Quando as imagens tocam o real
Resumo
Partindo da hipótese de que a imagem arde em seu contato com o real, levanta-se a questão: a que tipo de conhecimento pode dar lugar a imagem? Pra dar resposta a essa pergunta seria necessário retornar e reorganizar uma enorme quantidade de material histórico e teórico. Talvez baste, para dar uma idéia do caráter crucial de tal conhecimento - quer dizer, de seu caráter não específico e não fechado, devido à sua natureza mesma de cruz, de “encruzilhada dos caminhos” - recordar que a seção imaginar da Biblioteca de Warburg, com todos seus livros de história, de arte, de ilustração científica ou de imaginário político, não pode entender-se, nem sequer pode utilizar-se, sem o uso cruzado, crucial, de outras duas seções intituladas Falar e Atuar. Atravessando os postulados de Aby Warburg e Walter Benjamin, entre outros, este texto argumenta que a imagem não é um simples corte praticado no mundo dos aspectos visíveis. É uma impressão, um rastro, um traço visual do tempo que quis tocar, mas também de outros tempos suplementares - fatalmente anacrônicos, heterogêneos entre eles - que, como arte da memória, não pode aglutinar.
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