Poder constituyente originario y principio de la dignidad de la persona humana
una relación necesaria en el Estado Democrático de Derecho
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2024.52201Palabras clave:
Derecho constitucional, Poder constituyente originario, Constitución, Dignidad de la persona humana, Estado Democrático de DerechoResumen
La ilimitación tradicionalmente atribuida al poder constituyente originario en la literatura constitucional se muestra incompatible con el paradigma del Estado Democrático de Derecho. Dicho esto, partiendo de una comprensión contextual de la teoría clásica, articulada durante la Revolución Francesa, a finales del siglo XVIII, esta investigación desarrolla una relectura del poder constituyente. Para eso, se recorren los debates doctrinales en torno a las características definitorias y a la naturaleza de la autoridad encargada de producir la Ley Mayor, es decir, la Constitución, dando origen al Estado. Además, se investiga la interfaz establecida entre la titularidad del poder originario y la legitimidad de su obra, proporcionando una lectura crítica – y necesariamente pluralista – del alcance conceptual y de la centralidad asumida por el elemento pueblo en el proceso constituyente. Finalmente, la investigación se centra en sistematizar las contribuciones teóricas que sostienen la incidencia de límites en la actividad del poder constituyente originario. Tras la identificación de que se trata de una manifestación limitada desde el punto de vista jurídico, se concluye que el imperativo de protección de la dignidad de la persona humana establece un límite material al ejercicio del poder creador de la Constitución, de modo que se prefigura la ilegitimidad de la disciplina constitucional en caso de violación al principio en cuestión.
Descargas
Referencias
ACKERMAN, Bruce. We the people I: fundamentos de la historia constitucional estadounidense. Trad. Josep Sarret Grau. Quito: Instituto de Altos Estudios Nacionales del Ecuador, 2015.
AZEVEDO, Antonio Junqueira de. Caracterização jurídica da dignidade da pessoa humana. Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, v. 97, p. 107-125, 2002. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67536. Acesso em: 16 fev. 2024.
BACHOF, Otto. Normas constitucionais inconstitucionais? Trad. José Manuel M. Cardoso da Costa. Coimbra: Almedina, 2008.
BARROSO, Luis Roberto. Curso de Direito constitucional contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. São Paulo: Saraiva, 2009.
BARROSO, Luis Roberto. Poder constituinte e política ordinária. Migalhas de peso, 10 ago. 2006. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/28509/poder-constituinte-e-politica-ordinaria. Acesso em: 26 fev. 2024.
BEDÊ JUNIOR, Américo. Constitucionalismo sob a ditadura militar de 64 a 85. Revista de Informação Legislativa, v. 50, n. 197, p. 161-174, jan./mar. 2013. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/496978. Acesso em: 25 out. 2024.
BERCOVICI, Gilberto. O poder constituinte do povo no Brasil: um roteiro de pesquisa sobre a crise constituinte. Lua Nova, n. 88, p. 305-325, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-64452013000100010. Acesso em: 11 mar. 2024.
BOBBIO, Noberto. Jusnaturalismo e positivismo jurídico. Trad. Jaime A. Clasen. 1. ed. São Paulo: Editora Unesp; Instituto Norberto Bobbio, 2016.
BOBBIO, Norberto. O tempo da memória: de senectute e outros escritos autobiográficos. Trad. Daniela Versiani. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2004.
BONAVIDES, Paulo; ANDRADE, Paes de. História constitucional do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Poder constituinte. In: MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito constitucional. 10. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 103-134.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação direta de inconstitucionalidade nº 815-3/DF. Ação direta de inconstitucionalidade. Parágrafos 1º e 2º do artigo 45 da Constituição Federal. Relator: Min. Moreira Alves, 28 mar. 1996. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266547. Acesso em: 27 out. 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental na ação direta de inconstitucionalidade nº 4.097-9/DF. ADI. Inadmissibilidade. Art. 14, § 4º, da CF. Norma constitucional originária. Objeto nomológico insuscetível de controle de constitucionalidade. Princípio da unidade hierárquico-normativa e caráter rígido da Constituição brasileira. Doutrina. Precedentes. Carência da ação. Inépcia reconhecida. Indeferimento da petição inicial. Agravo improvido. Não se admite controle concentrado ou difuso de constitucionalidade de normas produzidas pelo poder constituinte originário. Relator: Min. Cezar Peluso, 8 out. 2008. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=559799. Acesso em: 27 out. 2024.
BRITTO, Carlos Ayres. Teoria da Constituição. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito constitucional. 9. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2015.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição. 7. ed., 11. reimp. Coimbra: Almedina, 2012.
