Como quem escreve desejando presença
entre conceitos e práticas artísticas autonarrativas
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2024.52468Palabras clave:
autonarrativa, poética audivisual, escrevivência, epistemologia, opacidadeResumen
Uma obra autonarrativa pode ser compreendida como a expressão de um modo de viver, um modo de viver consigo mesma, e um modo de viver na/com a arte. A partir de uma discussão em torno dos conceitos de autobiografia (Philippe Lejeune), autoficção (Serge Doubrowsky) e escrevivência (Conceição Evaristo), o presente artigo procura elaborar reflexões em torno da epistemologia, da escrita, da práxis artística e da recusa à transparência em uma elaboração autonarrativa. Com base nessas questões, volta-se ao projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete (2020), de Michele Kaiowá, Graciela Guarani, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro, para refletir sobre como essa proposição artística e suas realizadoras fabulam gestos de escrita enquanto memória e criação, ao sugerirem uma comunicação profunda que acontece além de qualquer distância.
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