Análise de sobrevida de pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica invasiva
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762-20210020Palavras-chave:
Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica, Segurança do Paciente, Infecção Hospitalar, Hospitais Universitários, Unidades de Terapia Intensiva, Cuidados Críticos.Resumo
Objetivo: analisar a sobrevida de pacientes notificados com pneumonia associada à ventilação mecânica invasiva assistidos em unidade de terapia intensiva. Método: estudo analítico, transversal e retrospectivo desenvolvido no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio da consulta às planilhas do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, com amostra equivalente a 36 pacientes. O método Kaplan-Meier foi utilizado para a análise de sobrevida e o teste de log rank para a comparação das curvas. Resultados: 23 (63,9%) eram do sexo masculino, com faixa etária de 60 anos ou mais - 20 (55,6%); mantendo via aérea por tubo orotraqueal - 21 (58,3%). O microrganismo mais comum foi Acinetobacter baumanni - 11 (30,6%) - e a classe de antimicrobiano mais utilizada foi a de antifúngicos - 51 (27,5%). Entre os diagnósticos, o mais prevalente foi neoplasia maligna - sete (19,5%). A curva de Kaplan-Meier demonstrou que a taxa global de sobrevida no estudo foi de 63,9% até 15 dias de seguimento. Ocorreu maior sobrevida em pacientes do sexo feminino (69,2%), na faixa etária entre 19 e 59 anos (68,8%), traqueostomizados (73,3%), notificados com Pseudomonas aeruginosas (71,4%) e em uso de polimixina (78,9%). Conclusão: a etiologia da pneumonia pode influenciar diretamente no agravamento do prognóstico e apresenta relação com aumento da taxa de mortalidade e sobrevida. Assim, é importante reforçar a efetivação de uso de protocolos voltados para a segurança do paciente e da capacitação dos profissionais de saúde para essa realidade.
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