Vítimas de acidente motociclístico atendidas em hospital público de ensino
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v22i1.49682Palavras-chave:
Acidentes, Causas Externas, Motocicletas, Enfermagem, Acidentes de Trânsito, Serviços Médicos de EmergênciaResumo
As causas externas são definidas como traumatismos, lesões ou quaisquer outros agravos à saúde de natureza intencional ou não. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil sociodemográfico das vítimas de trauma por acidente de motocicleta e identificar a frequência desses eventos. Tratou-se de estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo-exploratório, desenvolvido no Hospital de Clínicas de uma universidade pública de Minas Gerais. A amostra foi composta de 64 prontuários de acidentes motociclísticos. Esses pacientes eram maiores de 14 anos, permaneceram internados até a alta hospitalar, transferência ou óbito. Foi utilizado um instrumento adaptado composto por variáveis sociodemográficas e aspectos relacionados ao evento traumático. Foi evidenciado que a maioria dos pacientes era procedente de Uberaba, com ensino fundamental completo, sexo masculino, na faixa etária de 20 a 29 anos, cor de pele branca. O principal diagnóstico médico foi o de fratura da diáfise da tíbia. A maioria das lesões anatômicas era localizada nos membros inferiores, sendo a permanência hospitalar média de 7,0 dias. Prevaleceu o período noturno e o domingo como de maior ocorrência de acidentes. Os meses de março e julho tiveram maior frequência de internação. De acordo com a Escala de Rankin, as vítimas tiveram alta com incapacidade moderada. Pode-se concluir que os acidentes motociclísticos são frequentes em nosso meio, caracterizando um problema de saúde pública, com risco de morte ou de sequelas incapacitantes. Estudos como este podem fornecer subsídio para elaboração de políticas públicas, para implementar medidas preventivas e de promoção à saúde.
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