El Estado y la construcción de la identidad nacional

la enseñanza de la Historia en las escuelas brasileñas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2525-8036.2025.58826

Palabras clave:

Identidad nacional, Educación brasileña, Historiografía, Papel del Estado, Colonialismo y educación

Resumen

Este artículo tiene como objetivo analizar de manera crítica el papel del Estado en la formación de la identidad nacional brasileña, centrándose en la instrumentalización de la educación y la enseñanza de la Historia en las escuelas, a partir de una revisión bibliográfica que discute la historiografía tradicional. El análisis contextualiza cómo, desde el período colonial y las Reformas Pombalinas hasta el siglo XX, abarcando la República Vieja, la Era Vargas y la Dictadura Militar, la enseñanza de la Historia fue estratégicamente moldeada para consolidar una identidad homogénea y eurocéntrica, silenciando voces populares y experiencias de resistencia. El análisis se extiende al Novo Ensino Médio (Nuevo Bachillerato), identificando retrocesos que evocan estrategias autoritarias y comprometen la formación ciudadana crítica. Se concluye con la urgencia de reformular las prácticas educativas, valorando la pluralidad de sujetos históricos que, en la cotidianidad, construyen la nación brasileña.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Vitoria de Souza Fagundes, Universidade Federal de Minas Gerais

    Graduanda em Ciências do Estado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil. Atua em pesquisa com ênfase em Teoria Social, Constitucionalismo e Filosofia Política, com foco na interseccionalidade entre gênero, raça e Estado. Sob a orientação do Prof. Dr. David F. L. Gomes, desenvolve o projeto de Iniciação Científica "Constitucionalismo, Estado e Raça no Brasil". Possui formação acadêmica interdisciplinar, com fluência em inglês e espanhol e participação em cursos complementares nas áreas das ciências humanas e jurídicas. ORCID: https://orcid.org/0009-0000-9810-9693. Contato: mordosonhador@gmail.com. 

Referencias

ABUD, Katia Maria. Formação da Alma e do Caráter Nacional: Ensino de História na Era Vargas. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 18, n. 36, p. 14-23, 1998.

AMBONI, Vanderlei. Estudos sobre a "Memória" que Martim Francisco apresentou à Constituinte de 1823 para a criação do sistema nacional de educação. In: VII Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas, 2006, Campinas. Anais do VII Seminário Nacional do HISTEDBR, v. 1, p. 1-25.

BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

BITTENCOURT, Circe Fernandes. Reflexões sobre o ensino da História. Revista Estudos avançados, São Paulo, v. 32, n. 93, p. 129-149, 2018.

BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 18 de setembro de 1946). A Mesa da Assembléia Constituinte promulga a Constituição dos Estados Unidos do Brasil e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, nos termos dos seus arts. 218 e 36, respectivamente, e manda a todas as autoridades, às quais couber o conhecimento e a execução desses atos, que os executem e façam executar e observar fiel e inteiramente como neles se contêm. Brasília, DF: Presidência da República, 1946.

BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de Janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. DF: Presidência da República, 2003.

BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 Março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF: Presidência da República, 2008.

BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de Agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. DF: Presidência da República, 1971.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. DF: Presidência da República, 1996.

CALDEIRA, Ana Paula Sampaio. O lugar do ensino de História no Brasil da redemocratização. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.

CERRI, Luis Fernando; CAIMI, Flávia Eloísa; MISTURA, Letícia. A força da cultura histórica: representações de estudantes brasileiros sobre heróis nacionais. Educar em Revista, Curitiba, v. 28, n. 51, p. 19–36, 2012.

FERNANDES, Circe Maria. Reflexões sobre o ensino de História. São Paulo: Cortez, 1995.

FERRETTI, Celso João. A reforma do Ensino Médio e sua questionável concepção de qualidade da educação. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 12, n. 23, p. 447-463, 2018.

FONSECA, Sônia Maria. Reformas Pombalinas de Educação. HistedBR, Campinas, 2006. Disponível em: https://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/reformas-pombalinas-de-educacao. Acesso em: 20 dez. 2025.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FOUCAULT, Michel. Segurança, território, população: curso no Collège de France (1977-1978). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

FREITAS, Marcos Cezar de. Historiografia brasileira e ensino de História: novos temas, novos itinerários. São Paulo: Contexto, 2010.

FURET, François. O passado de uma ilusão. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

GONTIJO, Rebeca. Educação e identidade nacional na Primeira República. Brasília: MEC/Inep, 1999.

NADAI, Elza. História, identidade nacional e ensino de História: uma abordagem crítica. São Paulo: Edusp, 1992.

ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

PASINATO, Wiliam. Manifesto dos Educadores Mais Uma Vez Convocados: uma análise política e educacional. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, Campinas, v. 24, n. 1, p. 7-15, 2008.

PEREIRA, Jefferson da Silva. O Ensino de História durante a Ditadura Militar (1964–1985). São Paulo: Expressão Popular, 2019.

SECO, Ana Paula. AMARAL, Tania Conceição Iglesias do. Marquês de Pompal e a Reforma Educacional Brasileira. HistedBR, Campinas, 2006

SILVA, Edna Maria Lopes da. A reforma do Ensino Médio e a exclusão das Ciências Humanas. Revista Educação & Sociedade, Campinas, v. 42, p. 1-15, 2021.

SILVA, Marcos Antônio; FONSECA, Selva Guimarães. Ensino de história hoje: errâncias, conquistas e perdas. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 31, n. 60, p. 13-33, 2010.

THIESSE, Anne-Marie. A criação das identidades nacionais: Europa, século XIX. São Paulo: UNESP, 1999.

TOKARNIA, Mariana. Escolas foram usadas para difundir ideologia autoritária na ditadura. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 01 abr. 2024. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2024-04/escolas-foram-usadas-para-ideologia-autoritaria-na-ditadura. Acesso em: 20 dez. 2025.

VITORINO, Arthur José; BELOTO, Gisele Maria. A gênese do ensino de história no Brasil: projeto para a construção da identidade nacional. Revista História Hoje, v. 10, n. 20, p. 89–103, 2021. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/20445. Acesso em: 20 dez. 2025.

VOLPI, Marcos. Adolescência, juventude e evasão escolar. Brasília: Unicef, 2014.

Publicado

20-12-2025

Cómo citar

FAGUNDES, Vitoria de Souza. El Estado y la construcción de la identidad nacional: la enseñanza de la Historia en las escuelas brasileñas. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 1–20, 2025. DOI: 10.35699/2525-8036.2025.58826. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e58826. Acesso em: 22 dec. 2025.