Fantasias coloridas de destruição
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046..15746Palavras-chave:
Cinema, Nazismo, HolocaustoResumo
O filme em cores no ‘Terceiro Reich’ foi obtido através de processos químicos desenvolvidos pelos técnicos da IG-Farben, a mesma indústria que fornecia o gás Zyklon B para os campos de extermínio. A melhoria da cor no cinema alemão e o extermínio dos judeus nas câmaras de gás corriam paralelamente, em aperfeiçoamentos contínuos, dentro de um sistema totalitário, no qual cultura e barbárie tornavam-se indissociáveis. A aliança entre a arte e o crime não podia deixar de refletir-se no próprio imaginário produzido. Antissemita desde as bases biológicas de seu modo de produção, o cinema nazista criou reveladoras fantasias de destruição
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- Die goldene Stadt (Praga, a cidade da ilusão, 1942).
- Frauen sind doch bessere Diplomaten (As mulheres são mesmo melhores diplomatas, 1941).
- Opfergang (Sacrifício, 1944).
- Immensee (Immensee. 1943).
- Sem título
- Das Dumme Gänslein (O gansinho burro, 1944).
- Kolberg (Kolberg, 1945).
- Wiener Mädeln (Senhorita de Viena, 1944).
- FANTASIAS COLORIDAS DE DESTRUIÇÃO - VERSÃO FINAL
- Prisioneiros de Dora-Mittelbau na fábrica de foguetes V-2 no complexo Mittelwerk em 1944
- Reclassificados como “clássicos do cinema alemão” pelo revisionismo de consumo, os filmes nazistas são restaurados, relançados em mostras e retrospectivas, exibidos na TV e vendidos no mercado de vídeo.
- Cartaz original do filme Münchhausen (As aventuras do Barão de Münchhausen, 1943).
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