A Cenografia Bergmaniana

As Diversas Nuanças da Cor Vermelha e a Construção das Imagens Pictóricas em Gritos e Sussurros (1972)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2022.36115

Palavras-chave:

Artes, Cinema, Ingmar Bergman, Cenografia, Edvard Munch

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a cenografia do filme Gritos e Sussurros (1972) do cineasta sueco Ingmar Bergman, focalizando o uso das diversas nuanças da cor vermelha e a constituição de imagens pictóricas que podem ser comparadas às pinturas O Leito de morte (1895), Nu de Paris (1896) e Nu (1896) do artista norueguês Edvard Munch. Para tanto, foi realizada a decupagem das sequências em que ocorre a morte de Agnes e o flashback de Karin, com o intuito de averiguar a funcionalidade dos elementos estilísticos. A construção da mise-en-scène desencadeou uma narrativa de atmosfera fúnebre e abriu a possibilidade de diálogo com a filosofia existencialista de Søren Aabye Kierkegaard.

Biografia do Autor

Hellen Silvia Marques Gonçalves, Universidade Federal de Minas Gerais

Licenciada e bacharela em História pela Universidade Federal de Viçosa. Mestra em Artes (Linha de Pesquisa: Cinema) e Doutoranda em História pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisa desenvolvida com o financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). E-mail: hsmgoncalves23@gmail.com.

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Publicado

2022-08-22

Como Citar

GONÇALVES, H. S. M. A Cenografia Bergmaniana: As Diversas Nuanças da Cor Vermelha e a Construção das Imagens Pictóricas em Gritos e Sussurros (1972). PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 12, n. 25, p. 120–146, 2022. DOI: 10.35699/2237-5864.2022.36115. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/36115. Acesso em: 23 nov. 2024.

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Artigos