A COLEÇÃO DE ABELARDO RODRIGUES

ENTRE ACERVOS, DISPUTAS E REPRESENTAÇÕES

Autores

  • Emerson Dionisio Gomes de Oliveira Universidade de Brasília (UNB), Brasil

Palavras-chave:

Arte sacra brasileira, Coleção privada, Instituições museológicas

Resumo

Em 1972, com a morte do artista plástico e colecionador Abelardo Rodrigues, abriu-se uma disputa entre os governos de Pernambuco e Bahia pela posse de peças de arte sacra pertencentes à coleção de Rodrigues. O litígio só fora resolvido com a decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro, em agosto de 1975, em favor do governo da Bahia. Como forma de reparar esse dano moral e patrimonial, o Estado de Pernambuco adquiriu o restante da coleção de Rodrigues em 1982 e destinou parte dela ao acervo do Museu de Arte Contemporânea em Olinda. O presente trabalho busca mapear o desdobramento desta disputa e da divisão da coleção original entre dois museus brasileiros

Biografia do Autor

Emerson Dionisio Gomes de Oliveira, Universidade de Brasília (UNB), Brasil

Docente e pesquisador vínculado ao Programa de Pós-graduação em Arte e ao Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação, ambos na Universidade de Brasília.

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Publicado

2017-05-31

Como Citar

OLIVEIRA, E. D. G. de. A COLEÇÃO DE ABELARDO RODRIGUES: ENTRE ACERVOS, DISPUTAS E REPRESENTAÇÕES. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, p. 80–100, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15707. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Seção temática