.org.br/site/index.php/noticias/item/2283-15-anos-do-maior-acidente-ambiental-do-paran%C3%A1
Sedano, L., & de Carvalho, A. M. P. (2017). Ensino de ciências por investigação: oportunidades de interação social e sua importância para a construção da autonomia moral. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 10(1), 199–220. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2017v10n1p199
Segura, D. S. B. (2001). Educação Ambiental na escola pública: da curiosidade ingênua à consciência crítica. Annablume, Fapesp.
Silva, M. D. P. (2010). A temática indígena no currículo escolar à luz da Lei 11.645/2008. Cadernos de Pesquisa, 17(2), 39–47. https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/244
Silva, F. D., & Assunção, B. N. (2019). Gestão e Educação Ambiental: uma relação meio ambiente e saúde. Revista Saúde e Meio Ambiente, 9(2), 100–114. https://periodicos.ufms.br/index.php/sameamb/article/view/7721
Silva, A. F. da, & Ferreira, J. H., & Viera, C. A. (2017). O ensino de Ciências no ensino fundamental e médio: reflexões e perspectivas sobre a educação transformadora. Revista Exitus, 7(2) 283–304. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=553159950014
Soares, J. M. A., Souza, A. R. F., Farias, A. B. S., Brito, L. D., & Calixto, M. S. (10–12 de Novembro, 2016). Educação Contextualizada: convivência com o semiárido. I Congresso Internacional da Diversidade do Semiárido.
Soulé, M. (1985). What Is Conservation Biology?. BioScience, 35(11), 727–734. https://doi.org/10.2307/1310054
Tavares, R. (2008). Aprendizagem significativa e o ensino de ciências. Ciências & Cognição, 13(1). http://cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/687
Trajano, E. (2010). Políticas de conservação e critérios ambientais: princípios, conceitos e protocolos. Estudos Avançados, 24(68), 135–146. https://doi.org/10.1590/S0103-40142010000100012
Tamaio, I. (2002). O professor na construção do conceito de natureza: uma experiência de educação ambiental. Annablume: WWF.
Unesco (1977). Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental aos Países Membros. Tbilisi, CEI, de 14 de outubro a 26 de outubro de 1977.
Vestena, L. (2003). Sensibilização ambiental: um diagnóstico na bacia hidrográfica do Rio Belém, Curitiba-PR, a partir da percepção de alunos do ensino fundamental. Raega - O Espaço Geográfico em Análise, (7). http://dx.doi.org/10.5380/raega.v7i0.3360
Venturieri, B., & Santana, A. (2016). Concepções sobre meio ambiente de alunos do ensino fundamental em belém-pa: estudo de caso com a E. E. E. F. M. Prof. Gomes Moreira Junior. Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 11(1), 234–245. https://doi.org/10.34024/revbea.2016.v11.2126
Wichinesk, D., Schwartz, G. M., & Silva. V. D. (2020). Experimentação Investigativa no ensino de química: um relato de vivência da prática docente. In A. C. de D. B. Krawczyk, R. R. Gagno, L. A. Vieira, & C. J. Machado (Orgs.), Pibid e RP da Unespar: sobre esperançar em um período incerto para a docência (pp. 309–322). Unespar.
Weyh, L. F., Nehring, C. M., & Weyh, C. B. (2020). A educação problematizadora de Paulo Freire no processo de ensino-aprendizagem com as novas tecnologias. Brazilian Journal of Development, 6(7), 44497–44507. https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/12858/10874
Zabala, A. (1998). A prática educativa. Penso.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Fernanda Araujo Fernandes, Lays Cherobim Parolin
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores são responsáveis pela veracidade das informações prestadas e pelo conteúdo dos artigos.
Os autores que publicam neste periódico concordam plenamente com os seguintes termos:
- Os autores atestam que a contribuição é inédita, isto é, não foi publicada em outro periódico, atas de eventos ou equivalente.
- Os autores atestam que não submeteram a contribuição simultaneamente a outro periódico.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à RPBEC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores atestam que possuem os direitos autorais ou a autorização escrita de uso por parte dos detentores dos direitos autorais de figuras, tabelas, textos amplos etc. que forem incluídos no trabalho.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Em caso de identificação de plágio, republicação indevida e submissão simultânea, os autores autorizam a Editoria a tornar público o evento, informando a ocorrência aos editores dos periódicos envolvidos, aos eventuais autores plagiados e às suas instituições de origem.
