Status social, civilidade
(Reflexões sobre a tela O Casal Arnolfini, de Jan van Eyck)
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2021.26163Palavras-chave:
O Casal Arnolfini., Pintura renascentista., Burguesia., Mercantilismo., Civilidade.Resumo
Neste artigo interdisciplinar, fundindo História das Mentalidades e Artes Plásticas, abordamos a tela O casal Arnolfini (1434), do pintor flamengo Jan van Eyck (c. 1390-1441), como uma ilustração sugestiva do nascimento da Europa Moderna e da família burguesa, no Renascimento Quatrocentista. Por meio da análise dos gestos, vestes, mobiliário e objetos de decoração, fixados por van Eyck, é possível verificar como a burguesia tornou-se dona do poder, assumindo os lugares ocupados pela nobreza, da qual herdaria costumes e etiquetas. A união do brasão à bolsa, como símbolos distintivos de poder, implicou a busca por códigos de civilidade e etiqueta que pusessem em equilíbrio os valores da vida pública e as exigências da vida privada.
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