Tio Vânia – Um Primeiro Aceno Indagador Para o Futuro Do Grupo Galpão

Autores/as

  • Luciana Eastwood Romagnolli UFMG

Resumen

No transcurso dos últimos três anos, o Grupo Galpão investiu em espetáculos cujas linguagens e temáticas colocam em questão o imaginário fixado ao longo de seus 30 anos de trajetória. Ao representar uma companhia teatral que já não encontra lugar nem público num mundo hostil à sua poética, Os Gigantes da Montanha, a mais recente montagem, adere a um movimento de autoexame do próprio fazer teatral, cujo ponto inicial pode ser considerado o projeto Viagem a Tchékhov. Nesse contexto, este artigo detém-se na análise crítica de “Tio Vânia – Aos que vierem depois de nós” (2011), como momento em que o risco de autoquestionar-se, deslocando-se de uma suposta zona de conforto, é assumido internamente pelo grupo. Afetado pelos questionamentos identitários que o movimento de mudança provoca e pelas discussões sobre o futuro prementes na obra de Tchékhov, os atores do Galpão se lançaram à experimentação de um realismo psicológico inédito em seu repertório e, consequentemente, a uma construção delineada de personagens explorando recursos de atuação que não lhes eram familiares e, assim, abrindo veredas ignotas dentro de sua própria história enquanto coletivo teatral.

Biografía del autor/a

Luciana Eastwood Romagnolli, UFMG

Jornalista Cultural. Crítica do jornal O Tempo (2010-2011) e do blog Horizontes da Cena.

Publicado

2013-11-29

Cómo citar

ROMAGNOLLI, L. E. Tio Vânia – Um Primeiro Aceno Indagador Para o Futuro Do Grupo Galpão. PÓS: Periódico del Programa de Posgrado en Artes de EBA/UFMG, Belo Horizonte, p. 134–140, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15643. Acesso em: 17 jul. 2024.

Número

Sección

Artículos - Sección temática