El caso So Sung-Wook y Kim Youn-Min
recientes (y limitados) avances legales con respecto al matrimonio LGBT+ en la República de Corea
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2025.58194Palabras clave:
Asia Oriental, Corea del Sur, Derechos civiles, Derechos Humanos, Discriminación sexualResumen
Aunque parte del pasado coreano, el folclore nacional tiene pocas referencias a la homosexualidad, que ha permanecido y sigue siendo un tabú en el país. Con el fortalecimiento del Confucianismo durante la Dinastía Joseon, los comportamientos fuera de la heteronormatividad pasaron a ser vistos como "desviados", ya que contradecían el ritual — considerado la base de la armonía y la cohesión social —, especialmente debido a las rígidas expectativas en torno al matrimonio y la continuidad familiar. Para Confucio, "al practicar el ritual, lo más importante es la armonía", siendo esta última siempre subordinada al ritual. Por esta razón, la comunidad LGBT+ surcoreana se autodenomina ibanin (이반인, "persona diferente"), en contraste con ilban-in (일반인, "persona normal"). Corea del Sur, al igual que otros países de Asia Oriental, tiene su influencia confuciana reflejada en prejuicios profundamente arraigados en el imaginario social y en el sistema jurídico, intensificados en el siglo XX por grupos neoconservadores protestantes. Este artículo analiza, a partir de esta base histórica, la situación legal de los derechos LGBT+ en Corea del Sur, centrándose en el precedente establecido por el caso So Sung-wook y Kim Yong-min, cuando el Tribunal Superior de Seúl y la Corte Suprema de Corea reconocieron el derecho matrimonial de cónyuges homoafectivos a la cobertura de seguro de salud, incluso sin validar legalmente el matrimonio.
Descargas
Referencias
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Provimento nº 73, de 28 de junho de 2018. Regulamenta a alteração de nome e gênero no registro civil de pessoas transgênero. Brasília, DF: CNJ, 2018. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2623. Acesso em: 28 fev. 2025.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.275/DF, Relator: Min. Marco Aurélio, 1 mar. 2018. Disponível em: portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2691371. Acesso em: 28 fev. 2025.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.277/DF. Relator: Min. Carlos Britto, julgado em 5 de maio de 2011.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 132/RJ. Relator: Min. Carlos Britto, julgado em 5 de maio de 2011.
CAPEZ, Fernando. A docilidade dos corpos na obra de Michel Foucault. Consultor Jurídico, [S. l.], 8 set. 2022. Disponível em: https://conjur.com.br/2022-set-08/controversias-juridicas-docilidade-corpos-obra-michel-foucault/. Acesso em: 28 fev. 2025.
CHOI, Hyung-Ki; YI, Huso; RYU, Ji-Kan; RHA, Koon Ho; LEE, Woong Hee. South Korea. In: FRANCOEUR, Robert T.; NOONAN, Raymond J. (Ed.). The Continuum Complete International Encyclopedia of Sexuality: Updated, with More Countries. New York (USA): The Continuum International Publishing Group Inc., 2004, p. 933-960.
CHOI, Kyung Suk. Korean History Read. Seul: Eulyu Culture History, 2016.
CONFÚCIO. Os Analectos. Trad. Pierre Ryckmans. 2. ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2005.
COREIA DO SUL. Seoul Godeung Beobwon [Tribunal Superior de Seul]. Processo Administrativo 32.797/2022 (2022누32797). Requerido: Agência Nacional de Seguro Saúde (NHIS). Sentença de 21 de fevereiro de 2023. Ementa: Cancelamento de imposição de prêmio de seguro (보험료부과처분취소). Disponível em: scourt.go.kr/portal/dcboard/DcNewsViewAction.work;jsessionid=0xP7WpQ1Dv67He5TV6LMP2ph6y6cT6aIn1c1CH6UQg7HOeq9xanSEipzS517lIu5.BJEUWS04_servlet_SCWWW?gubun=44&searchOption=&searchWord=&seqnum=24847. Acesso em: 27 fev. 2025.
COREIA DO SUL. Supreme Court of Korea [Suprema Corte da Coreia]. Processo de Apelação Administrativa 36.800/2023 (2023두36800). Requerente: Agência Nacional de Seguro Saúde (NHIS). Sentença de 18 de julho de 2024. Ementa: Cancelamento de imposição de prêmio de seguro (보험료부과처분취소). Disponível em: scourt.go.kr/supreme/news/NewsViewAction2.work?pageIndex=1&searchWord=&searchOption=&seqnum=9950&gubun=4&type=5. Acesso em: 27 fev. 2025.
COREIA DO SUL. Código Civil da República da Coreia (민법), de 1960. Seul: Assembleia Nacional, 1960. Disponível em: law.go.kr/법령/민법. Acesso em: 27 fev. 2025.
