Um país e uma cidade
imigrantes brasileiros no cinema japonês do século XXI
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.41167Palavras-chave:
Cinema japonês, espaço cinematográfico, imigração, montagemResumo
Os filmes The City of Lost Souls (2000), de Takashi Miike, e Peixinho mágico (2012), de Shōhei Shiozaki, têm em comum o tema da vida dos brasileiros no Japão. Ambos foram realizados por diretores japoneses em momentos distintos das ondas imigratórias brasileiras que vêm ocorrendo desde 1990. Mas, apesar de compartilharem um mesmo tema, os filmes apresentam visões estéticas diferentes, que levam a entendimentos contraditórios sobre a convivência entre japoneses e brasileiros no Japão. Este artigo discute como o uso de planos gerais e a continuidade espacial nesses dois filmes expressam diferentes pontos de vista sobre
o tema da imigração brasileira no país. Os planos gerais são um ponto de partida para identificar a localização das cenas e ações nos filmes. O objetivo é demonstrar como a construção do espaço diegético e da continuidade espacial proporcionada pela montagem passa a ser constituinte do tipo de relação articulada entre
estrangeiros e nativos nos filmes. A análise é realizada com base nos espaços representados, suas características históricas e culturais e algumas das implicações políticas dessas representações.
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