Gonçalo Mabunda y la estética de los destrozos

arte, metamorfosis y mercado

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.56973

Palabras clave:

Gonçalo Mabunda , arte contemporáneo, Mozambique, arte y guerra

Resumen

Este artículo analiza parte de la obra del artista mozambiqueño Gonçalo Mabunda, destacando sus indagaciones sobre el arte, la guerra y el poder. A partir de estudios documentales, bibliográficos y observaciones de campo realizadas en dos viajes a Maputo (en 2022 y 2024), el texto problematiza la inserción de Mabunda en el circuito global del arte, discutiendo las demandas de exotismo y autenticidad impuestas a la producción de artistas africanos, así como las estrategias movilizadas, en este contexto, para asegurar sostenibilidad financiera y reconocimiento. Apoyándose en las críticas de Mbembe (2009) y de Hassan y Oguibe (2001) a la esencialización de una supuesta autenticidad africana, el artículo recurre a Meigos (2018) y Agamben (2009) para analizar la circulación de la obra de Mabunda en el mercado del arte en Mozambique.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Valdir Pierote Silva, Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (USP-SP))

    Doutorando em Estética e História da Arte no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Estética e História da Arte no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da USP. Graduado em Terapia Ocupacional na Faculdade de Medicina da USP. Vínculo institucional: Programa de Pós-Graduação Interunidades Estética e História da Arte, Travessa 8, 140, Cidade Universitária - Butantã, São Paulo - SP, CEP 05508-130. E-mail: v.pierote@yahoo.com.br. 

  • Denise Dias Barros, Universidade de São Paulo

    Docente e orientadora no Programa de pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo onde se dedica às reflexões sobre História da Arte Africana. Foi uma das fundadoras da Casa das Áfricas em 2003. Desde 2010, tem realizado estudos sobre poéticas e linguagens expressivas no contemporâneo, notadamente em contextos do oeste e o norte da África com estudos de campo no Mali, Marrocos e Egito, considerando, principalmente, dinâmicas de significação de culturas expressivas em territorialidades dogon, tamacheque e suas diásporas.

Referencias

AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007.

ALAVINA, Fran. Agamben: profanar a Democracia Representativa. Outras Palavras, São Paulo, 22 maio 2017. Disponível em: https://outraspalavras.net/sem-categoria/dialogo-com-agamben-profanar-a-democracia-representativa/. Acesso em: 25 set. 2024.

AMSELLE, Jean-Loup. L’art de la friche : essai sur l’art africain contemporain. Paris: Flammarion, 2005.

ANDRIAMIRADO, Virginie. Africa’s artists redraw the map of the world. Africultures, Paris, 30 abr. 2003. Disponível em: https://africultures.com/africas-artists-redraw-the-map-of-the-world-5689/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=544. Acesso em: 14 out. 2023.

ANJOS, Moacir. Local/global: arte em trânsito. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

ARNFRED, Signe. Notas sobre gênero e modernização em Moçambique. Cadernos Pagu, Campinas, n. 45, p. 181-224, dez. 2015.

BARBIER, Adrien. Gonçalo Mabunda et la guerre civile mozambicaine recyclée. Le Monde Afrique, Maputo, 18 jun. 2015. Disponível em: https://www.lemonde.fr/afrique/article/2015/06/18/goncalo-mabunda-et-la-guerre-civile-mozambicaine-recyclee_4656813_3212.html. Acesso em: 25 set. 2023.

BARROS, José D’Assunção. As influências da arte africana na arte moderna. Afro-Ásia, Salvador, n. 44, p. 37-95, 2011.

BASKETT, Mallory Sharp. All the World’s Futures: Globalization of Contemporary African Art at the 2015 Venice Biennale. Critical Interventions, v. 1, n. 10, p. 28-42, 2016.

BEVILACQUA, Juliana Ribeiro da Silva. Na presença dos espíritos: arte africana em perspectiva. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2010.

COSTA, Alda. Arte em Moçambique: entre a construção da nação e o mundo sem fronteiras. Lisboa: Verbo, 2013.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia? São Paulo: Ed. 34, 1992.

DHOW Moçambique. Disponível em: https://dhow.co.mz/?v=6ee58d337915. Acesso em: 2 dez. 2024.

DIAWARA, Manthia. In Search of Africa. Cambridge: Harvard University Press, 2000.

DOSSIN, Francielly Rocha. Magiciens de la terre (1989) e Africa remix (2005): dois momentos da arte africana no Ocidente, ou como as exposições escrevem a História. ArtCultura, v. 15, n. 26, p. 47-57, jun. 2013.

ENTREVISTA a Gonçalo Mabunda. Dhow Moçambique, Maputo, 17 jun. 2020. Disponível em: https://dhow.co.mz/2020/06/17/entrevista-a-goncalo-mabunda/?v=6ee58d337915. Acesso em: 2 jul. 2023.