COREIA DO SUL. Constituição da República da Coreia (대한민국헌법), de 1987. Seul: Assembleia Nacional, 1987. Disponível em: law.go.kr/법령/대한민국헌법. Acesso em: 27 fev. 2025.
COREIA DO SUL. Suprema Corte. Decisão En banc 2005du14417, de 29 de outubro de 2007. Disponível em: casenote.kr/대법원/2005두14417. Acesso em: 4 nov. 2025.
COREIA DO SUL. Lei 18.748, de 11 de janeiro de 2022. Lei de Procedimento Administrativo (행정절차법). Seul: Ministério da Legislação Governamental (법제처), 2022. Disponível em: law.go.kr/법령/행정절차법. Acesso em: 10 mar. 2025.
COREIA DO SUL. Lei 19.148, de 27 de dezembro de 2022. Lei Básica de Administração (행정기본법). Seul: Ministério da Legislação Governamental. Disponível em: law.go.kr/법령/행정기본법. Acesso em: 10 mar. 2025.
COREIA DO SUL. Lei 19.841, de 26 de dezembro de 2023. Lei Nacional de Seguro de Saúde (국민건강보험법). Seul: Ministério da Legislação Governamental, 2023. Disponível em: law.go.kr/법령/국민건강보험법. Acesso em: 10 mar. 2025.
COREIA DO SUL. Lei 17.230, de 7 de dezembro de 2020. Lei de Proteção à Juventude (versão atualizada) (청소년 보호법). Seul: Ministério da Legislação Governamental, 2020. Disponível em: law.go.kr/법령/청소년보호법. Acesso em: 10 mar. 2025.
COREIA DO SUL. National Health Insurance Service [NHIS]. Seul: NHIS. Disponível em: https://www.nhis.or.kr/nhis/index.do. Acesso em: 4 nov. 2025.
CUMINGS, Bruce. Korea’s Place in the Sun: A Modern History. New York: W.W. Norton & Company, 17 set. 2005.
DA REDAÇÃO. Casais gays têm vitória na Coreia do Sul com garantia de direitos maritais. Veja, São Paulo, 18 jul. 2024. Disponível em: https://veja.abril.com.br/mundo/casais-gays-tem-vitoria-na-coreia-do-sul-com-garantia-de-direitos-maritais. Acesso em: 28 fev. 2025.
ELIASSEN, Isabel; RICH, Timothy S. What's Behind South Korea's Persistent LGBT Intolerance? The Diplomat, [S.l.], 19 mar. 2019. Disponível em: thediplomat.com/2019/03/whats-behind-south-koreas-persistent-lgbt-intolerance/. Acesso em: 16 mar. 2025.
ESTADÃO CONTEÚDO. Coreia do Sul: Primeira lei sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo vai ao Parlamento. Exame, [S. l.], 28 fev. 2023. Disponível em: https://exame.com/mundo/coreia-do-sul-primeira-lei-sobre-casamento-entre-pessoas-do-mesmo-sexo-vai-ao-parlamento/. Acesso em: 28 fev. 2025.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA [USA]. Department of State. Country Reports on Human Rights Practices for 2004: Republic of Korea. Washington, DC, 28 fev. 2005. Disponível em: http://www.state.gov/g/drl/rls/hrrpt/2004/41647.htm. Acesso em: 13 mar. 2025.
G1. Justiça da Coreia do Sul reconhece direitos de casais homoafetivos. G1, 22 fev. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/02/22/justica-da-coreia-do-sul-reconhece-direitos-de-casais-homoafetivos.ghtml. Acesso em: 12 mar. 2025.
IM, Myeong-gyu. Tribunal reconhece pela primeira vez direitos legais de casais do mesmo sexo [동성부부 법적 권리 첫 인정]. KBS News, Seul, 18 jul. 2024. Disponível em: https://news.kbs.co.kr/news/pc/view/view.do?ncd=8015566. Acesso em: 27 fev. 2025.
INTERNATIONAL GAY AND LESBIAN HUMAN RIGHTS COMMISSION (IGLHRC). Republic of Korea: Homosexuality Removed from Classification of "Harmful and Obscene" in Youth Protection Law. [S.l.]: IGLHRC, 22 abr. 2003. Disponível em: www.iglhrc.org/site/iglhrc/section.php?id=5&detail=421. Acesso em: 12 mar. 2025.
KANG, In-Cheol. Pró-Estados Unidos, anticomunistas e hostis à Coreia do Norte: Os evangélicos sul-coreanos na arena política. Le Monde Diplomatique Brasil, [S.l.], ano 14, ed. 158, 1 set. 2020. Disponível em: diplomatique.org.br/os-evangelicos-sul-coreanos-na-arena-politica/. Acesso em: 5 mar. 2025.
KIM, Hyun-soo. Same-sex couples to file suit seeking legalization of same-sex marriage in South Korea. Yonhap News, Seul, 10 out. 2024. Disponível em: https://en.yna.co.kr/view/AEN20241010008800315. Acesso em: 15 mar. 2025.
