Entre a seda e a nota

o papel das mulheres no tráfico de drogas

Autores

  • Rafael Quirino Oliveira Gonçalves Universidade Federal de Minas Gerais
  • Camila Aparecida Penaforte Universidade Federal de Minas Gerais
  • Gisele Silva Costa Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.35699/2525-8036.2019.15847

Palavras-chave:

Crime, Trafico de drogas, Mulher no tráfico, Encarceramento Feminino

Resumo

O presente trabalho visa compreender qual o papel das mulheres no tráfico de drogas a partir da base de dados produzida na PIEP[1] pelo CRISP-UFMG[2] através de survey e de entrevistas, em pesquisa intitulada “Amor bandido é chave de cadeia?”. A metodologia usada é a quantitativa, a partir dos dados do survey uma análise das frequências, de modo a identificar quais são os modos de atuação das mulheres presas nas redes de tráfico. Foi tomado como referência teórica os estudos de Lúcia Lamounier Sena (2015) para pensar as dinâmicas das redes de tráfico e os estudos de Manuela Valência e Helena Castro (2018), para pensar as formas de analisar as informações sobre um presídio específico e compreender a atuação feminina na dinâmica do tráfico. Após as análises dos dados chegamos à conclusão que as mulheres se ligam ao tráfico por meio de sua rede social, por convite de amigos, familiares, companheiros e vizinhos. Além disso, o flagrante policial é determinante na construção do crime, ao mesmo tempo em que essas mulheres são detidas com drogas, dinheiro, mas na maioria dos casos sem fazer o uso de armas de fogo, o que demonstra a atuação desligada da violência, e voltada para atendimento de demandas sócio-econômicas que praticamente obrigam essas mulheres a se ligar a uma rede de tráfico de drogas.

[1] Complexo Penitenciário Estevão Pinto.

[2] Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública

 

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Biografia do Autor

Rafael Quirino Oliveira Gonçalves, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2019. Email: rafaelquirino94@gmail.com.

Camila Aparecida Penaforte, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduanda do sexto período em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Email: camila.penaforte.penaforte@gmail.com.

Gisele Silva Costa, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduanda do sexto período de Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Email: giselecosta.cp@gmail.com.

Referências

JESUS, Maria Gorete de. O que está no mundo não está nos autos: a construção das verdades jurídicas nos processos criminais de tráfico de drogas. Tese (doutorado em sociologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo. p 276. 2016.

SENA, Lúcia Lamounier. I Love my White: mulheres no registro do tráfico ilegal de drogas. Tese de Doutorado. Tese de Doutorado, 2015. Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. (Capítulo 3, funcionalidade moral)

VALENÇA, Manuela & CASTRO, Helena. Mulheres e Drogas sob o cerco policial. Revista Brasileira de Ciências Criminais , v. 146, p. 483-515, 2018.

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Publicado

31-12-2019

Como Citar

GONÇALVES, R. Q. O.; PENAFORTE, C. A.; COSTA, G. S. Entre a seda e a nota: o papel das mulheres no tráfico de drogas. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. 1–15, 2019. DOI: 10.35699/2525-8036.2019.15847. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e15847. Acesso em: 12 nov. 2024.