ENWEZOR, Okwui; OKEKE-AGULU, Chika. Situando a arte contemporânea africana. In: ARAUJO, Emanoel. Africa Africans: arte contemporânea. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2015.

FALTAS, Sami; PAES, Wolf-Christian. Transformação de Armas em Enxadas: a abordagem TAE para um desarmamento práctico – uma avaliação sobre o projeto TAE em Moçambique. Bonn: Bonn International Center for Conversion, 2004.

HAN, Byung-Chul. O que é poder? Petrópolis: Vozes, 2019.

HASSAN, Salah; OGUIBE, Olu. Authentic/Ex-Centric at the Venice Biennale: African Conceptualism in Global Contexts. African Arts, v. 34, n. 4, p. 64-96, 2001.

LARKIN DUREY. Gonçalo Mabunda. [202-]. Disponível em: https://www.larkindurey.com/artists/29-goncalo-mabunda/. Acesso em: 25 set. 2024.

LARANJEIRA, Lia Dias. Mashinamu na Uhuru: arte makonde e história política de Moçambique (1950–1974). São Paulo: Intermeios, 2018.

LARKIN DUREY. Gonçalo Mabunda. [202-]. Disponível em: https://www.larkindurey.com/artists/29-goncalo-mabunda/. Acesso em: 25 set. 2024.

MALOA, Joaquim Miranda. O assalto à mão armada em Moçambique: desafio a segurança pública. Revista LEVS, Marília, n. 20, p. 14-28, nov. 2017.

MBEMBE, Achille. Art contemporain d’Afrique : négocier les conditions de la reconnaissance. Entrevista concedida a Vivian Paulissen. Africultures, Paris, 1 dez. 2009. Disponível em: https://africultures.com/art-contemporain-dafrique-negocier-les-conditions-de-la-reconnaissance-9028/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=556. Acesso em: 12 maio 2024.

MEIGOS, Filimone Manuel. Dinâmicas das Artes Plásticas em Moçambique. 2018. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade da Beira Interior, Covilhã, 2018.

MUNANGA, Kabengele. A dimensão estética na arte negro-africana tradicional. In: AJZENBERG, Elza (org.). Arteconhecimento. São Paulo: MAC, 2004. p. 29-44.

NGOENHA, Severino Elias. Os tempos da filosofia: filosofia e democracia moçambicana. Maputo: Imprensa Universitária, 2004.

NJAMI, Simon. Africa Remix: contemporary art of a continent. From a press information by the organizers in Düsseldorf, July 2004. Disponível em: http://universes-in-universe.de/specials/africa-remix/e-press.htm. Acesso em: 2 jul. 2023.

O’DOHERTY, Brian. No interior do cubo branco: a ideologia do espaço da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

PAZ, Octavio. El laberinto de la soledad. Madrid: Fondo de Cultura Económica de España, 1998.

PELEMBE, Titos. Do passado ao presente, rumo ao futuro: de Maputo a Veneza – colecção de arte moçambicana Piero Reis. Maputo: Pensar as Artes Edições, 2023.

RAPOSO, Sílvia. As balas no dorso do crocodilo: escultura, memória e resistência em Moçambique. Forum Sociológico, Lisboa, n. 31, p. 65-76, 2017. Disponível em: http://journals.openedition.org/sociologico/1793. Acesso em: 25 set. 2023.

RAPOSO, Sílvia. Desabrochando uma rosa de um rocket: memória, performance e resistência na arte moçambicana. Revista perifèria, Barcelona, v. 21, n. 1, p. 56-87, jun. 2016. Disponível em: https://doi.org/10.5565/rev/periferia.505. Acesso em: 25 set. 2023.

SALUM, Marta Heloísa Leuba. Que dizer agora sobre arte africana? A África nas exposições da virada do século XX para o XXI, no Brasil e no exterior. Revista Arte 21, São Paulo, v. 2, p. 10-26, 2014.

STEINER, Christopher. African Art in Transit. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

TONNETTI, Flávio Américo. Necropolítica como condição estética: a escultura de Gonçalo Mabunda. Artefilosofia, Ouro Preto, n. 15, v. 28, p. 151-170, 2020.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Encontros. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008.

Publicado

2025-09-13

Número

Sección

Artículos - Sección abierta

Cómo citar

Gonçalo Mabunda y la estética de los destrozos: arte, metamorfosis y mercado. PÓS: Periódico del Programa de Posgrado en Artes de EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 15, n. 34, p. 243–266, 2025. DOI: 10.35699/2238-2046.2025.56973. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/56973. Acesso em: 25 dec. 2025.

Datos de los fondos