A COLEÇÃO DE ABELARDO RODRIGUES
ENTRE ACERVOS, DISPUTAS E REPRESENTAÇÕES
Palavras-chave:
Arte sacra brasileira, Coleção privada, Instituições museológicasResumo
Em 1972, com a morte do artista plástico e colecionador Abelardo Rodrigues, abriu-se uma disputa entre os governos de Pernambuco e Bahia pela posse de peças de arte sacra pertencentes à coleção de Rodrigues. O litígio só fora resolvido com a decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro, em agosto de 1975, em favor do governo da Bahia. Como forma de reparar esse dano moral e patrimonial, o Estado de Pernambuco adquiriu o restante da coleção de Rodrigues em 1982 e destinou parte dela ao acervo do Museu de Arte Contemporânea em Olinda. O presente trabalho busca mapear o desdobramento desta disputa e da divisão da coleção original entre dois museus brasileiros
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