CARVALHO NETTO, Menelick de. A hermenêutica constitucional sob o paradigma do Estado Democrático de Direito. In: OLIVEIRA, Marcelo Andrade Cattoni de (coord). Jurisdição e hermenêutica constitucional no Estado Democrático de Direito. Belo Horizonte: Mandamentos, 2004, p. 25-44.
COELHO, Paulo Magalhães da Costa. O poder constituinte e a construção das utopias: suas possibilidades e limites. Revista do Instituto de Pesquisas e Estudos, v. 40, n. 45, p. 291-313, jan./jun. 2006. Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/18564. Acesso em: 4 mar. 2024.
CRUZ, Álvaro Ricardo de Souza. Poder constituinte e patriotismo constitucional. In: CRUZ, Álvaro Ricardo de Souza (org.). Constitucionalismo discursivo. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2015, p. 222-269.
FAORO, Raymundo. A República inacabada. Organização e prefácio: Fábio Konder Comparato. São Paulo: Globo, 2013.
FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito constitucional. 13. ed. rev., atual. e ampl. Salvador: Juspodivm, 2021.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. O poder constituinte. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
FONTELES, Samuel Sales. Constitucionalismo idílico. In: RIBEIRO, Carlos Vinícius Alves; TOFFOLI, Dias; RODRIGUES JUNIOR, Otávio Luiz (coord.). Estado, Direito e democracia: estudos em homenagem ao Prof. Dr. Augusto Aras. Belo Horizonte: Fórum, 2021, p. 411-427.
GARGARELLA, Roberto. La sala de máquinas de la Constitución: dos siglos de constitucionalismo en América Latina (1810-2010). Buenos Aires: Katz Editores, 2014.
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Trad. Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997, v. 2.
HORTA, Raul Machado. Reflexões sobre a Constituinte. Revista de Informação Legislativa, v. 23, n. 89, p. 5-32, jan./mar. 1986. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/181665. Acesso em: 7 out. 2023.
LEAL, Rogério Gesta. Teoria do Estado: cidadania e poder político na modernidade. 2. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001.
LEFEBVRE, Georges. 1789: o surgimento da Revolução Francesa. Trad. Cláudia Schilling. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. O decisionismo jurídico de Carl Schmitt. Lua Nova, n. 32, p. 201-215, 1994. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-64451994000100011. Acesso em: 23 out. 2024.
MCCRUDDEN, Christopher. Human dignity and judicial interpretation of human rights. European Journal of international Law, v. 19, n. 4, p. 655-724, set. 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1093/ejil/chn043. Acesso em: 14 fev. 2024.
PIRES, Matheus Conde; LIMA, Jairo. Quando a democracia encontra o constitucionalismo: a dupla face da teoria constitucional de Sieyès. Duc in Altum – Cadernos de Direito, v. 13, n. 31, p. 156-183, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.22293/2179507x.v13i31.2179. Acesso em: 12 set. 2023.
RIOS JUNIOR, Carlos Alberto dos. Direitos das minorias e limites jurídicos ao poder constituinte originário. São Paulo: Edipro, 2013.
ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. O princípio da dignidade da pessoa humana e a exclusão social. Revista do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos, v. 2, n. 2, p. 49-67, 2001. Disponível em: https://revista.ibdh.org.br/index.php/ibdh/article/view/29. Acesso em: 19 ago. 2023.
ROUSSEAU, Dominique. Radicalizar a democracia: proposições para uma refundação. Trad. Anderson Vichinkeski Teixeira. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2019.
SÁ, Ana Paula Barbosa de. O poder constituinte originário e sua limitação material pelos tratados internacionais de direitos humanos. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, v. 38, n. 1, p. 77-102, jan./jun. 2010. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistafadir/article/view/18366. Acesso em: 11 ago. 2023.
SALDANHA, Nélson. O poder constituinte. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1986.
SARMENTO, Daniel. Dignidade da pessoa humana: conteúdo, trajetórias e metodologia. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
SCHMITT, Carl. Teologia política. Trad. Elisete Antoniuk. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
SIEYÈS, Emmanuel Joseph. A Constituinte burguesa: qu’est-ce que le Tiers État? Trad. Norma Azevedo. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001.
SILVA, Virgílio Afonso da. Direito constitucional brasileiro. 1. ed., 1. reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2021.
TEMER, Michel. Elementos de Direito constitucional. 22. ed. 2. tiragem. São Paulo: Malheiros Editores, 2008.
VIEIRA, José Ribas. Prefácio. In: SIEYÈS, Emmanuel Joseph. A Constituinte burguesa: qu’est-ce que le Tiers État? Trad. Norma Azevedo. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001, p. xv-xxv.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Vinícius Dias Alves

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.
