Fatores sociodemográficos e clínicos associados à força de preensão manual de idosos condutores de veículos

Autores

  • Maria Helena Lenardt Universidade Federal do Paraná - UFPR, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR - Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8309-4003
  • Tânia Maria Lourenço Universidade Federal do Paraná - UFPR, Setor de Ciências da Saúde. Curitiba, PR - Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1696-0626
  • Susanne Elero Betiolli Universidade Federal do Paraná - UFPR, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR - Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4469-4473
  • Maria Angélica Binotto Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, Departamento de Educação Física, Guarapuava, PR - Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9130-2025
  • Clovis Cechinel Universidade Federal do Paraná - UFPR, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR - Brasil https://orcid.org/0000-0002-9981-3655
  • Márcia Marrocos Aristides Barbiero Universidade Federal do Paraná - UFPR, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR - Brasil https://orcid.org/0000-0002-1567-3641

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v27i.40468

Palavras-chave:

Força da mão, Idoso, Condução de veículo, Exame para habilitação de motoristas, Estudos transversais

Resumo

Objetivo: investigar a associação entre força de preensão manual e características sociodemográficas e clínicas de idosos condutores de veículos automotores. Método: estudo transversal, realizado em clínicas de medicina de tráfego na cidade de Curitiba/Paraná, com 421 idosos (≥ 60 anos). Realizou-se análise estatística pelo modelo de Regressão Logística e Teste de Wald, considerando intervalo de confiança de 95% e valores de p <0,05 como significativos. Resultados: oitenta e quatro (20%) idosos apresentaram força de preensão manual reduzida. A força de preensão manual reduzida foi associada à faixa etária (p=0,001) e à hospitalização no último ano (p=0,002). Conclusão: houve associação significativa entre a força de preensão manual de idosos motoristas e as variáveis idade e hospitalização no último ano. Dessa forma, torna-se essencial a inclusão de avaliações específicas, centradas nas variáveis sociodemográficas e clínicas próprias da pessoa idosa, durante o exame de aptidão para dirigir veículos automotores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Karthaus M, Falkenstein M. Functional changes and driving performance in older drivers: assessment and interventions. Geriatrics [Internet]. 2016[citado em 2020 set. 3];1(12):1-18. Disponível em: https://www.mdpi.com/2308-3417/1/2/12

Murphy RA, Edward H, Zhang Q, Boudreau R, Cawthon PM, Newman AB, et al. Transition to sarcopenia and determinants of transitions in older adults: a population-based study. J Gerontol Ser A Biol Sci Med Sci. [Internet]. 2014[citado em 2020 set. 3];69(6):751-8. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4022098/#__ffn_sectitle

Alonso AC, Peterson MD, Busse AL, Jacob-Filho W, Borges MTA, Serra MM, et al. Muscle strength, postural balance, and cognition are associated with braking time during driving in older adults. Exp Gerontol. [Internet]. 2016[citado em 2020 set. 3];85(1):13-7. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27616163

Conselho Nacional de Trânsito (BR). Resolução nº 425, de 27 de novembro de 2012. Dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a avaliação psicológica e o credenciamento das entidades públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília: CONTRAN; 2012[citado em 2020 set. 3]. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/(Resolu%C3%A7%C3%A3o%20425.-1).pdf

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Ser A Biol Sci Med Sci. [Internet]. 2001[citado em 2020 set. 3];56(3):M146-56. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11253156

Dent E, Morley JE, Cruz-Jentolf AJ, Woodhouse L, Rodrigues-Manãs LP, Freid LP, et al. Physical Frailty: ICFSR International Clinical Practice Guidelines for Identification and Management. J Nutr Health Aging [Internet]. 2019[citado em 2020 set. 3];23(9):771-87. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s12603-019-1273-z

Grden CRB, Lenardt MH, Sousa JAV, Kusomota L, Dellaroza MSG, Betiolli SE. Associação da síndrome da fragilidade física às características sociodemográficas de idosos longevos da comunidade. Rev LatinoAm Enferm [Internet]. 2017[citado em 2020 set. 3];25:e2886. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1518-8345.1770.2886

Sousa JAV, Lenardt MH, Grden CRB, Kusomota L, Dellaroza MSG, Betiolli SE. Modelo preditivo de fragilidade física em idosos longevos. Rev LatinoAm Enferm. [Internet]. 2018[citado em 2020 set. 3];26:e3023. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1518-8345.2346.3023

Lenardt M, Carneiro NK, Lourenço T, Cechinel C, Binotto MA. Fragilidade física e aptidão do condutor idoso. Colombia Médica [Internet]. 2017[citado em 2020 set. 3];48(2):41-6. Disponível em: https://doi.org/10.25100/cm.v48i2.2624

Hwang y, Ryung G Predictors of driving cessation in community-dwelling older adults: a 3-year longitudinal study Transportation Research Part F. [Internet]. 2018[citado em 2020 set. 3];(52):202–9. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.trf.2017.11.017

Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. Mini-Mental State: a practical method for grading the cognitive status of patients for the clinician. J Psychiatr Res. [Internet]. 1975[citado em 2020 set. 3];12(3):189-98. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0022395675900266?via%3Dihub

Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil. Arq Neuropsiquiatr. 2003[citado em 2020 set. 3];61(3B):777-81. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2003000500014

Fess EE. Grip strength. In: Casanova JS. Clinical Assessment recommendations. 2nd ed. Chicago: American Society of Hand Therapsits; 1992.

Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

Ong HL, Abdin E, Chua BY, Zhang Y, Seow E, Vaingankar JA, et al. Hand-grip strength among older adults in Singapore: a comparison with International norms and associative factors. BMC Geriatr. [Internet]. 2017[citado em 2020 set. 3];17(1):176. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5544979

Lenardt MH, Grden CRB, Sousa JAV, Betiolli SE, Reche PM, Lourenço TM. Fatores sociodemográficos e clínicos associados à força de preensão manual e velocidade da marcha em longevos. Cogitare Enferm. 2017[citado em 2020 set. 3];22(3):1-10. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/50464

Lenardt MH, Binotto MA, Carneiro NHK, Cechinel C, Betiolli SE, Lourenço TM. Handgrip strength and physical activity in frail elderly. Rev Esc Enferm USP. 2016[citado em 2020 set. 3];50(1):86-92. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342016000100086

Lima TR, Silva DAS, Castro JAC, Christofaro DGD. Handgrip strength and associated sociodemographic and lifestyle factors: a systematic review of the adult population. J Bodyw Mov Ther. [Internet]. 2017[citado em 2020 set. 3];21(2):401-13. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28532885

Gale CR, Martyn CN, Cooper C, Sayer AA. Grip strength, body composition, and mortality. Int J Epidemiol. [Internet]. 2007[citado em 2022 dez. 30];36:228-35. Disponível em: https://doi.org/10.1093/ije/dyl224

Rijk JM, Roos PR, Deckx L, Van Den Akker M, Buntinx F. Prognostic value of handgrip strength in people aged 60 years and older: A systematic review and meta-analysis. Geriatr Gerontol Int. [Internet]. 2016[citado em 2020 set. 3];16(1):5-20. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26016893

Cawthon PM, Fox KM, Gandra SR, Delmonico MJ, Chiou CF, Anthony MS, et al. Do muscle mass, muscle density, strength, and physical function similarly influence risk of hospitalization in older adults? J Am Geriatr Soc. 2012[citado em 2020 set. 3];57(8):1411–9. Disponível em: https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.2009.02366.x

Olguín T, Bunout D, Maza MP, Barrera G, Hirsch H. Admission handgrip strength predicts functional decline in hospitalized patients. Clin Nutr ESPEN [Internet]. 2017[citado em 2020 set. 3];(17):28-32. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.clnesp.2016.12.001

Garre-Olmo J, Pujol XP, Garriga OT, López-Pousa S, Franch JV. Biopsychosocial differences between drivers and non-drivers over the age of 74. Arch Gerontol Geriatr. [Internet]. 2009[citado em 2020 set. 3];49(3):355-9. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.archger.2008.11.012

Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. Uso de benzodiazepínicos e risco de acidente de trânsito. São Paulo: AMB/CFM; 2012.

Gnjidic D, Hilmer SN, Blyth FM, Naganathan A, Waite L, Seibe MJ, et al. Polypharmacy cutoff and outcomes: five or more medicines were used to identify community-dwelling older men at risk of different adverse outcomes. J Clin Epidemiol. [Internet]. 2012[citado em 2020 set. 3];65(9):989-95. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0895435612000844?via%3Dihub

Dent E, Lien C, Lim WS, Wong WC, Wong CH, Pin T, et al. The Asia-pacific clinical practice guidelines for the management of frailty. J Am Med Dir Assoc. 2017[citado em 2020 set. 3];18(7):564-75. Disponível em: https://www.jamda.com/article/S1525-8610(17)30241-4/fulltext

O'Mahony D, O'Sullivan D, Byrne S, O'Connor MN, Ryan C, Gallagher P. STOPP/START criteria for potentially inappropriate prescribing in older people: version 2. Age Ageing [Internet]. 2015[citado em 2020 set. 3];44(2):213-8. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4339726/#__ffn_sectitle

Gallagher P, Ryan C, Byrne S. STOPP (Screening Tool of Older Person's Prescriptions) and START (Screening Tool to Alert doctors to Right Treatment). Consensus validation. Int J Clin Parmacol Ther. [Internet]. 2008[citado em 2020 set. 3];46(2):72-83. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18218287

Gasparini EMT, Rodrigues RAP, Fabricio-Wehbe SCC, Fhon JRS, Diniz MA, Kusumota L. Uso de tecnologías de asistencia y fragilidad en adultos mayores de 80 años y más. Enferm Univ. [Internet]. 2016[citado em 2020 set. 3];13(3):151-8. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.reu.2016.06.001

Arquivos adicionais

Publicado

11-05-2023

Como Citar

1.
Lenardt MH, Lourenço TM, Betiolli SE, Binotto MA, Cechinel C, Barbiero MMA. Fatores sociodemográficos e clínicos associados à força de preensão manual de idosos condutores de veículos . REME Rev Min Enferm. [Internet]. 11º de maio de 2023 [citado 6º de novembro de 2024];27. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/40468

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)