A história como “logos do outro”

Michel de Certeau e a operação historiográfica

Autores

  • Robson Freitas de Miranda Junior Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

O presente artigo tem como objetivo discutir o conceito de “heterologia”, central para a compreensão da obra do historiador francês Michel de Certeau, para quem a historiografia seria uma espécie de discurso sobre o “outro”. A escrita da história, ao articular um lugar social à construção de um discurso narrativo por meio de práticas e técnicas específicas, seria, assim, uma forma de lidar com a alteridade, de um “outro” que se perdeu, de um ausente que, para Certeau, é o objeto da história. Nesse sentido, procuramos discutir como esse autor concebe as articulações entre o lugar social e o discurso histórico, uma vez que, para ele, essas relações seriam fundamentais não apenas para compreender o que o historiador faz ao “fazer história”, mas também o próprio estatuto epistemológico do discurso historiográfico.

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Biografia do Autor

Robson Freitas de Miranda Junior, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduação em História pela UFMG.

Mestrado em História, pelo PPGHIS da UFMG, vinculado a linha de pesquisa Ciência e Cultura na HIstória.

Doutorando em História, pelo PPGHIS da UFMG, vinculado a linha de pesquisa Ciência e Cultura na HIstória.

Publicado

2019-06-25