A vida de viadoplantas: a morte é de quem?
Rumo a outras reedificações de corpos dissidentes sexuais e desobedientes de gênero nas paisagens urbanas
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.41766Palavras-chave:
Estudos pedagógicos, Dissidência sexual, Desobediência de gênero, Plantas, ViadoplantasResumo
Este artigo forja-se a partir da pesquisa de doutorado intitulada A vida deViadoplantas: A morte é de quem? Corporificações crítico-pedagógicas ao humano-urbano nas Artes da Cena. Para tanto, busca-se estudos filosóficos, ético-estéticos e de redistribuição da epistemologia heterociscolonial, através tese de que corpos dissidentes sexuais e desobedientes de gênero lidam diferentemente com as paisagens urbanas, tendo como vínculo primordial a ética bixa e perspectivação darazão de Paco Vidarte (2019). Por meio disso, traz-se as plantas como corpos que, assim como pessoas LGBTQIAP+, estão sob instâncias de uma exposição diferencial (BUTLER, 2018). Propõe-se, portanto, um modo relacional de se pensara vida das plantas (COCCIA, 2019) e as minorias sexuais, criando desse modo o conceito viadoplanta para alicerçar o causamento (LEAL, 2021) dessas existências na urbanidade, e, concomitantemente, na elaboração de estudos pedagógicos que apresente pesquisa desejar mobilizar.
Referências
BALDIN, Rafael. Sobre o conceito de paisagem. In: Paisag. Ambiente: Ensaios, São Paulo, v. 32, n. 47, p. 1-17, 2021.
BERTH, Joice. Empoderamento. – São Paulo: Sueli Carneiro, Jandaíra, 2020.
BUTLER, Judith. Corpos em Aliança e a Política das Ruas: Tradução Fernanda Siqueira Miguens; revisão técnica Carla Rodrigues. – 1 ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
BRASILEIRO, Vitorino Castiel. Quando o sol não mais brilhar: A falência da negritude. Ilustrado por Waldomiro Mugrelise. – São Paulo: n-1 edições; Editora Hedra, 2022.
COCCIA, Emanuele. A vida das plantas. Tradução Fernando Scheibe – Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie, 2018.
COHEN, Renato. Performance como linguagem. – São Paulo: Perspectiva, 2013.
DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia 2, vol. 4; Tradução de Suely Rolnik. – São Paulo: Editora 34, 2012.
DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. O que é filosofia? Tradução de Bento Prado Jr e Alberto Alonso Munõz. – São Paulo: Editora 34, 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 64ª ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2020.
FREIRE, Paulo. Educação Como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Ed Paz e Terra, 1967
GUATTARI, Félix. Caosmose – Um novo paradigma estético. Tradução Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. – São Paulo: Editora 34, 2012.
KRENAK, Ailton. Ideias para Adiar o Fim do Mundo; – 1 ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
KOPENAWA, Davi. ALBERT, Bruce. A queda do céu. Tradução Beatriz Perrone-Moisés; prefácio de Eduardo Viveiro de Castro – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LARROSA, Jorge. Tremores: Escritos sobre experiência. Tradução Cristina Antunes, João Wanderley Geraldi. – 1. Ed.; 4ª. Reimp. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
LEAL, Dodi Tavares Borges. Performatividade Transgênera: Equações Poéticas de Reconhecimento Recíproco na Recepção Teatral. Orientador Luis Guilherme Galeão da Silva. – São Paulo, 2018.
LEAL, Dodi. Tavares Borges. Fabulações travestis sobre o fim. In: Conceição-Conception Campinas, p. 1-19, 2021a.
MANCUSO, Stefano. Revolução das plantas. Traduzido por Regina Silva. – São Paulo: Ubu Editora, 2019.
MBEMB, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Traduzido por Renata Santini. – São Paulo: n-1 edições, 2018.
MOMBAÇA, Jota. A Plantação Cognitiva. In; Masp Afterall, 2020; p. 1-12.
MOMBAÇA, Jota. Rastros de uma submetodologia indisciplinada. Revista Concinnitas, Rio de Janeiro, ano 17, v. 01, n. 28, set. 2016.
MOMBAÇA, Jota. Não vão nos matar agora. – 1. Ed. – Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
PENÃ-GOMEZ, Guillermo. Em Defesa da Arte da Performance. In: John C. Dawsey; Regina P. Muller; Rose Satiko G. Hikiji; Marianna F. M. Monteiro (Org). Antropologia e Performance – Ensaios Napedra. – São Paulo: Terceiro nome, 2013, p. 441-465.
PINEAU, Elyse Limm. Nos cruzamentos entre performance e a pedagogia: uma revisão prospectiva. In: Educação e Realidade, p. 89-113, 2010.
PRECIADO, Paul B. Um apartamento em Urano: crônicas da travessia. Tradução Eliama Aguiar; prefácio Virginie Despentes. 1ª ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 2020
SÁEZ, Javier; CARRASCOSA, Sejo. Pelo Cu: políticas anais. Tradução Rafael Leopoldo. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2016.
VIDARTE, Paco. Ética Bixa: Proclamações Libertárias para uma Militância LGBTQ. Traduzido por Maria Selenir Nunes dos Santos, Pablo Cardellino Soto. – São Paulo: n-1 edições, 2019.
REFERÊNCIAS VIDEOGRÁFICAS
CARVALHO, Renata. Corpo: Uma biografia. Youtube, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nEx6s7b4a9U&t=1834s
LEAL, Dodi. (Perspectiva anos 20) Conversa com Dodi Leal. Youtube, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QbZl0pG1UAE&t=2716s
LEAL, Dodi. Tenho receio de teorias que não dançam. Youtube, 2021b. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tdbfQmWJLoU&t=23s
SITE VISITADO:
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Saile Moura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.