Lukács
trabalho, modos de produção e ontologia
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.25171Palavras-chave:
Ontologia, Trabalho, Economia, Modos de produção, CapitalismoResumo
O presente texto visa demonstrar, da perspectiva da ontologia do ser social, os aspectos gerais que o movimento imanente das categorias econômicas nascidas do trabalho perfaz historicamente através dos diferentes modos de produção da riqueza material. À luz de Para a ontologia do ser social, do filósofo húngaro György Lukács, buscamos evidenciar as principais mediações econômicas e sociais que intervêm objetivamente para fazer surgir e consolidar a linha evolutiva da crescente socialidade do ser social, cujo princípio determinante é o constante afastamento das barreiras naturais. Veremos que nesse processo é a ação das forças produtivas sobre a sociedade a potência social decisiva que impulsiona o desenvolvimento social como um todo, através do deslocamento crescente da naturalidade operante nas primeiras formações sociais, a ingressar na circulação de mercadorias e, por meio desta, a alcançar a sociabilidade pura do capital. Observaremos, ainda, que o progresso social objetivo a que o imanente desenvolvimento das categorias econômicas conduz, ao chegar ao capitalismo revela tendências fundamentais como o predomínio da mais-valia relativa na extração do trabalho excedente e a manipulação como mediação que articula as necessidades da produção ao consumo de mercadorias, cuja compreensão é imprescindível para o futuro da reprodução social como um todo.
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