KIM, Jeong-Oh; KIM, Hak-Tai; PARK, Joon-Seok; SHIN, Dong-Ryong. Philosophy of Law in Korea: Acceptance, Engagement and Social Change. London: Routledge, 2022.
KIM, Sungmoon. Confucianism, Law, and Democracy in Contemporary Korea. London: Rowman & Littlefield Unlimited Model, 2015.
KIM, Young‐Gwan; HAHN, Sook‐Ja. Homosexuality in ancient and modern Korea. Culture, Health & Sexuality, v. 8, n. 1, p. 59-65, 2006.
MARTIN, Fran; BERRY, Chris. Queer Asian on the Net: syncretic sexualities in Taiwan and Korean cyberspaces. Critical in Queeries, v. 2, n. 1, p. 67-93, 1998.
COREIA DO SUL. Ministry of Culture, Sports and Tourism [MCST]. Korean Cultural Center. Seul: MCST, 2025. Disponível em: https://brazil.korean-culture.org/pt/139/korea/39. Acesso em: 2 mar. 2025.
MIN, Seong-jae. Korea needs to play catch-up on LGBTQ rights, issues. The Korea Times, Seul, 3 jun. 2024. Disponível em: koreatimes.co.kr/www/opinion/2025/02/137_375826.html. Acesso em: 9 mar. 2025.
NAARANOJA, Kata R. South Korean University Students’ Attitudes toward Homosexuality and LGBT Issues. 2016. 79 f. Dissertação (Mestrado em Estudos do Leste Asiático) – Universidade de Helsinque, Helsinque, 2016.
NEFF, Robert. Homosexuality in Joseon Kingdom era. The Korea Times, Seul, 5 abr. 2013: m.koreatimes.co.kr/pages/article.asp?newsIdx=133405. Acesso em: 28 fev. 2025.
OH, Se-jin. Pessoas LGBTQ+ veem esperança no primeiro reconhecimento de direitos legais para casais do mesmo sexo [동성부부 법적 권리 첫 인정에 ‘희망’ 품는 성소수자들]. The Hankyoreh [한겨레], Seul, 19 jul. 2024. Disponível em: www.hani.co.kr/arti/society/society_general/1149860.html. Acesso em: 11 mar. 2025.
OLIVEIRA, Greyce. A luta da população transgênero sul-coreana por reconhecimento e aceitação. KoreaIN, [S. l.], 30 jan. 2022. Disponível em: revistakoreain.com.br/2022/01/a-luta-da-populacao-transgenero-sul-coreana-por-reconhecimento-e-aceitacao/. Acesso em: 28 fev. 2025.
POUSHTER, Jacob; KENT, Nicholas. The Global Divide on Homosexuality Persists: But increasing acceptance in many countries over past two decades. [S.l.]: Pew Research Center, 25 jun. 2020. Disponível em: pewresearch.org/global/2020/06/25/global-divide-on-homosexuality-persists/. Acesso em: 8 mar. 2025.
RASHID, Raphael. A Small Group in South Korea Has a Big Homophobic Agenda. The New York Times, 28 abr. 2024. Disponível em: https://www.nytimes.com/2024/04/28/opinion/south-korea-homophobia-christians.html. Acesso em: 10 fev. 2025.
SANTOS, Cecília MacDowell; SANTOS, Ana Cristina; DUARTE, Madalena; LIMA, Teresa Maneca. Homoparentalidade e desafios ao direito: O caso Silva Mouta na justiça portuguesa e no Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 87, 2009. Disponível em: http://journals.openedition.org/rccs/1437. Acesso em: 27 fev. 2025.
SILVA, Elder Luan Santos. Neoconservadorismo e Ofensivas antigênero no Brasil: A mobilização da “Ideologia de Gênero” e a produção de LGBTfobias no Governo Bolsonaro. Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, v. 4, n. 14, p. 331-363, 2021.
YANG, Jin-ha; SHIN, Eun-byeol. [단독] 주한 외교관 ‘동성배우자’ 지위 인정한 청와대 [Casa Azul reconhece o status de diplomatas na Coreia como “cônjuges do mesmo sexo”]. Hankook Ilbo, Seul, 21 out. 2019. Disponível em: www.hankookilbo.com/News/Read/201910201790755799. Acesso em: 17 mar. 2025.
YI, Huso. Life and Death in Queer Korea: Part 3 - Civil Rights and Wrongs. The Gully, 6 jun. 2003. Disponível em: thegully.com/essays/asia/030606_korea_gay_rights.html. Acesso em: 9 mar. 2025.
YOON, Min-sik. Where does Korea stand on same-sex marriage? The Korea Herald, Seul, 20 mar. 2023. Disponível em: koreaherald.com/article/3083968. Acesso em: 11 mar. 2025.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Arthur Melillo Ramos

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.
