Experienciar a máscara colonial

corpografia de um corpo negro violentado pelo real

Autores

  • Rafael Campos Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
  • Thiago Liberdade Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto https://orcid.org/0009-0008-6473-355X

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-2046.2024.52663

Palavras-chave:

Corpo Negro, Corpografia, Colonialismo, Máscara Colonial, Aparição

Resumo

Tuca Malungo, um tigre ancestral, manifesta-se no corpo do primeiro autor em aparições que
confrontam a anestesia do liberalismo existencial que imuniza afetos. Sua máscara colonial aciona
dores ancestrais que persistem na contemporaneidade, visibiliza o que a amnésia social apaga e promove uma conexão visceral com o real. A obra é enriquecida pela poética do segundo autor, cujas fotografias e ensaio visual ativam outras camadas do sensível. Apresenta-se a corpografia, uma cartografia com e no corpo negro, no e do jardim da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, como tática de (des)(re)organizar o significado histórico do espaço. Trata-se de um modo de elaborar o trauma colonial em busca da desalienação e fazer do corpo território de libertação.

Biografia do Autor

Rafael Campos, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

Rafael Campos - (1985)(ele/dele) doutorando em educação artística pela FBAUP e doutorando em arquitetura na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É mestre em arquitetura pela UFSC e atualmente é bolseiro da FCT (DOI 10.54499/2023.04734.BD) em Portugal, pesquisador colaborador no Instituto de Investigação em Arte e Design (i2ADS) e integra o Grupo Quiasma de pesquisas interdisciplinares em Arquitetura, Corpo e Cidade. Arquiteto, performer e pesquisador brasileiro que, na vida profissional, desloca-se entre os meios artísticos e académicos, tem se dedicado a investigação da relação entre corpo negro e cidades, com a criação de obras interdisciplinares.  

Thiago Liberdade, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

Thiago Liberdade – (1983)(ele/dele) é designer, artista visual e produtor cultural. Mestrando em Design da Imagem e formado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes do Porto. Iniciou seu percurso nas Artes Cênicas, ainda no Brasil, integrando o Grupo Magiluth. Co-fundou em 2012 o TREMA! Festival e a TREMA! Revista, da qual assina a identidade gráfica e a comunicação. Atualmente trabalha no Porto como fotógrafo, designer e investigador bolseiro do FCT e ID+ com o projeto de investigação “Imagens Adocicadas”. Integrou a equipa do projeto XXATENEUXXI, enquanto produtor executivo, em 2020 e tem vindo a desenvolver parte da imagem gráfica para espetáculos, residências e mostras para a CRL - Central Elétrica, bem como para o festival Volts.

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Publicado

2024-10-21

Como Citar

CAMPOS, R.; LIBERDADE, T. Experienciar a máscara colonial: corpografia de um corpo negro violentado pelo real. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 14, n. 32, p. 527–554, 2024. DOI: 10.35699/2238-2046.2024.52663. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52663. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ensaio visual

Dados de financiamento