Práticas preventivas de declínio cognitivo realizadas por idosos e fatores associados
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20190114Palavras-chave:
Cognição, Idoso, Prevenção de Doenças, Enfermagem GeriátricaResumo
Objetivo: analisar a prevalência de práticas preventivas de declínio cognitivo (DC) entre idosos e os fatores sociodemográficos e de saúde associados. Metodologia: estudo transversal, analítico, desenvolvido com 557 idosos atendidos nas unidades de saúde da família do município de Tangará da Serra-MT. Os dados foram obtidos por meio de entrevista, com utilização de instrumento contendo características sociodemográficas, condições de saúde e práticas preventivas de DC realizadas por idosos e aplicação da escala de depressão geriátrica abreviada e do índice de Barthel. Foi realizada análise bivariada entre as variáveis independentes e práticas preventivas de DC para verificação de associação (p<0,05) por meio do teste x2 de Pearson. As variáveis que apresentaram associação com valor de p<0,20 foram selecionadas para a entrada no modelo de regressão múltipla de Poisson pelo método stepwise forward. Resultados: a prevalência de práticas preventivas de DC foi de 55,1%. Foi encontrada associação entre práticas preventivas de DC e as variáveis escolaridade (p<0,001), situação ocupacional (p<0,001), capacidade funcional (p=0,017), sexo (p<0,001) e autoavaliação de saúde (p=0,028). Conclusão: a realização de práticas preventivas de DC se deu na maioria dos participantes e não foi previamente documentada em outros estudos. Idosos do sexo feminino, funcionalmente independentes, com alto nível de escolaridade, que estão trabalhando e autoavaliaram sua saúde como regular realizaram mais práticas preventivas de DC. Esses resultados são importantes, uma vez que mostram quais são as características dessa população que devem ser levadas em consideração no planejamento de ações para a promoção da saúde cognitiva.
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