Ponto de escuta e tridimensionalidade sonora na ficção e no documentário

Para uma estética do envelopamento no cinema contemporâneo

Autores

  • Leonardo Vidigal Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil
  • Marina Novais Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2020.21604

Palavras-chave:

Artes, Cinema, Ponto de escuta, Som no cinema, Tridimensionalidade do som

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre a tridimensionalidade sonora proporcionada pelos atuais sistemas de exibição e mixagem de som no cinema ficcional e documental. Para tal, a discussão propõe também o estudo de filmes como Nos vemos no paraíso (2017), Bethany Hamilton: Sem Limites (2018), dentre outros, com o intuito de compreender como o som se relaciona com os conceitos de ponto de escuta subjetivo e espacial (CHION, 2008), de que forma se dá a tridimensionalidade sonora da obra na sala de exibição e algumas das possibilidades teóricas e estéticas abertas por este desenvolvimento técnico.

Biografia do Autor

Leonardo Vidigal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil

Professor Associado no curso de Cinema de Animação e Artes Digitais (CAAD) e do Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes, na linha de pesquisa em Cinema.

Marina Novais, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil

Graduada em Comunicação Social pela UEMG, mestra e doutora em Artes, na linha de pesquisa em Cinema, pela Escola de Belas Artes da UFMG.

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Publicado

2020-05-27

Como Citar

VIDIGAL, L. Álvares; NOVAIS, M. de M. Ponto de escuta e tridimensionalidade sonora na ficção e no documentário: Para uma estética do envelopamento no cinema contemporâneo. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 10, n. 19, p. 224–248, 2020. DOI: 10.35699/2237-5864.2020.21604. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/21604. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Seção aberta