Potencialidades e desafios de um estágio curricular obrigatório em Fisioterapia

percepções de um estagiário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2020.21257

Palavras-chave:

Estágio clínico, Educação superior, Formação profissional

Resumo

O artigo tem por objetivo relatar as potencialidades e os desafios observados por um estudante durante o estágio curricular obrigatório em um curso de graduação em Fisioterapia de uma Instituição pública do Nordeste. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência em que se utilizou da observação e do diário de campo como ferramentas metodológicas. Destacaram-se como potencialidades o início de uma movimentação entre docentes e estagiários para a mudança de abordagem ao paciente, de um modelo ainda centrado na reabilitação para um modelo de funcionalidade e valorização dos determinantes sociais em saúde, e, ainda, a indissociabilidade da educação em saúde da prática do estágio nos cenários de aprendizagem da vivência. Como principal desafio, apontam-se as lacunas pedagógicas na formação do fisioterapeuta para o exercício da docência ou preceptoria, o que parece ir de encontro a competências, habilidades e atitudes almejadas para a formação e postas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Fisioterapia.

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Biografia do Autor

Erivaldo Santos de Lima, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL, Brasil.

Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). Durante a graduação, atuou como representante discente na Comissão Própria de Avaliação (2016-2018); Colegiado do Curso de Fisioterapia (2016-2019), Conselho Superior Universitário (2017-2019). São áreas de interesse: saúde coletiva e a interface com a Fisioterapia; ensino na saúde.

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Publicado

04-11-2020

Como Citar

LIMA, E. S. de. Potencialidades e desafios de um estágio curricular obrigatório em Fisioterapia: percepções de um estagiário. Revista Docência do Ensino Superior, Belo Horizonte, v. 10, p. 1–18, 2020. DOI: 10.35699/2237-5864.2020.21257. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/21257. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos